Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

O NOVO MANDAMENTO

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O NOVO MANDAMENTO
Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. — Jesus.
JOÃO, 13: 34.
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei”.
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança fraternal e a certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo, reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho, há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.
MINHA REFLEXÃO
Emmanuel, na penúltima mensagem deste livro, lembra a derradeira reunião do Mestre com seus discípulos. É interessante a diferença que nos traz o Espírito Emmanuel, pois se trata de reforçar a necessidade de nós, espíritas (cristãos), também nos amarmos como Ele demonstrou nos amar quando esteve conosco.
Os profitentes de uma doutrina têm que mostrar sintonia entre si, com base nos postulados que defendem e divulgam. Então, se não somos praticantes do Cristianismo, não seremos praticantes do Espiritismo, pois esta é o desdobramento daquela, numa versão ampliada de conhecimentos que antes não era possível revelar, pois nos faltava conhecimentos científicos e filosóficos para compreendê-la.
Essa exortação do Cristo aos discípulos, para exemplificarem amor entre eles, foi retomada quanto ao Espiritismo, quando o Espirito de Verdade (o Cristo!) nos ratificou aquele mandamento ensinado naquela derradeira reunião:

Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: “Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade. – O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)
Esses iluminados ensinamentos do Cristo, agora se cognominando de O Espírito de Verdade, realizando sua profecia da vinda de um Consolador, estão presentes no espírito da Unificação Espírita, no Brasil e no Mundo, consonantes também com Allan Kardec, quando nos diz em Obras Póstumas:

O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo. (Constituição do Espiritismo – Item VI)[1]
Somos, então, continuadores da Obra do Cristo, portanto devemos ser uníssonos com seus ensinamentos. E para bem divulgar o Espiritismo, o exemplo de amor entre seus profitentes é a maior prova do bem que Ele nos faz.
Que Deus nos ajude a calar nossos sistemas pessoais e contribuir para o trabalho de divulgação da Santa Doutrina: o Cristianismo Redivivo.
Domício.

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