Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A REGRA ÁUREA


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A REGRA ÁUREA
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Jesus
MATEUS, 22:39.
Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

MINHA REFLEXÃO
Essa máxima “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” eternizou-se como cristã por aquele que governou esse planeta desde a sua formação – o Cristo a exemplificou como sendo a materialização do VERBO.
É importante notar que antes de sua vinda, seus enviados, por toda parte do planeta, em todas as civilizações antigas, exortaram aos seus seguidores essa máxima de um modo ou de outro, como esta mensagem de Emmanuel aponta.
Sim, a Regra Áurea, que resume todas as profecias, cumpridas por Cristo, resume o sentimento da verdadeira caridade, que segundo os Espíritos Superiores, na resposta a questão n. 886 do O Livro dos Espíritos, é
Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.
Allan Kardec faz uma reflexão sobre essa assertiva dos Espíritos Superiores:
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.
Então, por mais difícil que seja, que possamos conseguir praticar essa regra cristã exemplificada pelo nosso Mestre Maior: Jesus, o Cristo.
Que Deus nos ajude.
Domício.

TEMPO DE CONFIANÇA


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TEMPO DE CONFIANÇA
E disse-lhes: Onde está a vossa fé?
Jesus (Lucas, 8:25).
A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
— Onde está a vossa fé?
O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor.
Sem isso, seria impossível aferir valores.
Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
— Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.

MINHA REFLEXÃO
A mensagem de Emmanuel, inspirada em Jesus, nos faz refletir sobre a necessidade de sermos fervorosos nos momentos que precisamos ser. É na hora da “tempestade” que todo cristão deve se valer da fé e não nos momentos de tranquilidade. Muito justo pensarmos que se alguém se faz indiferente a nós, ou se afasta de nós, em particular um(a) amigo(a), é por que nessa hora que ele(a) precisa mais de nós.
Como diz Emmanuel, acima, “ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.”
Jesus sempre estará conosco, como Ele mesmo prometeu, mas como discípulos, devemos nos aprimorar para seguir seu exemplo de fé no Pai. Além da fé no Pai, nós devemos ter fé Nele.
É verdade que a fé, a esperança, a paciência, a indulgência e a tolerância têm que serem aliadas, pois são virtudes complementares e interdependentes. Não é fácil conjugá-las e sentimos que no momento que devemos utilizá-la para o nosso proveito e do semelhante é quando não as usamos. É quando não resistimos ao mal. Como diz o poeta L. Angel:

Que eu faça o bem sem olhar a quem.
Que eu receba o mal e não faça como tal.
Renascemos para fazer o bem,
Mas nem sempre resistimos ao mal                
Que Deus nos ajude.
Domício.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ENTRA E COOPERA


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ENTRA E COOPERA
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? Respondeu-lhe o Senhor: — Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer.
ATOS, 9:6
Esta particularidade dos Atos dos Apóstolos reveste-se de grande beleza para os que desejam compreensão do serviço com o Cristo.
Se o Mestre aparecera ao rabino apaixonado de Jerusalém, no esplendor da luz divina e imortal, se lhe dirigira palavras diretas e inolvidáveis ao coração, por que não terminou o esclarecimento, recomendando-lhe, ao invés disso, entrar em Damasco, a fim de ouvir o que lhe convinha saber? É que a lei da cooperação entre os homens é o grande e generoso princípio, através do qual Jesus segue, de perto, a Humanidade inteira, pelos canais da inspiração.
O Mestre ensina os discípulos e consola-os através deles próprios. Quanto mais o aprendiz lhe alcança a esfera de influenciação, mais habilitado estará para constituir-se em seu instrumento fiel e justo.
Paulo de Tarso contemplou o Cristo ressuscitado, em sua grandeza imperecível, mas foi obrigado a socorrer-se de Ananias para iniciar a tarefa redentora que lhe cabia junto dos homens.
Essa lição deveria ser bem aproveitada pelos companheiros que esperam ansiosamente a morte do corpo, suplicando transferência para os mundos superiores, tão-somente por haverem ouvido maravilhosas descrições dos mensageiros divinos. Meditando o ensinamento, perguntem a si próprios o que fariam nas esferas mais altas, se ainda não se apropriaram dos valores educativos que a Terra lhes pode oferecer. Mais razoável, pois, se levantem do passado e penetrem a luta edificante de cada dia, na Terra, porqüanto, no trabalho sincero da cooperação fraternal, receberão de Jesus o esclarecimento acerca do que lhes convém fazer.


MINHA REFLEXÃO
A colaboração é a base da pedagogia cristã. O trabalho cristão é ensejo de trocas de amabilidades entre irmãos de fé, além do aprendizado em comunhão. O exercício da colaboração dispensa o cristão da vaidade de se bastar a si mesmo. É na colaboração que o produto da fé é potencializado e a Doutrina é consolidada no seio de uma sociedade. Jesus disse que seus discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem.
O Espírito de verdade deixou-nos as seguintes exortações: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo” (O Evang. Segundo o Espiritismo, cap. VI – O Cristo Consolador).
Toda busca com fé é exaltada pelo Cristo e se for num espírito de humildade e colaboração, é mais exaltada ainda, pois a caridade se instala nessa busca e tanto quem busca como quem ajuda na busca ganham evolutivamente.
Não devemos esquecer, também, a célebre frase do Cristo: “Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei.” (S. MATEUS, cap. XVIII, v. 20.). Isto fecha a questão de que o fato do Cristo não dizer diretamente o que se deve fazer, como ocorreu com Paulo, não significa que Ele não influencia os companheiros para se ajudarem mutuamente.
Que nos trabalhos espíritas sejamos assim: colaboradores e aprendizes.
Que Ele nos ajude.
Domicio