Mensagem de boas vindas


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

CONSULTAS


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CONSULTAS
E na lei nos mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
JOÃO, 8:5
Várias vezes o espírito de má fé cercou o Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o ridicularizasse. A palavra d’Ele, porém, era sempre firme, incontestável, cheia de sabor divino.
Referimo-nos ao fato para considerar que semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o gesto e o exemplo do Mestre.
Os ensinamentos e atos de Jesus constituem lições espontâneas para todas as questões da vida.
O homem costuma gastar grandes patrimônios financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.
Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e profundas, gratuitamente.
Basta que a alma procure a oração, o equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.
Frequentemente, surgem casos inesperados, problemas de solução difícil.
Não ignora o homem o que os costumes e as tradições mandam resolver, de certo modo; no entanto, é indispensável que o aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:
— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?
E a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.

MINHA REFLEXÃO
Essa mensagem de Emmanuel inspirada na passagem da mulher adúltera em que o Mestre a libertou, mas admoestando que não pecasse mais, no leva a reflexão que podemos fazer sobre a nossa escolha de postura diante das situações adversas, e às vezes sofredoras, em que nos vemos diante da necessidade de perdoar, compreender o estágio evolutivo do outro (ser indulgente) etc. Refiro-me à escolha da porta estreita que nada mais é a única porta que todo cristão deve escolher por ser ela representativa do Mestre. Ele nos disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á.”(JOÃO, 10: 9.).
Os Espíritos Superiores, em consonância como o Mestre, nos afirmam que o modelo para todo homem da Terra é Jesus. (O Livro dos Espíritos – Questão 625) e Emmanuel nos assevera que “não nos esqueçamos de que Jesus é a única porta de verdadeira libertação” (In Caminho, Verdade e Vida - A Porta Divina).
Desse modo, é muito oportuna a finalização da mensagem de Emmanuel, aqui refletida, quando nos aconselha a indagar no íntimo de nossa consciência, ao nos deparar em situação de decisão sobre a melhor forma de responder a uma problemática, o que o Mestre faria em nossa situação.
Que tenhamos a coragem da fé para fazer essa indagação e que possamos optar pelo ensinamento de Jesus.
Domício

GLÓRIA AO BEM


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GLÓRIA AO BEM
Glória, porém, e honra e paz a qualquer que obra o bem.
Paulo (Romanos, 2:10)
A malícia costuma conduzir o homem a falsas apreciações do bem, quando não parta da confissão religiosa a que se dedica, do ambiente de trabalho que lhe é próprio, da comunidade familiar em que se integra.
O egoísmo fá-lo crer que o bem completo só poderia nascer de suas mãos ou dos seus. Esse é dos característicos mais inferiores da personalidade.
O bem flui incessantemente de Deus e Deus é o Pai de todos os homens.
E é através do homem bom que o Altíssimo trabalha contra o sectarismo que lhe transformou os filhos terrestres em combatentes contumazes, de ações estéreis e sanguinolentas.
Por mais que as lições espontâneas do Céu convoquem as criaturas ao reconhecimento dessa verdade, continuam os homens em atitudes de ofensiva, ameaça e destruição, uns para com os outros.
O Pai, no entanto, consagrará o bem, onde quer que o bem esteja.
É indispensável não atentarmos para os indivíduos, mas, sim, observar e compreender o bem que o Supremo Senhor nos envia por intermédio deles.
Que importa o aspecto exterior desse ou daquele homem? Que interessam a sua nacionalidade, o seu nome, a sua cor? Anotemos a mensagem de que são portadores. Se permanecem consagrados ao mal, são dignos do bem que lhes possamos fazer, mas se são bons e sinceros, no setor de serviço em que se encontram, merecem a paz e a honra de Deus

MINHA REFLEXÃO
Somos todos potenciais continuadores da Obra do Senhor. Nem sempre damos atenção a isso. E quando damos, às vezes entendemos que só nós somos os merecedores das graças de Deus.
Há diversas formas de fazer o bem e, não importa aonde, Deus, por intermédio do Cristo que aproveita a disponibilidades de seus seguidores, faz com que ele seja materializado.
O Espírito de Verdade em O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap 20, Item 5 (Instruções dos Espíritos) nos assevera que “aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Eis a glória anunciada por Paulo aos Romanos.
Que sejamos merecedores dessa glória o quanto antes. Que não percamos as oportunidades oferecidas por Deus.
Que o Cristo nos ajude!
Domício

