Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O QUE É A CARNE

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QUE É A CARNE?
“Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.”
(Paulo – GÁLATAS: 5:25)

Quase sempre, quando se fala de espiritualidade, apresentam-se muitas pessoas que se queixam das exigências da carne.
É verdade que os apóstolos muitas vezes falaram de concupiscências da carne, de seus criminosos impulsos e nocivos desejos. Nós mesmos, freqüentemente, nos sentimos na necessidade de aproveitar o símbolo para tornar mais acessíveis as lições do Evangelho. O próprio Mestre figurou que o espírito, como elemento divino, é forte, mas que a carne, como expressão humana, é fraca.
Entretanto, que é a carne?
Cada personalidade espiritual tem o seu corpo fluídico e ainda não percebestes, porventura, que a carne é um composto de fluídos condensados?
Naturalmente, esses fluídos, em se reunindo, obedecerão aos imperativos da existência terrestre, no que designais por lei de hereditariedade; mas, esse conjunto é passivo e não determina por si. Podemos figurá-lo como casa terrestre, dentro da qual o espírito é dirigente, habitação essa que tomará as características boas ou más de seu possuidor.
Quando falamos em pecados da carne, podemos traduzir a expressão por faltas devidas à condição inferior do homem espiritual sobre o planeta.
Os desejos aviltantes, os impulsos deprimentes, a ingratidão, a má-fé, o traço do traidor, nunca foram da carne.
É preciso se instale no homem a compreensão de sua necessidade de autodomínio, acordando-lhe as faculdades de disciplinador e renovador de si mesmo, em Jesus-Cristo.
Um dos maiores absurdos de alguns discípulos é atribuir ao conjunto de células passivas, que servem ao homem, a paternidade dos crimes e desvios da Terra, quando sabemos que tudo procede do espírito.


MINHA REFLEXÃO
A responsabilidade das ações, pensamentos e desejos atribuída à carne evidencia-se como mais uma fuga a qual recorremos para desviar o Espírito eterno que somos da busca pela edificação espiritual definitiva.
Emmanuel nos reporta aos ensinamentos da Doutrina Espírita de que o homem se compõe de duas naturezas _ o corpo e o Espírito -, distintas entre si por ser a primeira material e perecível e a segunda, eterna e imaterial, mas com existência real; e dotada das faculdades de inteligência e de pensamento além do senso moral (O Livro dos Espíritos (LE), Introdução).
Não há dúvida, portanto, de que “tudo parte do Espírito“, sentencia Emmanuel.
Os Espíritos são individualidades e pertencem a ordens diferentes como resultante de suas escolhas e da lei do próprio esforço. Somos sabedores de que o Espírito através da encarnação depura-se e eleva-se a novas classes. A demora desse progresso é porque temos obedecido, mais comumente, às vaidades humanas ou às opiniões alheias, subtraindo a nossa atenção dos conselhos do Mestre Divino. O Espírito encontra, nas menores coisas, oportunidades edificantes. A soma das mesmas forma as santas oficinas do aperfeiçoamento terrestre.
Nós Espíritos, reconhecendo a própria fraqueza, recorremos à natural lei de cooperação. Porém, é antinatural querer que outrem despenda os esforços imprescindíveis para que a criatura vença o velho egoísmo animal – causa de todas as imperfeições –, já que cabe a cada um, lembra Emmanuel, o “autodomínio”.
Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se, vencendo as más tendências, no atendimento às solicitações do Cristo. A leviandade retarda o aperfeiçoamento do Espírito, pois fragiliza a vontade e a confiança no Divino que encontrará obstáculos naturais para se exprimir.
“O Espírito encarnado está sob a influência da carne” (L.E., Introdução). Jesus, porém, exemplificou, entre homens pecadores, a vitória sobre o mundo.  A Terra é vinha do Bom Pastor, onde Ele segue a semear e colher criaturas que se permitem salvar pelo Amor Divino.
Luz e Paz!
Lourença

domingo, 20 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO NO LAR

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EDUCAÇÃO NO LAR

“Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai.” — Jesus.

(JOÃO, 8:38)

Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus. O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.

Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão os pais, ainda quando estes sejam perversos.

Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.

MINHA REFLEXÃO

Não é fácil exercer a paternidade/maternidade, considerando que somos também Espíritos em evolução. Então, temos que pensar que devemos educar mais pelas ações do que por palavras. Isso nem sempre é fácil devido o estágio evolutivo de cada um.

Emmanuel nos esclarece que “a tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus”.

Na função de pai ou mãe há que se desenvolver a renúncia em relação aos gozos que os solteiros têm. Sem tornar a vida uma tristeza, a missão paternal deve estar em primeiro lugar em relação àquelas mundanas. Deus facilita essa missão com a infância dos filhos (Questões 208, 582 e 583 de O Livro dos Espíritos).

Que Deus nos ajude.

Domício

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CONFORTO

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CONFORTO
“Se alguém me serve, siga-me.” — Jesus.
(JOÃO, 12:26.)
Freqüentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.
No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...
Muitos pedem amparo aos mensageiros do plano invisível; mas como recebê-lo, se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?
Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente, de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja feito um reduto fechado para as sombras.
Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas.
Seu reino divino se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras deste mundo.

