Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

FAÇAMOS NOSSA LUZ



Essa é a última mensagem do livro Caminho, Verdade e Vida do Espírito Emmanuel, psicografadas por Chico Xavier. Com essa MINHA REFLEXÃO, encerro minhas reflexões sobre as páginas iluminadas deste livro. Que eu possa voltar várias vezes a esse blog para que eu possa me iluminar cada vez mais e me manter aceso diante das trevas que ainda me encontro.

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FAÇAMOS NOSSA LUZ
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens. — Jesus.
MATEUS, 5: 16.
Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado círculo de ação.
Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar.
A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade.
A angústia de nosso plano procede da sombra.
A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos.
Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja.
É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem.
É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Os proprietários das lâmpadas acesas podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não merecemos.
Vale-te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada. Agradece ao que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!...
O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.
Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de auto-educação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus.
Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo...
Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada.
Todavia, avançar sem luz é impossível.
MINHA REFLEXÃO
Emmanuel nos lembra que moramos num planeta de provas e expiações onde a dor impera, decorrente ainda das trevas[1] sob as quais ainda vivem a maioria de sua população. Então, todos temos, cada um, uma luz própria da consciência mais ou menos em dias com a Lei.
Essa luz será mais intensa conforme a nossa sintonia, em atos e pensamentos, com Jesus Cristo, com Deus.
Para sermos uma candeia cristã (seareiro do Cristo), não basta nossa facilidade em falar e/ou escrever, pois qualquer pessoa culta (espiritualmente falando) pode fazê-lo.
Como nos ensina O Espírito Emmanuel, “nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de auto-educação, de conversão substancial do “eu” ao Reino de Deus”. Lembra-nos que o Cristo ainda conta conosco para o trabalho de evangelização da Terra e, para isso, os seus seareiros do Plano Espiritual Maior precisam encontrar nossa luz resplandecente (precisam nos encontrar nas trevas). Diz-nos, ele, que “sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja”.
O Cristo deseja que demos sabor a vida na Terra, pois como nos disse, no mesmo momento em que disse essa passagem que Emmanuel nos ilumina agora, momento em que orientava sobre a missão dos seus discípulos – “Vós sois o sal da Terra” (Mateus, 5: 13).
Sejamos, então, uma luz na escuridão, ou seja, saiamos dela, buscando conhecimento que nos dê condições de compreender nossa própria vida, pois, se referindo ao homem em geral, diz-nos Allan Kardec:
Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. É então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé. [2]

Que Deus nos ajude.
Domício.

AS LEIS DO UNIVERSO OU DEUS?
L. Angel         30/09/15
Um grande cientista,
Afirmou que as leis do universo
Exime-o de ser teísta.
Fez-me, assim, pensar esses versos.
Se as leis são inteligentes,
Uma Mente Inteligente as pensou.
Todos somos conscientes, 
Que não foi um homem que as elaborou.
Devemos nos render a DEUS
Ou às Leis Universais.
Cabe a nós, Filhos Seus,
Compreendê-Lo cada vez mais.
Quanto mais estudarmos,
Mais conheceremos Suas Leis.
Renderemo-nos a Ele, sem nos humilharmos,
Por encontrar as respostas aos infinitos Porquês.


[1] Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos. Emmanuel.
[2]O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXIV, item 4.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O NOVO MANDAMENTO

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O NOVO MANDAMENTO
Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. — Jesus.
JOÃO, 13: 34.
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.
MINHA REFLEXÃO
Emmanuel, na penúltima mensagem deste livro, lembra a derradeira reunião do Mestre com seus discípulos. É interessante a diferença que nos traz o Espírito Emmanuel, pois se trata de reforçar a necessidade de nós, espíritas (cristãos), também nos amarmos como Ele demonstrou nos amar quando esteve conosco.
Os profitentes de uma doutrina têm que mostrar sintonia entre si, com base nos postulados que defendem e divulgam. Então, se não somos praticantes do Cristianismo, não seremos praticantes do Espiritismo, pois esta é o desdobramento daquela, numa versão ampliada de conhecimentos que antes não era possível revelar, pois nos faltava conhecimentos científicos e filosóficos para compreendê-la.
Essa exortação do Cristo aos discípulos, para exemplificarem amor entre eles, foi retomada quanto ao Espiritismo, quando o Espirito de Verdade (o Cristo!) nos ratificou aquele mandamento ensinado naquela derradeira reunião:

Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: “Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade. – O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)
Esses iluminados ensinamentos do Cristo, agora se cognominando de O Espírito de Verdade, realizando sua profecia da vinda de um Consolador, estão presentes no espírito da Unificação Espírita, no Brasil e no Mundo, consonantes também com Allan Kardec, quando nos diz em Obras Póstumas:

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo. (Constituição do Espiritismo – Item VI)[1]
Somos, então, continuadores da Obra do Cristo, portanto devemos ser uníssonos com seus ensinamentos. E para bem divulgar o Espiritismo, o exemplo de amor entre seus profitentes é a maior prova do bem que Ele nos faz.
Que Deus nos ajude a calar nossos sistemas pessoais e contribuir para o trabalho de divulgação da Santa Doutrina: o Cristianismo Redivivo.
Domício.

domingo, 14 de agosto de 2016

A PORTA DIVINA

178
A PORTA DIVINA
Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á. — Jesus.
João, 10: 9.
Nos caminhos da vida, cada companheiro portador de expressão intelectual um pouco mais alta converte-se naturalmente em voz imperiosa para os nossos ouvidos. E cada pessoa que segue à frente de nós abre portas ao nosso espírito.
Os inconformados abrem estradas à rebelião e à indisciplina.
Os velhacos oferecem passagem para o cativeiro em que exerçam dominação.
Os escritores de futilidades fornecem passaporte para a província do tempo perdido.
Os maledicentes encaminham quem os ouve a fontes envenenadas.
Os viciosos quebram as barreiras benéficas do respeito fraternal, desvendando despenhadeiros onde o perigo é incessante.
Os preguiçosos conduzem à guerra contra o trabalho construtivo.
Os perversos escancaram os precipícios do crime.
Ainda que não percebas, várias pessoas te abrem portas, cada dia, através da palavra falada ou escrita, da ação ou do exemplo.
Examina onde entras com o sagrado depósito da confiança. Muita vez, perderás longo tempo para retomar o caminho que te é próprio.
Não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação.
Através de muitas estações no campo da Humanidade, é provável recebamos proveitosas experiências, amealhando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Cristo, no clima sagrado de aplicação dos seus princípios, é possível encontrar a passagem abençoada de definitiva salvação.
MINHA REFLEXÃO
Existem muitas portas que nos levam aos mais diversos lugares. Em geral escolhemos aquelas que mais correspondem à nossa comodidade, que nos dá prazer, facilidades e crescimento pessoal (em termos sociais).
Todavia, temos uma porta, que é a verdadeira porta da salvação que nos leva ao crescimento espiritual, que é o Cristo, o Seu Evangelho. Como ele disse:

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que a ela conduz! e quão poucos a encontram! (Mateus, 7:13 e 14.).[1]
O Cristo também nos falou que era “o caminho, e a verdade, e a vida” (João, 14: 6). Não apontou outro jeito de se chegar a Deus, senão por Ele. Sua missão é de conduzir a todos nós ao estado de pureza espiritual, mostrar o caminho da perfeição. Governador espiritual de nosso planeta, Ele é o Irmão que reuniu todas as virtudes que se alinham perfeitamente às Leis de Deus. Também, os Espíritos Superiores, seareiros de Sua Seara, que revelaram o Espiritismo, nos deixaram claro que Ele foi modelo moral que Deus ofereceu para nós seguirmos, pensando em alcançar a perfeição moral.[2]
Que o sigamos como verdadeiros cristãos.
Que Deus nos ajude.
Domício.