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A REGRA ÁUREA


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A REGRA ÁUREA
Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Jesus
MATEUS, 22:39.
Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.”
Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se vos faça.”
Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a outrem.”
Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.”
Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.”
Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.”
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

MINHA REFLEXÃO
Essa máxima “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” eternizou-se como cristã por aquele que governou esse planeta desde a sua formação – o Cristo a exemplificou como sendo a materialização do VERBO.
É importante notar que antes de sua vinda, seus enviados, por toda parte do planeta, em todas as civilizações antigas, exortaram aos seus seguidores essa máxima de um modo ou de outro, como esta mensagem de Emmanuel aponta.
Sim, a Regra Áurea, que resume todas as profecias, cumpridas por Cristo, resume o sentimento da verdadeira caridade, que segundo os Espíritos Superiores, na resposta a questão n. 886 do O Livro dos Espíritos, é
Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.
Allan Kardec faz uma reflexão sobre essa assertiva dos Espíritos Superiores:
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça. pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos.
A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados, contrariamente ao que se costuma fazer. Apresente-se uma pessoa rica e todas as atenções e deferências lhe são dispensadas. Se for pobre, toda gente como que entende que não precisa preocupar-se com ela. No entanto, quanto mais lastimosa seja a sua posição, tanto maior cuidado devemos pôr em lhe não aumentarmos o infortúnio pela humilhação. O homem verdadeiramente bom procura elevar, aos seus próprios olhos, aquele que lhe é inferior, diminuindo a distância que os separa.
Então, por mais difícil que seja, que possamos conseguir praticar essa regra cristã exemplificada pelo nosso Mestre Maior: Jesus, o Cristo.
Que Deus nos ajude.
Domício.

TEMPO DE CONFIANÇA


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TEMPO DE CONFIANÇA
E disse-lhes: Onde está a vossa fé?
Jesus (Lucas, 8:25).
A tempestade estabelecera a perturbação no ânimo dos discípulos mais fortes. Desorientados, ante a fúria dos elementos, socorrem-se de Jesus, em altos brados.
Atende-os o Mestre, mas pergunta depois:
— Onde está a vossa fé?
O quadro sugere ponderações de vasto alcance. A interrogação de Jesus indica claramente a necessidade de manutenção da confiança, quando tudo parece obscuro e perdido. Em tais circunstâncias, surge a ocasião da fé, no tempo que lhe é próprio.
Se há ensejo para trabalho e descanso, plantio e colheita, revelar-se-á igualmente a confiança na hora adequada.
Ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.
Aguardem os discípulos, naturalmente, oportunidades de luta maior, em que necessitarão aplicar mais extensa e intensivamente os ensinos do Senhor.
Sem isso, seria impossível aferir valores.
Na atualidade dolorosa, inúmeros companheiros invocam a cooperação direta do Cristo. E o socorro vem sempre, porque é infinita a misericórdia celestial, mas, vencida a dificuldade, esperem a indagação:
— Onde está a vossa fé?
E outros obstáculos sobrevirão, até que o discípulo aprenda a dominar-se, a educar-se e a vencer, serenamente, com as lições recebidas.

MINHA REFLEXÃO
A mensagem de Emmanuel, inspirada em Jesus, nos faz refletir sobre a necessidade de sermos fervorosos nos momentos que precisamos ser. É na hora da “tempestade” que todo cristão deve se valer da fé e não nos momentos de tranquilidade. Muito justo pensarmos que se alguém se faz indiferente a nós, ou se afasta de nós, em particular um(a) amigo(a), é por que nessa hora que ele(a) precisa mais de nós.
Como diz Emmanuel, acima, “ninguém exercitará otimismo, quando todas as situações se conjugam para o bem-estar. É difícil demonstrar-se amizade nos momentos felizes.”
Jesus sempre estará conosco, como Ele mesmo prometeu, mas como discípulos, devemos nos aprimorar para seguir seu exemplo de fé no Pai. Além da fé no Pai, nós devemos ter fé Nele.
É verdade que a fé, a esperança, a paciência, a indulgência e a tolerância têm que serem aliadas, pois são virtudes complementares e interdependentes. Não é fácil conjugá-las e sentimos que no momento que devemos utilizá-la para o nosso proveito e do semelhante é quando não as usamos. É quando não resistimos ao mal. Como diz o poeta L. Angel:

