Mensagem de boas vindas


domingo, 4 de março de 2012

TENDE CALMA


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TENDE CALMA
“E disse Jesus: Mandai assentar os homens.”
JOÃO: (6, 10)
Esta passagem do Evangelho de João é das mais significativas. Verifica-se quando a multidão de quase cinco mil pessoas tem necessidade de pão, no isolamento da natureza.
Os discípulos estão preocupados.
Filipe afirma que duzentos dinheiros não bastarão para atender à dificuldade imprevista.
André conduz ao Mestre um jovem que trazia consigo cinco pães de cevada e dois peixes.
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E distribuí o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam nEle, suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, todavia, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celestes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados, porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.

MNHA REFLEXÃO
A vida de cada homem reúne dificuldades que se caracterizam como oportunidades comuns a sua experiência e patamar moral. Nessa caminhada, a fé, aliada à calma e à humildade, dá sustentação para suportar tais vicissitudes e alcançar a felicidade real.
Jesus testemunhava a fé robusta e verdadeira. Ele não se inquietava. Pedia, certo de que era capaz de obter, pois a sua vontade sintonizava-se com a do Pai e a esta encontrava-se submetida, negando quaisquer presunção de sua parte. Também sabia receber, quando se conformava e não media nem julgava o apoio divino. E seguia a distribuir os recursos que somava, obrando entre homens, mulheres, crianças, entre crédulos e incrédulos. E, por último, refugiava-se no _ retornava ao _ Pai, para agradecer e dar-lhe conta de suas ações.
Em contraste com Jesus, nos alerta Emmanuel, continuamos a agir. Muitas vezes, clamamos por um Cristo que deformamos, adequando-o as nossas rogativas descabidas e pretensiosas. Aspirações de um coração e de uma mente ainda acrisolados aos tesouros terrenos.
Mas nascemos da luz e luz nós seremos!
Em Jesus (O Livro dos Espíritos, Q. 625), temos a medida futura de nosso alcance moral. A doação de seu filho evidencia o amor e crédito do Pai Divino na humanidade terrena. Cabe a nós aprender que tudo provem de Deus a quem devem ser submetidas as nossas escolhas.
Assim, ao rogarmos o seu apoio pelo recurso da fé, estejamos resignados a sua perfeição manifesta em seus atributos (idem, Q. 13), dos quais destacamos ser Ele “soberanamente justo e bom”.
Luz e Paz!
Lourença