PS.
A CARIDADE QUE SE CHAMOU JESUS
L. ANGEL  23/12/11

Um dia qualquer,
Uma Grande Luz na Terra desceu
Para dar curso a um Grande Mister,
Sendo Maria quem o concebeu.

O amor aos semelhantes
E a Deus acima de tudo,
Resumiu o Decálogo num instante,
Deixando os orgulhosos decerto mudos.

Em sua curta passagem orientou a benevolência,
Indulgência para as falhas por outros vividas
E o perdão das ofensas, com consciência.

Ele foi o Exemplo, a Luz,
Que se disse o Caminho, a Verdade e a Vida.
Seu nome? Era para ser CARIDADE, mas preferiu JESUS.

[1] Vide interpretação de Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 5.
[2] Questão nº 625 de O Livro dos Espíritos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

OPINIÕES CONVENCIONAIS

177
OPINIÕES CONVENCIONAIS
A multidão respondeu: Tens demônio; quem procura matar-te?
João, 7: 20.
Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. O convencionalismo e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.
Se toleras ofensas com amor, chama-te covarde.
Se perdoas com desinteresse, considera-te tolo.
Se sofres com paciência, nega-te valor.
Se espalhas o bem com abnegação, acusa-te de louco.
Se adquires característicos do amor sublime e santificante, julga-te doente.
Se desestimas os gozos vulgares, classifica-te de anormal.
Se te mostras piedoso, assevera que te envelheceste e cansaste antes do tempo.
Se adotas a simplicidade por norma, ironiza-te às ocultas.
Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualifica-te de bajulador.
Se reverencias a Lei, aponta-te como medroso.
Se és prudente e digno, chama-te fanático e perturbado.
No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais, ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. Em seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o reinado da compreensão.
É indispensável suportar-lhe a inconsciência para atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.
Não te irrites, nem desanimes.
O próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública.
MINHA REFLEXÃO
Passaram 2000 mil anos e as palavras do Cristo ainda precisam ser analisadas, prova disso é essa mensagem de Emmanuel se reportando aos seguidores do Mestre, na atualidade.
Ainda há muitos fariseus e uma turba de indecisos a respeito da veracidade de que Jesus era o Mestre. Muitos ainda se dizem descrente d’Aquele que O enviou, logo também creem Nele, consequentemente. E se não creem Nele, também não crerão no Espiritismo que o revela como o maior modelo a ser seguido na história da humanidade[1].
Então, devemos silenciar as opiniões injustas às nossas ações justas, pois elas são proferidas para nos intimidar e servem de prova para a nossa evolução. Provam se damos mais atenção ao que o mundo nos apela ou à vida futura[2].
Procuremos dar ouvidos ao Mestre, pois desde seu tempo, já previsto por Isaías[3], poucos O ouvem e entendamos a Parábola do Semeador.
Que Deus nos ilumine.
Domício.



[1] O Livro dos Espíritos, questão 625.
[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 2, Itens 1 a 3
[3] Mateus (13:1 a 23) – Parábola do Semeador. Vide interpretação de A. Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17, Item 6.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