Que eu faça o bem sem olhar a quem.
Que eu receba o mal e não faça como tal.
Renascemos para fazer o bem,
Mas nem sempre resistimos ao mal                
Que Deus nos ajude.
Domício.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ENTRA E COOPERA


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ENTRA E COOPERA
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça? Respondeu-lhe o Senhor: — Levanta-te e entra na cidade e lá te será dito o que te convém fazer.
ATOS, 9:6
Esta particularidade dos Atos dos Apóstolos reveste-se de grande beleza para os que desejam compreensão do serviço com o Cristo.
Se o Mestre aparecera ao rabino apaixonado de Jerusalém, no esplendor da luz divina e imortal, se lhe dirigira palavras diretas e inolvidáveis ao coração, por que não terminou o esclarecimento, recomendando-lhe, ao invés disso, entrar em Damasco, a fim de ouvir o que lhe convinha saber? É que a lei da cooperação entre os homens é o grande e generoso princípio, através do qual Jesus segue, de perto, a Humanidade inteira, pelos canais da inspiração.
O Mestre ensina os discípulos e consola-os através deles próprios. Quanto mais o aprendiz lhe alcança a esfera de influenciação, mais habilitado estará para constituir-se em seu instrumento fiel e justo.
Paulo de Tarso contemplou o Cristo ressuscitado, em sua grandeza imperecível, mas foi obrigado a socorrer-se de Ananias para iniciar a tarefa redentora que lhe cabia junto dos homens.
Essa lição deveria ser bem aproveitada pelos companheiros que esperam ansiosamente a morte do corpo, suplicando transferência para os mundos superiores, tão-somente por haverem ouvido maravilhosas descrições dos mensageiros divinos. Meditando o ensinamento, perguntem a si próprios o que fariam nas esferas mais altas, se ainda não se apropriaram dos valores educativos que a Terra lhes pode oferecer. Mais razoável, pois, se levantem do passado e penetrem a luta edificante de cada dia, na Terra, porqüanto, no trabalho sincero da cooperação fraternal, receberão de Jesus o esclarecimento acerca do que lhes convém fazer.


MINHA REFLEXÃO
A colaboração é a base da pedagogia cristã. O trabalho cristão é ensejo de trocas de amabilidades entre irmãos de fé, além do aprendizado em comunhão. O exercício da colaboração dispensa o cristão da vaidade de se bastar a si mesmo. É na colaboração que o produto da fé é potencializado e a Doutrina é consolidada no seio de uma sociedade. Jesus disse que seus discípulos seriam reconhecidos por muito se amarem.
O Espírito de verdade deixou-nos as seguintes exortações: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo” (O Evang. Segundo o Espiritismo, cap. VI – O Cristo Consolador).
Toda busca com fé é exaltada pelo Cristo e se for num espírito de humildade e colaboração, é mais exaltada ainda, pois a caridade se instala nessa busca e tanto quem busca como quem ajuda na busca ganham evolutivamente.
Não devemos esquecer, também, a célebre frase do Cristo: “Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei.” (S. MATEUS, cap. XVIII, v. 20.). Isto fecha a questão de que o fato do Cristo não dizer diretamente o que se deve fazer, como ocorreu com Paulo, não significa que Ele não influencia os companheiros para se ajudarem mutuamente.
Que nos trabalhos espíritas sejamos assim: colaboradores e aprendizes.
Que Ele nos ajude.
Domicio

