121
ESPINHEIROS
Nem se vindimam uvas
dos abrolhos.
Jesus. (Lucas, 6: 44.)
O cristão é um combatente
ativo.
Despertando no campo do
Senhor, aturde-se-lhe a visão com a amplitude e complexidade do trabalho. Dificuldades,
tropeços, cipoais, ervas daninhas...
E o Evangelho, com propriedade
de conceituação, elucida que não se pode vindimar nos espinheiros.
Entretanto, teria Jesus
assumido a paternidade de semelhante afirmativa para que cruzemos os braços em
falsa beatitude?
Se o terreno permanece
absorvido pelos abrolhos, o discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre
dos mestres.
Indispensável, pois, enfrentar
o serviço.
O Cristo encarou, face a face,
o sacrifício pela Humanidade inteira.
Será a existência de alguns
espinheiros a causa de nossos obstáculos insuperáveis?
Não. Se hoje é impossível a
vindima, ataquemos o chão duro. Lavremos o solo árido. Adubemos com suor e
lágrimas.
Haverá sempre chuvas
fecundantes do Céu ou generosos mananciais da Terra, abençoando-nos o esforço.
A Divina Providência reside em toda parte. Não
olvidemos o imperativo do trabalho e, depois, em lugar dos abrolhos, colheremos
o fruto suave e doce da videira.
MINHA REFLEXÃO
A vida nesse planeta ainda de
é de provas e expiações e somos ainda merecedores de viver num planeta como
ele. Daí, termos a consciência que não podemos esperar facilidades constantes.
Precisamos deparar com as provas escolhidas ou necessárias para o nosso
aprendizado e com as expiações, afinal nós já praticamos muitas e continuamos,
num nível menos bárbaro, ações contrárias às Leis de Deus.
Então, a volta ao aprisco do
Senhor é cheia de dificuldades, mas necessárias, para nos tornar dignos de
permanecer nesse planeta que ora passa por uma evolução na hierarquia dos
planetas[1]. Antes de tudo, devemos
ser brandos e pacíficos![2] Que tenhamos coragem para
sermos um lavrador de nossas próprias uvas, que sejamos fiéis servidor do
Cristo que tem trabalhado incessantemente como o Pai para que possamos ser um
legítimo Filho de Deus.
Que o Deus nos ajude.
Domício.