Mensagem de boas vindas


sábado, 6 de outubro de 2012

HONRAS VÃS


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HONRAS VÃS
Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Jesus.
MARCOS, 7: 7
A atualidade do Cristianismo oferece-nos lições profundas, relativamente à declaração acima mencionada.
Ninguém duvida do sopro cristão que anima a civilização do Ocidente.
Cumpre notar, contudo, que a essência cristã, em seus institutos, não passou de sopro, sem renovações substanciais, porque, logo após o ministério divino do Mestre, vieram os homens e lavraram ordenações e decretos na presunção de honrar o Cristo, semeando, em verdade, separatismo e destruição.
Os últimos séculos estão cheios de figuras notáveis de reis, de religiosos e políticos que se afirmaram defensores do Cristianismo e apóstolos de suas luzes.
Todos eles escreveram ou ensinaram em nome de Jesus.
Os príncipes expediram mandamentos famosos, os clérigos publicaram bulas e compêndios, os administradores organizaram leis célebres. No entanto, em vão procuraram honrar o Salvador, ensinando doutrinas que são caprichos humanos, porquanto o mundo de agora ainda é campo de batalha das ideias, qual no tempo em que o Cristo veio pessoalmente a nós, apenas com a diferença de que o Farisaísmo, o Templo, o Sinédrio, o Pretório e a Corte de César possuem hoje outros nomes. Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos.

MINHA REFLEXÃO
Eis a questão do personalismo que dividiu as pessoas a partir do pensamento do Mestre Jesus. A ideia foi deixada incólume com a compreensão que o separativismo religioso ia acontecer, até mesmo dentro de um lar, em consequência de acontecer dentro de um seio religioso (S. Mateus, cap. 10: 34 – 36.; S. Lucas, cap. 12: 49 – 53; O Evang. Segundo o Espiritismo – Cap. XXIII – Itens 9 à 18).
Depois do Cristo, muitos se apossaram de suas ideias para fazer ignomínias em seu nome e assim assinaram condenações à morte de um ou milhares de pessoas (inquisição-poder religioso; guerras santas-poder político).
A religião não é determinante a salvação espiritual. Como disse Allan Kardec: “Fora da Caridade não há salvação” quando criticou a máxima “Fora da Igreja não há salvação”. (O Evang. Seg. o Espiritismo – Cap. XV – Item 8).
A religião é uma escola que forma o espiritualista, portanto, é necessário que tenha uma, pois em conjunto com os “colegas” de formação, ele se fortalece pelos laços da amizade e compreende as filosofias que levam a espiritualização. Ou seja, a religião bem aproveitada potencializa a espiritualização do Homem.
No entanto, devemos nos precaver de, pelo estudo, ou até mesmo pela prática da caridade, fomentar a dissensão, dentro do seio religioso, motivados pelo orgulho intelectual e vaidade da história pessoal voltada para as obras sociais. A liderança nem sempre nos é benéfica se não lideramos para o bem comum.
Tomamos então, para nos vigiar o ensinamento do Espírito Emmanuel nos ensina: “Importa reconhecer, desse modo, que, sobre o esforço de tantos anos, é necessário renovar a compreensão geral e servir ao Senhor, não segundo os homens, mas de acordo com os seus próprios ensinamentos”.
Que Deus nos ajude.
Domício

Um comentário:

  1. Os tempos atuais com suas gentes requerem de nós testemunho cristão. Emmanuel descreve o andar da humanidade sob o "progresso incompleto" da civilização.(O Livro dos Espiritos, Q. 790). Afirma que muito nos detivemos em manifestações externas, materializadas em teorias, convenções e monumentos.Nos corações, porém, ainda não se implantou o evangelho de Jesus. A palavra viva que consola e vincula cada homem a outro homem como irmaos, não é o nosso verbo.

    Estamos sendo alertados de que a substância é Jesus. Por nos afastarmos dessa compreensão, esvaziamos a Alma do verdadeiro conhecimento. Apresentamos depoimentos em nosso nome. Mas quem somos para tanto? Homens vaidosos. Membros de uma civilização de expressivo saber intelectual, armazenado em encarnações várias, no entanto visivelmente teimosos e reticentes. Afeitos a suas próprias ideias fragilizadas de cunho moral e, portanto, carentes do fermento crístico.

    Não basta a fé humana, aleijada pela presunção. Somos limpos, quando renovados em Jesus. Coloquemo-nos despretensiosos e solicitos às aprendizagens reparadoras no Mestre Divino.

    Luz e Paz!
    Lourença

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