terça-feira, 23 de outubro de 2012

PREGAÇÕES


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PREGAÇÕES
E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas para que eu ali também pregue; porque para isso vim.
MARCOS, 1: 38
Neste versículo de Marcos, Jesus declara ter vindo ao mundo para a pregação. Todavia, como a significação do conceito tem sido erroneamente interpretada, é razoável recordar que, com semelhante assertiva, o Mestre incluía no ato de pregar todos os gestos sacrificiais de sua vida.
Geralmente, vemos na Terra a missão de ensinar muito desmoralizada.
A ciência oficial dispõe de cátedras, a política possui tribunas, a religião fala de púlpitos.
Contudo, os que ensinam, com exceções louváveis, quase sempre se caracterizam por dois modos diferentes de agir. Exibem certas atitudes quando pregam, e adotam outras quando em atividade diária. Daí resulta a perturbação geral, porque os ouvintes se sentem à vontade para mudar a “roupa do caráter”.
Toda dissertação moldada no bem é útil. Jesus veio ao mundo para isso, pregou a verdade em todos os lugares, fez discursos de renovação, comentou a necessidade do amor para a solução de nossos problemas. No entanto, misturou palavras e testemunhos vivos, desde a primeira manifestação de seu apostolado sublime até a cruz. Por pregação, portanto, o Mestre entendia igualmente os sacrifícios da vida. Enviando-nos divino ensinamento, nesse sentido, conta-nos o Evangelho que o Mestre vestia uma túnica sem costura na hora suprema do Calvário.

MINHA REFLEXÃO
A pregação que o Espírito Emmanuel ressalta é integral: por palavras confirmadas pelas ações. Somos Espíritos em aprendizado e aspirantes a verdadeiros homens de bem, cristãos, espíritas. Os espíritas convictos almejam ser fiéis ao Cristo, nos que diz respeito ao exemplo que nos deixou da verdadeira pregação, conforme o Emmanuel, nessa mensagem, nos lembra.
Não é fácil ser espírita, pois a Doutrina é disciplinadora, apesar de libertadora. Deixa aos seus adeptos a opção de fazer o bem, de se reformar diariamente. Segundo A. Kardec, “reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XVII – Sedes Perfeitos). Isso é coerente com a mensagem de Emmanuel que nos convida a prática da coerência entre o falar e o fazer.
Interessante quando Emmanuel nos assevera que “daí resulta a perturbação geral, porque os ouvintes se sentem à vontade para mudar a “roupa do caráter””, quando disserta sobre os dois modos de agir dos muitos que “ensinam” e “pregam” a doutrina cristã.
Entendemos que o exemplo é mais importante que a fala, a pesar de que a palavra motiva, induz à reflexão e estimula a mudança com base num estudo. Assim, para sermos salvos, não basta sermos eloquentes, transparentemente convictos daquilo que pregamos, espiriticamente falando. Necessário se faz, para isso, que nos esforcemos em combater nossas imperfeições, pois este foi o objetivo de termos reencarnado.
Então, não basta que sejamos espíritas para sermos salvos. Devemos nos modificar e sermos fiéis aos ensinamentos da Doutrina, que são cristãos, dando exemplos aos iniciantes; ou seja, divulgando a Doutrina pela nossa transformação moral, também. Paulo, o Apóstolo, é enfático sobre isso, pois nos assevera:

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. Paulo, o apóstolo. (O Evangelho. Segundo o Espiritismo – Cap.XV – Fora da Caridade não há Salvação.)

Assim, a pregação oral, se fizermos, deve servir em primeiro lugar para nós mesmos.
Que Deus nos ajude.
Domício.

sábado, 6 de outubro de 2012

HONRAS VÃS


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HONRAS VÃS
Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Jesus.
MARCOS, 7: 7
A atualidade do Cristianismo oferece-nos lições profundas, relativamente à declaração acima mencionada.
Ninguém duvida do sopro cristão que anima a civilização do Ocidente.
Cumpre notar, contudo, que a essência cristã, em seus institutos, não passou de sopro, sem renovações substanciais, porque, logo após o ministério divino do Mestre, vieram os homens e lavraram ordenações e decretos na presunção de honrar o Cristo, semeando, em verdade, separatismo e destruição.
Os últimos séculos estão cheios de figuras notáveis de reis, de religiosos e políticos que se afirmaram defensores do Cristianismo e apóstolos de suas luzes.
Todos eles escreveram ou ensinaram em nome de Jesus.
Os príncipes expediram mandamentos famosos, os clérigos publicaram bulas e compêndios, os administradores organizaram leis célebres. No entanto, em vão procuraram honrar o Salvador, ensinando doutrinas que são caprichos humanos, porquanto o mundo de agora ainda é campo de batalha das ideias, qual no tempo em que o Cristo veio pessoalmente a nós, apenas com a diferença de que o Farisaísmo, o Templo, o Sinédrio, o Pretório e a Corte de César possuem hoje outros nomes. Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos.

