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GUARDAI-VOS
Estes, porém, dizem mal do que ignoram; e,
naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem.” —
(JUDAS, 10.)
Em todos os lugares, encontramos pessoas sempre dispostas
ao comentário desairoso e ingrato relativamente ao que não sabem. Almas levianas
e inconstantes, não dominam os movimentos da vida, permanecendo subjugadas pela
própria inconsciência.
E são essas justamente aquelas que, em suas manifestações
instintivas, se portam, no que sabem, como irracionais. Sua ação particular
costuma corromper os assuntos mais sagrados, insultar as intenções mais
generosas e ridiculizar os feitos mais nobres.
Guardai-vos das atitudes dos murmuradores irresponsáveis.
Concedeu-nos o Cristo a luz do Evangelho, para que nossa
análise não esteja fria e obscura.
O conhecimento com Jesus é a claridade transformadora da
vida, conferindo-nos o dom de entender a mensagem viva de cada ser e a significação
de cada coisa, no caminho infinito.
Somente os que ajuízam, acerca da ignorância própria,
respeitando o domínio das circunstâncias que desconhecem, são capazes de
produzir frutos de perfeição com as dádivas de Deus que já possuem.
MINHA
REFLEXÃO
Essa mensagem é um convite à humildade que devemos ter
diante do processo evolutivo de cada um ou das circunstancias que se nos
apresentam de pronto, inesperadamente, ou mesmo de modo permanente.
Emmanuel nos chama a atenção sobre sermos coerentes com o
que já sabemos, pois é no que mais pecamos. Que não nos portemos de modo a
murmurar sem consciência exata do que estamos a murmurar.
Quantas vezes falamos sobre o que desconhecemos, no
manifestando nos “achismos” como se nossa opinião fosse realmente contribuir
com a causa analisada. Por outro lado, estamos em evolução e de fato ainda
cometemos atos que sabemos ser reprováveis, pois o nosso automatismo espiritual
ainda não superou. Ou seja, ainda não superamos as nossas fraquezas que sabemos
existir. É certo que cada um precisa dar o salto e o fará no seu momento. É nosso
dever, compreender a morosidade do outro quanto a isso, como somos
compreensíveis quanto a nossa.
Que sabendo de nossa ignorância, saibamos contribuir com
o Cristo com o que já assimilamos de seus ensinamentos.
Que Deus nos ajude.
Domício.