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CONSULTAS
E na lei nos
mandou Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
JOÃO, 8:5
Várias vezes o espírito de má fé cercou o
Mestre, com interrogações, aguardando determinadas respostas pelas quais o
ridicularizasse. A palavra d’Ele, porém, era sempre firme, incontestável, cheia
de sabor divino.
Referimo-nos ao fato para considerar que
semelhantes anotações convidam o discípulo a consultar sempre a sabedoria, o
gesto e o exemplo do Mestre.
Os ensinamentos e atos de Jesus constituem
lições espontâneas para todas as questões da vida.
O homem costuma gastar grandes patrimônios
financeiros nos inquéritos da inteligência. O parecer dos profissionais do
direito custa, por vezes, o preço de angustioso sacrifício.
Jesus, porém, fornece opiniões decisivas e
profundas, gratuitamente.
Basta que a alma procure a oração, o
equilíbrio e a quietude. O Mestre falar-lhe-á na Boa Nova da Redenção.
Frequentemente, surgem casos inesperados,
problemas de solução difícil.
Não ignora o homem o que os costumes e as
tradições mandam resolver, de certo modo; no entanto, é indispensável que o
aprendiz do Evangelho pergunte, no santuário do coração:
— Tu, porém, Mestre, que me dizes a isto?
E
a resposta não se fará esperar como divina luz no grande silêncio.
MINHA REFLEXÃO
Essa
mensagem de Emmanuel inspirada na passagem da mulher adúltera em que o Mestre a
libertou, mas admoestando que não pecasse mais, no leva a reflexão que podemos
fazer sobre a nossa escolha de postura diante das situações adversas, e às vezes
sofredoras, em que nos vemos diante da necessidade de perdoar, compreender o
estágio evolutivo do outro (ser indulgente) etc. Refiro-me à escolha da porta
estreita que nada mais é a única porta que todo cristão deve escolher por ser
ela representativa do Mestre. Ele nos disse: “Eu sou a porta; se alguém entrar
por mim, salvar-se-á.”(JOÃO, 10: 9.).
Os
Espíritos Superiores, em consonância como o Mestre, nos afirmam que o modelo
para todo homem da Terra é Jesus. (O Livro dos Espíritos – Questão 625) e
Emmanuel nos assevera que “não nos esqueçamos de que
Jesus é a única porta de verdadeira libertação” (In Caminho, Verdade e Vida - A
Porta Divina).
Desse
modo, é muito oportuna a finalização da mensagem de Emmanuel, aqui refletida,
quando nos aconselha a indagar no íntimo de nossa consciência, ao nos deparar
em situação de decisão sobre a melhor forma de responder a uma problemática, o
que o Mestre faria em nossa situação.
Que
tenhamos a coragem da fé para fazer essa indagação e que possamos optar pelo
ensinamento de Jesus.
Domício