MINHA REFLEXÃO
Eis a questão do personalismo que dividiu as pessoas a partir do pensamento do Mestre Jesus. A ideia foi deixada incólume com a compreensão que o separativismo religioso ia acontecer, até mesmo dentro de um lar, em consequência de acontecer dentro de um seio religioso (S. Mateus, cap. 10: 34 – 36.; S. Lucas, cap. 12: 49 – 53; O Evang. Segundo o Espiritismo – Cap. XXIII – Itens 9 à 18).
Depois do Cristo, muitos se apossaram de suas ideias para fazer ignomínias em seu nome e assim assinaram condenações à morte de um ou milhares de pessoas (inquisição-poder religioso; guerras santas-poder político).
A religião não é determinante a salvação espiritual. Como disse Allan Kardec: “Fora da Caridade não há salvação” quando criticou a máxima “Fora da Igreja não há salvação”. (O Evang. Seg. o Espiritismo – Cap. XV – Item 8).
A religião é uma escola que forma o espiritualista, portanto, é necessário que tenha uma, pois em conjunto com os “colegas” de formação, ele se fortalece pelos laços da amizade e compreende as filosofias que levam a espiritualização. Ou seja, a religião bem aproveitada potencializa a espiritualização do Homem.
No entanto, devemos nos precaver de, pelo estudo, ou até mesmo pela prática da caridade, fomentar a dissensão, dentro do seio religioso, motivados pelo orgulho intelectual e vaidade da história pessoal voltada para as obras sociais. A liderança nem sempre nos é benéfica se não lideramos para o bem comum.
Tomamos então, para nos vigiar o ensinamento do Espírito Emmanuel nos ensina: “Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos”.
Que Deus nos ajude.
Domício

sábado, 29 de setembro de 2012

HERESIAS


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HERESIAS
E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.
Paulo.
I CORÍNTIOS (11: 19).
Recebamos os hereges com simpatia, falem livremente os materialistas, ninguém se insurja contra os que duvidam, que os descrentes possuam tribunais e vozes.
Isso é justo.
Paulo de Tarso escreveu este versículo sob profunda inspiração.
Os que condenam os desesperados da sorte não ajuízam sobre o amor divino, com a necessária compreensão. Que dizer-se do pai que amaldiçoa o filho por haver regressado a casa enfermo e sem esperança?
Quem não consegue crer em Deus está doente. Nessa condição, a palavra dos desesperados é sincera, por partir de almas vazias, em gritos de socorro, por mais dissimulados que esses gritos pareçam, sob a capa brilhante dos conceitos filosóficos ou científicos do mundo. Ainda que os infelizes dessa ordem nos ataquem, seus esforços inúteis redundam a benefício de todos, possibilitando a seleção dos valores legítimos na obra iniciada.
Quanto à suposta necessidade de ministrarmos fé aos negadores, esqueçamos a presunção de satisfazê-los, guardando conosco a certeza de que Deus tem muito a dar-lhes. Recebamo-los como irmãos e estejamos convictos de que o Pai fará o resto.

MINHA REFLEXÃO
Muitos são os iníquos. E nós que já refletimos sobre nossas ações, particularmente as más, não podemos esquecer que já fizemos tudo que reprovamos hoje e talvez com mais profundidade, em termos da maldade reprovada.
Muitos são os descrentes e nós já fomos até perseguidores do Cristo e daqueles que defenderam, em sua humildade, a Lei de Deus e os preceitos cristãos.
Então, Emmanuel vem nos lembrar de que aqueles que hoje ainda são descrentes, mas sinceros em sua descrença, que incomoda muito, às vezes, pela dissimulação e ironia, são filhos de nosso Pai Maior – nossos irmãos. E Deus faz chover sobre os justos e injustos e tem lugar para todos em seu Seio Paternal. A cada um dá a oportunidade de rever seus conceitos e práticas, de modo eterno. Mas nunca desampara ninguém, deixando cada um livre para dar o tempo próprio para sua evolução. Como diz Santo Agostinho,
Admirai, no entanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés (- Santo Agostinho. Paris, 1862. In: O Evangelho segundo o Espiritismo – Cap. XIV – Item 9).
Santo Agostinho, quando trata da ingratidão dos filhos, nos faz lembrar que Deus quer o bem para todos e espera o retorno a Ele daqueles que se afastaram de suas Leis. Não importa se esse afastamento se deu, e se dá, inclusive fazendo ignomínia em relação a Seu nome.
Hoje não mais fazemos isso, então temos que dar curso a nossa evolução sendo indulgentes ao que ficaram para trás por rebeldia, mas que um dia se cansarão, “com o orgulho afinal abatido” e então se lançará aos pés do Criador pedindo outro rumo, outra oportunidade.
Que Deus tenha compaixão por nós. Que Sua infinita Misericórdia seja sentida por nós.
Domício.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

