Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 1 de junho de 2016

NA MEDITAÇÃO

168
NA MEDITAÇÃO
E foram sós num barco para um lugar deserto.
MARCOS, 6: 32.
Tuas mãos permanecem extenuadas por fazer e desfazer.
Teus olhos, naturalmente, estão cheios da angústia recolhida nas perturbações ambientes.
Doem-te os pés nas recapitulações dolorosas.
Teus sentimentos vão e vêm, através de impulsos tumultuários, influenciados por mil pessoas diversas.
Tens o coração atormentado.
É natural. Nossa mente sofre sede de paz, como a terra seca tem necessidade de água fria.
Vem a um lugar à parte, no país de ti mesmo, a fim de repousar um pouco. Esquece as fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, as ideias inferiores.
Retira-te dos lugares comuns a que ainda te prendes.
Concentra-te, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de teus pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas...
Ele te lavará a mente eivada de aflições.
Balsamizará tuas úlceras.
Dar-te-á salutares alvitres.
Basta que te cales e sua voz falará no sublime silêncio.
Oferece-lhe um coração valoroso na fé e na realização, e seus braços divinos farão o resto.
Regressarás, então, aos círculos de luta, revigorado, forte e feliz.
Teu coração com Ele, a fim de agires, com êxito, no vale do serviço.
Ele contigo, para escalares, sem cansaço, a montanha da luz.
MINHA REFLEXÃO
Esta mensagem de Emmanuel me faz lembrar de um trecho doutrinário de Allan Kardec:
Ora, o verdadeiro espírita vê as coisas deste mundo de um ponto de vista tão elevado; elas lhe parecem tão pequenas, tão mesquinhas, a par do futuro que o aguarda; a vida se lhe mostra tão curta, tão fugaz, que, aos seus olhos, as tribulações não passam de incidentes desagradáveis, no curso de uma viagem. O que, em outro, produziria violenta emoção, mediocremente o afeta. (A. KARDEC, in O Livro dos Espíritos - Introdução, parte XV).
Isto, a meu ver, é distanciar-se do burburinho, sem desconsiderá-lo, para melhor compreender a parte que nos cabe no torvelinho das atividades diárias. A. Kardec também nos oferece outra reflexão sobre manter-se em comunhão com o Cristo no seu projeto de nos ajudar a tornarmos Espíritos puros, quando nos esclarece quanto a vantagem de olharmos a vida de um ponto de vista diferente:

A ideia clara e precisa que se faça da vida futura proporciona inabalável fé no porvir, fé que acarreta enormes consequências sobre a moralização dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram eles a vida terrena. Para quem se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, que é indefinida, a vida corpórea se torna simples passagem, breve estada num país ingrato. As vicissitudes e tribulações dessa vida não passam de incidentes que ele suporta com paciência, por sabê-las de curta duração, devendo seguir-se-lhes um estado mais ditoso. A morte nada mais restará de aterrador; deixa de ser a porta que e abre para o nada e torna-se a que dá para a libertação, pela qual entra o exilado numa mansão de bem-aventurança e de paz. Sabendo temporária e não definitiva a sua estada no lugar onde se encontra, menos atenção presta às preocupações da vida, resultando-lhe daí uma calma de espírito que tira àquela muito do seu amargor (In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. II – Meu Reino não é deste mundo, item 5).
Essas reflexões só são substanciais em nossas vidas se estivermos em vigília com o Cristo, oportunizando momentos de reabastecimentos de forças para darmos sequência ao nosso labor diário que nos exorta a termos paciência, tolerância, benevolência, indulgências para com as faltas alheias e perdão das ofensas (a sermos caridosos, em última análise[1]).
Que tenhamos a certeza que o Cristo é a fonte de paz e equilíbrio e sigamos em paz e esperançosos em dias melhores, que não neste mundo que ainda é de provas e expiações, mas passando para a categoria de regeneração. Tenhamos paciência e nos preparemos para ficar nele. Para isso é muito importante buscarmos a companhia do Cristo para voltarmos fortalecidos para os embates do dia a dia.
Que Deus nos ajude.
Domício



[1] O Livro dos Espíritos, questão 886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros,
perdão das ofensas.”

4 comentários:

  1. otimo, falar de Emmanuel é entregar uma carta de JESUS.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grato, Ave Cristo, pelo comentário fraterno e motivador!
      Paz e Alegrias!!

      Excluir
  2. Obrigada Domicio! Suas reflexões me inspiram muito!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom saber, Lu!!
      Muita paz, saúde e alegrias para ti e os teus!!

      Excluir