LIÇÃO VIVA

176
LIÇÃO VIVA
Duro é este discurso; quem o pode ouvir?
JOÃO: 6, 60.
O Cristianismo é a suprema religião da verdade e do amor, convocando corações para a vida mais alta.
Em vista de religião traduzir religamento, é primordial voltarmo-nos para Deus, tornarmos ao campo da Divindade.
Jesus apresentou a sua plataforma de princípios imortais. Rasgou os caminhos. Não enganou a ninguém, relativamente às dificuldades e obstáculos.
É necessário, esclareceu o Senhor, negarmos a vaidade própria, arrependermo-nos de nossos erros e convertermo-nos ao bem.
O evangelista assinalou a observação de muitos dos discípulos: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”
Sim, efetivamente é indispensável romper com as alianças da queda e assinar o pacto da redenção.
É imprescindível seguir nos caminhos dAquele que é a luz de nossa vida.
Para isso, as palavras brilhantes e os artifícios intelectuais não bastam. O problema é de “quem pode ouvir” a Divina Mensagem, compreendendo-a com o Cristo e seguindo-lhe os passos.
MINHA REFLEXÃO
Os detratores da Boa Nova tinham, e têm, motivos egoísticos e acomodados a uma realidade de privilégio que poderiam (podem) perder, se dessem (derem) ouvidos aos ensinamentos do Cristo.
O contexto da mensagem de João se deu numa reunião do Cristo com os apóstolos. Ele considerou na oportunidade que nem todos que estavam com Ele criam Nele, e já previu, nesse diálogo, a traição de Judas.
Somos convidados pela mensagem cristã a nos dispor de nossas vaidades e orgulhos, concentrando em nossa evolução. Ela nos remete a calar diante das mais tristes provas/expiações, pensando que estamos nessa reencarnação revendo nossos desatinos passados.
Essa mensagem de Emmanuel, se reportando a João, nos faz lembrar da parábola da Festa de Núpcias (Mateus, 22: 1 – 4).[1] Sempre fomos refratários a ideias novas, revolucionárias como a que o Cristo nos deixou, e a renegamos.
Que possamos nos realinhar às Leis de Deus com a maior presteza possível em favor de nossa felicidade.
Que Deus e nosso Anjo da Guarda nos ajudem.
Domício.



[1] Vide interpretação por A. Kardec em o Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 18, Item 2.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

COOPERAÇÃO

175
COOPERAÇÃO
E ele respondeu: Como poderei entender se alguém me não ensinar?
ATOS, 8: 31.
Desde a vinda de Jesus, o movimento de educação renovadora para o bem é dos mais impressionantes no seio da Humanidade.
Em toda parte, ergueram-se templos, divulgaram-se livros portadores de princípios sagrados.
Percebe-se em toda essa atividade a atuação sutil e magnânima do Mestre que não perde ocasião de atrair as criaturas de Deus para o Infinito Amor.
Desse quadro bendito de trabalho destaca-se, porém, a cooperação fraternal que o Cristo nos deixou, como norma imprescindível ao desdobramento da iluminação eterna do mundo.
Ninguém guarde a presunção de elevar-se sem o auxílio dos outros, embora não deva buscar a condição parasitária para a ascensão. Referimo-nos à solidariedade, ao amparo proveitoso, ao concurso edificante. Os que aprendem alguma coisa sempre se valem dos homens que já passaram, e não seguem além se lhes falta o interesse dos contemporâneos, ainda que esse interesse seja mínimo.
Os apóstolos necessitaram do Cristo que, por sua vez, fez questão de prender os ensinamentos, de que era o divino emissário, às antigas leis.
Paulo de Tarso precisou de Ananias para entender a própria situação.
Observemos o versículo acima, extraído dos Atos dos Apóstolos. Filipe achava-se despreocupado, quando um anjo do Senhor o mandou para o caminho que descia de Jerusalém para Gaza. O discípulo atende e aí encontra um homem que lia a Lei sem compreendê-la. E entram ambos em santificado esforço de cooperação.
Ninguém permanece abandonado. Os mensageiros do Cristo socorrem sempre nas estradas mais desertas. É necessário, porém, que a alma aceite a sua condição de necessidade e não despreze o ato de aprender com humildade, pois não devemos esquecer, através do texto evangélico, que o mendigo de entendimento era o mordomo-mor da rainha dos etíopes, superintendente de todos os seus tesouros. Além disso, ele ia de carro e Filipe, a pé.
MINHA REFLEXÃO
Cooperação é um ato imprescindível na vida do ser humano. Vivemos em sociedade para aprendermos a amar uns aos outros. Na cooperação estar subtendido o amor que devemos aprender nas nossas jornadas reencarnatórias.
Ninguém avança sem o outro. O renascer necessita da cooperação dos pais, médicos, familiares etc, sem falar daqueles Espíritos que ajudam na preparação da descida.
Todo trabalho se desenvolve na cooperação. O Cristo precisou de 12 homens para estabelecer seu Evangelho, em particular os quatro que o escreveram. Buscou os mais simples, sem desprezar os mais arrogantes, mas com potencial muito grande de compreensão e dedicação ao trabalho divino, como foi Paulo.
Cabe a nós cooperarmos com o Ele, também, como trabalhadores da última hora.[1] E assim, se dá em todas as atividades de nossas vidas. Devemos sempre ter a humildade de que nada somos sem a ajuda de alguém, seja encarnado ou não, pobre ou rico, culto ou não, desse ou daquele gênero, dessa ou daquela raça, do que ensina ou do que aprende.
Que Deus nos ajude a compreender isso, sempre.
Domício