SEMEADURA


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SEMEADURA
Mas, tendo sido semeado, cresce. — Jesus.
MARCOS, 4:32.
É razoável que todos os homens procurem compreender a substância dos atos que praticam nas atividades diárias. Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâncias, porquanto é da lei de Deus que toda semeadura se desenvolva.
O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
Muitos Espíritos, de corpo em corpo, permanecem na Terra com as mesmas recapitulações durante milênios. A semeadura prejudicial condicionou-os à chamada “morte no pecado”.
Atravessam os dias, resgatando débitos escabrosos e caindo de novo pela renovação da sementeira indesejável. A existência deles constitui largo círculo vicioso, porque o mal os enraiza ao solo ardente e árido das paixões ingratas.
Somente o bem pode conferir o galardão da liberdade suprema, representando a chave única suscetível de abrir as portas sagradas do Infinito à alma ansiosa.
Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que regem a vida.

MINHA REFLEXÃO
Somos o que fazemos, de modo natural.[1] O que apresentamos nesse status, traduz o Espírito que somos, pois o que sai de nós é como se fosse o fruto que cultivamos até o momento de uma ação. Ainda repetimos muito as ações do passado contrárias ao que faz o homem de bem que busca se pautar pela prática diária da caridade (O Evang. Segundo o Espiritismo, Cap. 17 – Item 3). Um homem que é virtuoso busca ser um homem de bem, mas nem sempre consegue superar-se em alguma imperfeição e é quando cai, magoando alguém ou magoando-se.
Como diz o Espírito François, Nicolas, Madeleine-Cardeal Morlot, (O Evang. Segundo o Espiritismo, Cap. 17 - Item 8): “Ser bom, caridoso, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso. Infelizmente são acompanhada quase sempre de pequenas falhas morais que as desmerecem e as enfraquecem.”
A virtude que podemos desenvolver em nós será o bem que ofereceremos amanhã, de modo natural, às pessoas que convivem conosco. Ela é fruto cultivado pelo homem em reforma. O esforço nesse mister representa também uma virtude, pois o esforço significa a semeadura, em nossa compreensão, pois como adverte Emmanuel: “Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós, de conformidade com as leis que regem a vida.”
Que saibamos evitar as ervas daninhas proliferarem em nós. Sejamos um(a) cultivador(a) cristão (ã).


[1] “Falou Jesus: “a cada um será concedido segundo as próprias obras”. Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los; pois a Lei de Deus não conhece você pelo que você observa, mas simplesmente através daquilo que você faz.” ANDRÉ LUIZ in: O Espírito da Verdade (Chico Xavier). Vide também reflexão a respeito in: www.oconsolador.blogspot.com.

domingo, 16 de setembro de 2012

COMER E BEBER


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COMER E BEBER
Então, começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença e tens ensinado nas nossas ruas. Jesus.
LUCAS, 13:26.
O versículo de Lucas, aqui anotado, refere-se ao pai de família que cerrou a porta aos filhos ingratos.
O quadro reflete a situação dos religiosos de todos os matizes que apenas falaram, em demasia, reportando-se ao nome de Jesus. No dia da análise minuciosa, quando a morte abre, de novo, a porta espiritual, eis que dirão haver “comido e bebido” na presença do Mestre, cujos ensinamentos conheceram e disseminaram nas ruas.
Comeram e beberam apenas. Aproveitaram-se dos recursos egoisticamente. Comeram e acreditaram com a fé intelectual. Beberam e transmitiram o que haviam aprendido de outrem.
Assimilar a lição na existência própria não lhes interessava a mente inconstante.
Conheceram o Mestre, é verdade, mas não o revelaram em seus corações. Também Jesus conhecia Deus; no entanto, não se limitou a afirmar a realidade dessas relações. Viveu o amor ao Pai, junto dos homens. Ensinando a verdade, entregou-se à redenção humana, sem cogitar de recompensa.
Entendeu as criaturas antes que essas o entendessem, concedeu-nos supremo favor com a sua vinda, deu-se em holocausto para que aprendêssemos a ciência do bem.
Não bastará crer intelectualmente em Jesus. É necessário aplicá-lo a nós próprios.
O homem deve cultivar a meditação no círculo dos problemas que o preocupam cada dia. Os irracionais também comem e bebem. Contudo, os filhos das nações nascem na Terra para uma vida mais alta.