MINHA REFLEXÃO
Jesus nos oferece a presença fiel, mas é imperativo segui-lo em serviço, para contar com o merecimento de Seu amoroso conforto.
Jesus não se ausenta jamais de nosso convívio. Entre nós habitou como servo comum, para não fazer pouco de irmãos não esclarecidos. Pelas dolorosas vias da crucificação morreu para em seguida ressuscitar, extirpando a morte e instituir a certeza da vida eterna e do agigantamento do auxílio à humanidade inteira através das claridades propiciadas pelos Espíritos. ( É preciso lembrar, agradecidos, que Jesus inicia a fila imensa desses irmãos iluminados e é dentre eles o mais perfeito. )
 Somos convidados ao “ divino concerto “ como já capazes de participar da construção da era nova. Esta é o tempo de agora em que a moral evangélico-cristã, iniciada pelo Cristo, nos ensina a fazer emergir o homem renovado pela Caridade que segundo Jesus significa “ benevolência para com todos; indulgência para com as imperfeições alheias; e perdão das ofensas. “ ( O Livro dos Espíritos, Q. 886 )
Emmanuel não nos deixa acomodar à distração acerca de que o consolo a que aspiram os homens é resultante da paralisia e do clamor estéril e lamentoso. Mas, sem sombra de dúvidas, nasce do labor em que conquistaremos a salvação através do exercício da Caridade " Em todas as manifestações de nossas vidas.”, conforme certifica-nos o apóstolo Paulo.
O gozo do alívio resulta de estar com Jesus, conforme Jesus a caminhar em suas bases – “ o amor e a caridade “, suportando as vicissitudes e tribulações temporárias, para que, como irmãos Nele, cooperemos com a Sua obra redentora. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. VII, O Cristo Consolador, itens I e II ).
Nessa certeza, tratemos de, também nós, tornarmo-nos leais ao Mestre e Irmão amantíssimo.
Luz e Paz!
Lourença

sábado, 5 de novembro de 2011

MEDIUNIDADE

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MEDIUNIDADE
“E nos últimos dias acontecerá, diz o Senhor, que do meu Espírito derramarei sobre toda carne; os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, vossos mancebos terão visões e os vossos velhos sonharão sonhos.” (ATOS, 2:17)

No dia de Pentecostes, Jerusalém estava repleta de forasteiros. Filhos da Mesopotâmía, da Frígia, da Líbia, do Egito, cretenses, árabes, partos e romanos se aglomeravam na praça extensa, quando os discípulos humildes do Nazareno anunciaram a Boa Nova, atendendo a cada grupo da multidão em seu idioma particular.
Uma onda de surpresa e de alegria invadiu o espírito geral.
Não faltaram os cépticos, no divino concerto, atribuindo à loucura e à embriaguez a revelação observada. Simão Pedro destaca-se e esclarece que se trata da luz prometida pelos céus à escuridão da carne.
Desde esse dia, as claridades do Pentecostes jorraram sobre o mundo, incessantemente.
Até aí, os discípulos eram frágeis e indecisos, mas, dessa hora em diante, quebram as influências do meio, curam os doentes, levantam o espírito dos infortunados, falam aos reis da Terra em nome do Senhor.
O poder de Jesus se lhes comunicara às energias reduzidas.
Estabelecera-se a era da mediunidade, alicerce de todas as realizações do Cristianismo, através dos séculos.
Contra o seu influxo, trabalham, até hoje, os prejuízos morais que avassalam os caminhos do homem, mas é sobre a mediunidade, gloriosa luz dos céus oferecida às criaturas, no Pentecostes, que se edificam as construções espirituais de todas as comunidades sinceras da Doutrina do Cristo e é ainda ela que, dilatada dos apóstolos ao círculo de todos os homens, ressurge no Espiritismo cristão, como a alma imortal do Cristianismo redivivo.

MINHA REFLEXÃO
No meu comentário à mensagem “9-Reuniões Cristãs” tocamos na questão da comunicabilidade entre os mundos corpóreo e espiritual. Nesta mensagem que agora refletimos, verificamos mais ainda essa realidade em que se ressalta o papel da mediunidade com o Cristo. Sim, com o Cristo, pois essa faculdade que todos temos, em maior ou menor grau (Allan Kardec – O Livro dos Médiuns (LM): Cap. XIV, Item 159) não é nenhum privilégio de algum grupo religioso, particularmente espírita. Pelo contrário, ela muitas vezes é que leva o médium, ainda deseducado e sofredor, a buscar um templo religioso.
Como Emmanuel declarou na mensagem de número 9 deste livro, Jesus Cristo liberou a comunicabilidade com os chamados mortos ao aparecer para os discípulos depois de se despir de seu corpo físico; e dando continuidade a essa abertura, como Emmanuel acrescenta, assistiu aos mesmos discípulos no fenômeno do Pentecostes. A partir daí, os discípulos, sentido a força da Espiritualidade Maior, se fortaleceram pela fé e passaram a fazer o que o Cristo fez muito naturalmente.
O Espírito Eurípedes Barsanulfo em “O Espírito da Verdade”, psicografado por Chico Xavier, nos lembra que antes do Pentecostes, Jesus viveu intensamente a mediunidade, curando, transformando água em vinho, abrandando a natureza, etc. Finalizando sua mensagem nos ilumina ao dizer: “porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus”.
Lembramos que refletimos sobre essa mensagem no blog “O Espírito da Verdade” (Disponível em: http://oconsolador.blogspot.com/2009/05/mediunidade-e-jesus.html) de onde extraimos o seguinte trecho da nossa reflexão:
A mediunidade, então, passa a ser reconhecida como a porta do esclarecimento e da consolação. Todos podem usá-la sem que sejam escolhidos religiosamente, pois passa a não ser mais objeto apenas dos iniciados e oráculos. Surge tanto na classe alta como na mais inferior. Não é mais privilégio de ninguém.
Muito se pode fazer no exercício da mediunidade, mas se deve fazer diferença entre o mediunismo e a mediunidade com Jesus.
Que saibamos sempre no uso de qualquer mediunidade, desde a intuição à incorporação, um exercício da caridade.
Então, que façamos dessa faculdade a porta de nossa libertação espiritual.
Que Deus nos ajude.
Domício