[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

O PÃO DE CADA DIA

174
PÃO DE CADA DIA
Dá-nos cada dia o nosso pão. — Jesus.
Lucas, 11: 3.
Já pensaste no pão de cada dia?
A força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma desvalorizá-lo, à maneira da criatura irrefletida que somente medita na saúde, ao sobrevir a enfermidade.
Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de atender à gratidão nos seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que não faltassem às coletividades terrestres perfeitas noções da existência de Deus. Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que compreendam melhor a vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes dizem respeito, nas Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade de realizarem o aprimoramento próprio.
O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão terrestre é conquista deles, para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de servir. Em verdade, no entanto, o pão de cada dia, para todas as refeições do mundo, procede da Providência Divina.
O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o serviço e cooperará com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a florescência e a frutificação pertencem ao Todo-Misericordioso.
No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de colaboração entre o Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a observar. Esforça-se o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.
O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.
É nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.
MINHA REFLEXÃO
O pão de cada dia tem uma fonte: o pensamento criador do Senhor, nosso Pai. É atuando sobre a matéria, de origem divina, que o homem desenvolve-se enquanto Espírito em evolução. É do trabalho que estamos a falar[1]. No entanto, se ao pensar, o Espírito desenvolve uma atividade útil, ele também está trabalhando, como faz qualquer pessoa, refletindo, vibrando por alguém ou massa de pessoas, como fazem os Espíritos Puros que não precisam mais encarnar para evoluir[2].
Nesse processo evolutivo, todo progresso evolutivo resulta da relação íntima da criatura com o Criador. O Cristo ao nos ensinar a orar, dando-nos a oração dominical como a expressão máxima de sintonia com Pai, apresenta-nos um tópico de reconhecimento da superioridade do Criador em relação a criatura (vide o trecho no caput dessa mensagem de Emmanuel). Ele também nos lembrou que, na sintonia com Pai, tudo nos seria providenciado, quando pedíssemos, buscássemos e batêssemos uma porta, pois quando fizéssemos essas ações, nos seria dado, encontraríamos e nos seria aberto a porta batida (Mateus, 7: 7 – 11). Sobre isso, Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 25 (Buscai e Achareis), item 2, nos disserta:
Do ponto de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência. (...)
Através do trabalho, o homem evolui incessantemente e, através das sucessivas encarnações o homem dá continuidade ao seu trabalho inacabado em existência anterior. Se não fosse assim, tudo teria que recomeçar do zero e a evolução seria estanque (Idem, Item 3). Trabalhando o homem desenvolve o corpo e a alma, pois
Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito (Idem, Item 4).
Assim, Deus provê todas as nossas necessidades. Mas diferentemente dos animais, somos convidados a dominar o material disposto na natureza, utilizando tanto para nos manter materialmente como para desenvolver o espírito.
Que possamos nunca nos esquecer que se temos com o que nos manter, a fonte é sempre o Pai. Sem a sua providência, não sairíamos do zero.
Que saibamos reconhecer isso, com a ajuda de nosso de nosso Mestre Jesus, nosso Anjo da Guarda e os bons Espíritos que nos ajudam diuturnamente.
Domício.



[1] O Livro dos Espíritos. Questão nº 676. Por que o trabalho se impõe ao homem? “Por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância, quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de corpo outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é sempre um trabalho.”
[2] Vide O Livro dos Espíritos, Questão nº 675.