MINHA REFLEXÃO
São os diversos chamados para que nós seres humanos se integrem aos planos de Deus. Muitos iniciam empolgadamente sua senda religiosa sem, no entanto, transformar-se num “homem novo”.
Muito difícil é a reforma íntima, mas podemos com muito esforço mudar paulatinamente nossos hábitos físicos e morais se realmente quisermos fazer valer a oportunidade de “comer e beber” com o Mestre Jesus.
Isso toca na questão do DEVER que devemos ter para com Deus, para com o próximo e para conosco mesmo (O Evang. Seg. o Espiritismo, cap. 17, item 7).
O propósito de “comermos e bebermos” com Jesus não deve ser outro senão o nosso progresso moral sintonizado com Ele, em pensamento e atos.
Essa passagem de Lucas está dentro de um contexto em que Jesus se referiu à porta estreita do Céu. Ensinou que devíamos nos esforçar para passar por ela, pois quando da despedida desse plano e entrada no plano espiritual a cobrança do feito enquanto “vivos” (para nós espíritas, encarnados) seria realizada. Então, não é suficiente apenas falarmos em nome de Jesus. É, sobretudo, necessário, para entrarmos no Reino de Jesus, termos nos validos de sua companhia espiritual, agora em mente. Termos-nos transformados em homens de bem.
Sejamos os escolhidos, pois que há muito temos sido chamados, no entanto temos dado mais importância às “seduções do interesse e do coração” (Idem).
Que Deus nos ajude quando fraquejarmos.
Domício

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

RECAPITULAÇÕES


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RECAPITULAÇÕES

“Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.”
JOÃO, 12:43.

Os séculos parecem reviver com seus resplendores e decadências.
Fornece o mundo a impressão dum campo onde as cenas se repetem constantemente.
Tudo instável.
A força e o direito caminham com alternativas de domínio. Multidões esclarecidas regressam a novas alucinações. O espírito humano, a seu turno, considerado insuladamente, demonstra recapitular as más experiências, após alcançar o bom conhecimento.
Como esclarecer a anomalia? A situação é estranhável porque, no fundo, todo homem tem sede de paz e fome de estabilidade. Importa reconhecer, porém, que, no curso dos milênios, as criaturas humanas, em múltiplas existências, têm amado mais a glória terrena que a glória de Deus.
Inúmeros homens se presumem redimidos com a meditação criteriosa do crepúsculo, mas... e o dia que já se foi? Na justiça misericordiosa de suas decisões, Jesus concede ao trabalhador hesitante uma oportunidade nova, O dia volta. Refunde-se a existência. Todavia, que aproveita ao operário valer-se tão somente dos bens eternos, no crepúsculo cheio de sombras?
Alguém lhe perguntará: que fizeste da manhã clara, do Sol ardente, dos instrumentos que te dei? Apenas a essa altura reconhece a necessidade de gloriar-se no Todo-Poderoso. E homens e povos continuarão desfazendo a obra falsa para recomeçar o esforço outra vez.

