Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

ALÉM-TÚMULO

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ALÉM-TÚMULO
E, se não há ressurreição de mortos, também o Cristo não ressuscitou.
Paulo. (1ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, 15: 13.)
Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria.
Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva. Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final.
Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as possibilidades de observação e raciocínio.
Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o inferno ilimitado no tempo? como acreditar permaneçam adormecidos milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se afirma em atividade incessante?
Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a simplicidade da lógica humana.
Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. O Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante. Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? Somos almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da vida.

MINHA REFLEXÃO

A continuidade da vida após a morte do corpo físico é um fato. Emmanuel nos lembra do trabalho incessante do Cristo, mesmo depois da morte de seu corpo. A obra dele tinha que continuar e para isso ele apareceu num fenômeno de materialização para os seus discípulos.
Se houvesse de chegar o juízo final, para então o Espírito despertar, como Elias e Moisés poderiam ter aparecido conversando com Jesus? (Lucas 9:30). O Mestre adiantou aos discípulos que ressuscitaria depois do 3º dia, já adiantando a continuidade da vida após a morte.
A vida incessante de trabalho atribuída ao Pai, se reproduz no Filho, como diz São João, 5: 17 – “E Jesus lhe respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”. Assim, a razão de ser do Espírito é o trabalho e não teria sentido toda inteligência e capacidade para o trabalho se perdesse com a morte do corpo físico.
Que saibamos honrar a vinda do Filho até nós.
Que Deus nos ajude.
Domicio

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

OS VIVOS DO ALÉM

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OS VIVOS DO ALÉM 
E eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias.
Lucas, 9: 30

Várias escolas religiosas, defendendo talvez determinados interesses do sacerdócio, asseguram que o Evangelho não apresenta bases ao movimento de intercâmbio entre os homens e os espíritos desencarnados que os precederam na jornada do Mais Além...
Entretanto, nesta passagem de Lucas, vemos o Mestre dos Mestres confabulando com duas entidades egressas da esfera invisível de que o sepulcro é a porta de acesso.
Aliás, em diversas circunstâncias encontramos o Cristo em contacto com almas perturbadas ou perversas, aliviando os padecimentos de infortunados perseguidos. Todavia, a mentalidade dogmática encontrou aí a manifestação de Satanás, inimigo eterno e insaciável.
Aqui, porém, trata-se de sublime acontecimento no labor. Não vemos qualquer demonstração diabólica e, sim, dois espíritos gloriosos em conversação íntima com o Salvador. E não podemos situar o fenômeno em associação de generalidades, porquanto os “amigos do outro mundo”, que falaram com Jesus sobre o monte, foram devidamente identificados. Não se registrou o fato, declarando-se, por exemplo, que se tratava da visita de um anjo, mas de Moisés e do companheiro, dando-se a entender claramente que os “mortos” voltam de sua nova vida.

MINHA REFLEXÃO
As evidências da vida além da morte estão presente em vários relatos dos evangelistas. Esta passagem, como diz Emmanuel, não deixa dúvidas quanto ao fato de que os “mortos” voltam para conversar conosco, se assim é útil para nós. Quando não é em sonho, se dá de maneira mediúnica nos trabalhos de comunicação voltados para esse fim ou mesmo diretamente à revelia da vontade do encarnado (muitas vezes quando um quadro obsessivo está em curso).
Cabe a nós entender com isso que a vida continua e que podemos privar, se for do nosso merecimento, seja para nos provar, seja para esclarecer ou consolar, da companhia daqueles que nos precederam ao plano espiritual.
O próprio Cristo voltou para se comunicar e o fez para concluir sua missão dando aos apóstolos a certeza de que não os abandonaria e que era possível se comunicar com os Espíritos, dando a eles o poder de falar “línguas estranhas” e expulsar os demônios (Espíritos maus e ou sofredores).
Que saibamos tornar úteis as oportunidades de ter com os nossos amigos espirituais momentos de esclarecimentos e consolo. Que saibamos distinguir os bons dos maus espíritos quando nos apresentarem para se comunicarem, conforme João (1ª Epístola, 4:1):
Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Vide comentários de Allan Kardec a essa exortação de João em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 21, Item 7.
Que Deus nos ajude.
Domício.

COMO PEDES?


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COMO PEDES?

Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” — Jesus.
João (16:24).

Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.
Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome? Muitos corações permanecem desalentados porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.
Entretanto, repitamos, o Mestre Divino ensinou que o homem deveria solicitar em seu nome.
Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar a consciência sobre o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.
Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo? Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem os caminhos do coração, é atirar ao Divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.
Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.
Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas.

MINHA REFLEXÃO
O ato de orar é um ato de adoração a Deus, humildade diante de Jesus Cristo e sintonia com os mentores, particularmente com o nosso Anjo da Guarda. Tivemos entre nós o Cristo, Governador Espiritual desse planeta. Ele, sendo o Maior, se tornou o menor, dentre nós, mas nos ensinando a postura do ser que tem um Senhor Supremo e o considera como tal, não só de boca, mas de coração e profunda consciência.
Numa escala hierárquica, somos convidados a pedir em nome Dele, a Deus, pois ele tinha acesso direto ao Pai. Ele nos acolheu quando recebeu a incumbência de governar esse planeta e ajudar todos os seus habitantes a evoluir para o estado de Espírito Puro, como o dEle.
Somos devedores de sua humílima assistência e qualquer pedido a Deus se torna mais eficaz se for em Seu nome, ou seja, independente das necessidades imediatas que o mundo exige.
Todo pedido deve estar em consonância com a vontade do Pai e temos Jesus Cristo como exemplo vivo disso.
Assim,
(...) A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai- lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: "Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende." Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com frequência exclamado: "Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças." Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. (Ver em o Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, Item 4.).

Que saibamos praticar esse ato tão necessário, mas que deve ser feito com a consciência de que somos responsáveis por sucessos e insucessos de nossas vidas. Nada nos foi ou será dado que não seja de nosso merecimento ou fruto de nossa busca e trabalho (Mateus, 7:7 – 11; O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 25).
Que Deus nos ajude a compreender tudo isso, para o nosso bem.
Domício