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PRÁTICA
DO BEM
Porque assim é a
vontade de Deus que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens
loucos.
I Pedro (2:15).
Á medida que o espírito
avulta em conhecimento, mais compreende o valor do tempo e das oportunidades
que a vida maior lhe proporciona, reconhecendo, por fim, a imprudência de
gastar recursos preciosos em discussões estéreis e caprichosas.
O apóstolo Pedro recomenda
seja lembrado que é da vontade de Deus se faça o bem, impondo silêncio à ignorância
e à loucura dos homens.
Uma contenda pode perdurar
por muitos anos, com graves desastres para as forças em litígio; todavia, basta
uma expressão de renúncia para que a concórdia se estabeleça num dia.
No serviço divino, é
aconselhável não disputar, a não ser quando o esclarecimento e a energia
traduzem caridade. Nesse caminho, a prática do bem é a bússola do ensino.
Antecedendo qualquer
disputa, convém dar algo de nós mesmos. Isso é útil e convincente.
O bem mais humilde, é
semente sagrada.
Convocado a discutir, Jesus
imolou-se.
Por se haver transformado
ele próprio em divina luz, dominou-nos a treva da ignorância humana.
Não parlamentou conosco. Ao
invés disso, converteu-nos.
Não reclamou compreensão.
Entendeu a nossa loucura, localizou-nos a cegueira e amparou-nos ainda mais.
MINHA REFLEXÃO
As contendas são
infrutíferas, pois nascem do desejo egoístico de prevalência de uma ideia ou
mesmo de ridicularizar a ideia de outrem. O Mestre em várias passagem fugiu ao
debate deixando que seu instigador que queria compromete-lo ou colocá-lo em
confronto com os romanos (caso da moeda, em Marcos, 12:13-17), se livrar da
responsabilidade de uma decisão (Pilatos em Marcos, 18: 33-37) ou mesmo saber
mais (Nicodemos em João – 3:12, sobre a reencarnação), buscasse um entendimento
que lhe faltava ou mesmo se responsabilizar pelas intenções maléficas bem
identificada por Ele.
Somos ainda muito ignorantes
do saber divino e muitas vezes nos perdemos discutindo com energias que
desagregam o ambiente que respiramos. Sejamos convincentes pelo exemplo do silêncio
e ações pela causa do bem. Que saibamos calar o homem velho que ainda existe em
nós. As provocações (e Jesus Cristo foi muito provocado) nada mais são que
provas da humildade e sabedoria. Escutar para falar (mesmo com o silêncio) é
ato de superação do egoísmo, egocentrismo que ainda habita em nós.
Que saibamos reconhecer as
armadilhas do mal em querendo que entremos em contendas, que separam e/ou
desarmonizam, ao nos insuflar na mente a maledicência, o orgulho do saber, o
melindre, a desconfiança e o espírito excessivo de preservação da integridade
pessoal/moral.
Que Deus nos ajude.
Domício.