MINHA REFLEXÃO
Incrível, como fomos e ainda somos renitentes no erro, apesar dos conhecimentos científicos, filosóficos e morais. Milênios de anos de trabalhos dos Espíritos Superiores para nos dar a sustentação espiritual para que investíssemos em nossa reforma íntima. No entanto, nos comprazemos na instabilidade.
Não basta vermos, ouvirmos, sentirmos...
É preciso o cansaço, a dor ferrenha, o sofrimento insuportável e vida depois da morte com o remorso a corroer a consciência.
Emmanuel lembra que precisamos nos ligar mais às glórias de Deus que às do mundo. De certo que vivemos no mundo, não para o mundo. Comprometamos-nos com o mundo de César, apenas no que tange ao respeito de suas leis, mesmo que temporárias, mas necessárias para um determinado momento (S. MATEUS, 22: 18 a 21; O Evangelho Seg. o Espritismo, Cap. XI – Amar o próximo como a si mesmo).
Devemos nos comprometer, em especial com Deus e nos libertar do desculpismo de que somos imperfeitos para continuar a praticar nossas ignomínias contra nossa própria evolução.
Deus conta conosco. Jesus conta conosco. Os bons Espíritos desencarnados ou encarnados, sobretudo os encarnados que nos dão o exemplo e nos apontam um horizonte feliz.
Seremos anjos, sim, mas precisamos avançar com disposição para esse status. (O Evangelho segundo o Espiritismo, CAP. XVII – SEDE PERFEITOS; O Livro dos Espíritos Parte 2ª – CAP. I - Diferentes ordens de Espíritos).
Que todos os citados nos ajudem, em particular Nosso Pai Eterno.
Domicio

domingo, 19 de agosto de 2012

NUVENS

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NUVENS
E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a ele ouvi. LUCAS, 9:35


O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte. São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.
Por vezes, desespera-se envenenando as fontes da própria vida.
Desejaria, invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas estrelas que lhe embelezassem a noite.
No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.
Conta-nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.
Encontravam-se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz.
Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro.
Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina: “Este é o meu amado Filho, a ele ouvi!”
Manifestava-se a palavra do Céu, na sombra temporária.
A existência terrestre, efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos difíceis.
As penas e os dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.

MINHA REFLEXÃO
A realidade que ainda se desenha no planeta Terra é constituída de muito sofrimento e penúria.
Como portar-se nesse contexto?
Muitos homens se veem merecedores de dias quietos e inconformam-se por não os terem.
Denotam, assim, uma incapacidade de compreender que entre homens com práticas tão personalistas em que não se acolhem a miséria do próximo, sofrer é natural.
As notícias relatam a tristeza materializada na falta de alimento, moradia, saúde, educação... paz.
Todos, portanto, recebemos um saldo merecido desse quadro de dor.
A aceitação do padecimento resulta de uma percepção maior.
Da fé em Deus que em Jesus nos apresenta a promessa da felicidade futura.
Aquele que crê na Providência Divina não se desespera, admite as aflições sem espanto e evita doenças nascidas do culto às desgraças humanas.
Emmanuel destaca a necessidade de não limitar a visão às penas.
Em nossas vivências, verteremos grossas lágrimas, mas podemos gestar, desde esta morada, um ser mais humilde, manso e justo. As boas lições dependem do saber sofrer. Vejamos a orientação do apóstolo Paulo, em Hebreus, 12:7 – “Se suportais a correção, Deus vos trata como a filhos; pois que filho há a quem o pai não corrija?”.
Luz e Paz!
Lourença

quarta-feira, 25 de julho de 2012

COISAS MÍNIMAS


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COISAS MÍNIMAS
“Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” — Jesus. (LUCAS, 12: 26.)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”

MINHA REFLEXÃO
A mensagem do Cristo, interpretada pelo Emmanuel, foi dita quando ele ensinava sobre o cuidado que devemos ter em não se preocupar em demasiado com dia de amanha. Considerou, um pouco antes da localização dessa mensagem, que a preocupação com coisas mínimas não nos fará melhor e nem vai aumentar nossos dias na Terra (S. LUCAS, 12: 25).
É importante, como diz Emmanuel, valorizar os pequenos trabalhos por serem a base dos maiores, e não humilhar quem os faz, pois cada um com suas limitações e responsabilidades no concerto da vida.
Na valorização dos pequenos trabalhos devemos observar aqueles que podem dar mais de si e desafiá-los a se superarem, considerando que não podemos deixar ninguém esperando ser chamados como lembra a parábola do Trabalhador da última Hora (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16 in O Evang. Seg. o Espiritismo – Cap. XX).
Entao, que sejamos zelosos com o que nos contenta e possamos fazer de imediato no cumprimento de nossas tarefas minimas e sonhemos de modo cauteloso com as grandes coisas para que não sejamos arrebatados ao chão por não sabermos esperar o momento certo para dar saltos maiores.
Que Deus nos Ajude
Domício