Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 25 de julho de 2012

COISAS MÍNIMAS


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COISAS MÍNIMAS
“Pois se nem ainda podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” — Jesus. (LUCAS, 12: 26.)

Pouca gente conhece a importância da boa execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade, zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia, necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada comum.
Convém, desse modo, atender às coisas mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas. São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”

MINHA REFLEXÃO
A mensagem do Cristo, interpretada pelo Emmanuel, foi dita quando ele ensinava sobre o cuidado que devemos ter em não se preocupar em demasiado com dia de amanha. Considerou, um pouco antes da localização dessa mensagem, que a preocupação com coisas mínimas não nos fará melhor e nem vai aumentar nossos dias na Terra (S. LUCAS, 12: 25).
É importante, como diz Emmanuel, valorizar os pequenos trabalhos por serem a base dos maiores, e não humilhar quem os faz, pois cada um com suas limitações e responsabilidades no concerto da vida.
Na valorização dos pequenos trabalhos devemos observar aqueles que podem dar mais de si e desafiá-los a se superarem, considerando que não podemos deixar ninguém esperando ser chamados como lembra a parábola do Trabalhador da última Hora (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16 in O Evang. Seg. o Espiritismo – Cap. XX).
Entao, que sejamos zelosos com o que nos contenta e possamos fazer de imediato no cumprimento de nossas tarefas minimas e sonhemos de modo cauteloso com as grandes coisas para que não sejamos arrebatados ao chão por não sabermos esperar o momento certo para dar saltos maiores.
Que Deus nos Ajude
Domício

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O MUNDO E O MAL


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O MUNDO E O MAL

“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” —

Jesus. (JOÃO, capítulo 17, versículo 15.)


Nos centros religiosos, há sempre grande número de pessoas preocupadas com a idéia da morte. Muitos companheiros não crêem na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra. A maioria aguarda situações imaginárias e injustificáveis para quem nunca levou em linha de conta o esforço próprio.

O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.

Orando ao Pai pelos discípulos, Jesus rogou para que não fossem retirados do mundo, e, sim, libertos do mal.

O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.

A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.

De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males não foram exterminados convenientemente. Em tais circunstâncias, assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase nada se as feridas nos acompanham. Faz-se preciso, pois, embelezar o mundo e aprimorá-lo, combatendo o mal que está em nós.

MINHA REFLEXÃO

No universo há muitas moradas e a Terra é tão somente um cisco de poeira nele. Serve para habitar os seres que ainda estão no nível de provas e expiações (O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), cap. III). Desse modo, nosso planeta é compatível, evolutivamente, com os seus habitantes. Ou seja, ele não é uma má morada para servir de motivo para Jesus pedir que Deus libertasse os seus habitantes dela. O Cristo estava preocupado com a nossa libertação espiritual dos ditames do mundo de César, sem nos isentar de todo de nossos compromissos com esse mundo (ESE, cap. XII).

Assim, convidados estamos à nossa reforma intima enquanto estamos por aqui, em tempo, pois haverá o dia ou a era da separação do joio do trigo (já está havendo e nosso mundo passando para uma categoria de Regeneração – ESE, cap. III) e aquele que não tiver se libertado será convidado a uma nova moradia levando suas chagas espirituais para curar-se lá.

Libertemos-nos, evoluamos...

Que Deus nos ajude.


CONTENTAR-SE


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                                                          CONTENTAR-SE

                                                           “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentarme com o que tenho.”

Paulo. (FILIPENSES, 4:11.)

 A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas na Terra.

A vida simples, condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.

Pedem-se a Deus absurdos estranhos. Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das aquisições indispensáveis.

O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias.

Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução própria e atira-se a aventuras de conseqüências imprevisíveis, em face do seu futuro infinito.

Se já compreendes tuas responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.

Estarás, acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?

MINHA REFLEXÃO

O capítulo XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo está rico de exortações do Mestre Jesus sobre o cuidado que se deve  ter em relação ao acumulo ou desejo de posse considerando o que nos aguarda na vida eterna.

Em primeiro lugar podemos citar a passagem do moço rico que vacilou em trocar sua riqueza para seguir o Mestre e Esse finaliza com a famosa assertiva “É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que entrar um rico no reino dos céus” (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24. - S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 18 a 25. - S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25.).

Em seguida tem-se o problema da divisão de uma herança familiar em que um jovem se sentia injustiçado, pois seu irmão não queria dividir a riqueza herdada de seu pai. Então, Jesus lhe precaveu de preservar-se da avareza (S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.).

E por último, sem esgotar a coleção de exemplos que o capítulo XVI – Não se pode servir a Deus e a Mamon – oferece, temos a parábola de Lázaro em que aprendemos a natureza provacional da riqueza e da pobreza.

Em outra passagem, Jesus Cristo nos exorta a buscar aquilo que necessitamos para o nosso progresso, sem se preocupar com o acúmulo de posse, nos levando a acreditar na providência divina (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a 11.). Podemos encontrar uma discussão à respeito, segundo o Espiritismo, no Capítulo XXV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse capítulo, aprendemos que devemos ter cuidado com o que pedimos a Deus ou aos Espíritos.

Então, Emmanuel nos lembra do ensinamento de Paulo, que para nós é de suma importância, principalmente, pois às vezes pedimos para ganhar na loteria em função de que o temos não satisfazem nossas “necessidades” ou passamos por dificuldades.

Que sejamos pródigos em dividir com racionalidade nossas riquezas e precavidos em obter excessos que podem nos prejudicar espiritualmente.

Que Deus nos ajude.

Domício