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COISAS MÍNIMAS
“Pois se nem ainda
podeis fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?” — Jesus.
(LUCAS, 12: 26.)
Pouca gente conhece a importância da boa
execução das coisas mínimas.
Há homens que, com falsa superioridade,
zombam das tarefas humildes, como se não fossem imprescindíveis ao êxito dos
trabalhos de maior envergadura. Um sábio não pode esquecer-se de que, um dia,
necessitou aprender com as letras simples do alfabeto.
Além disso, nenhuma obra é perfeita se as
particularidades não foram devidamente consideradas e compreendidas.
De modo geral, o homem está sempre fascinado
pelas situações de grande evidência, pelos destinos dramáticos e empolgantes.
Destacar-se, entretanto, exige muitos
cuidados. Os espinhos também se destacam, as pedras salientam-se na estrada
comum.
Convém, desse modo, atender às coisas
mínimas da senda que Deus nos reservou, para que a nossa ação se fixe com real
proveito à vida.
A sinfonia estará perturbada se faltou uma
nota, o poema é obscuro quando se omite um verso.
Estejamos zelosos pelas coisas pequeninas.
São parte integrante e inalienável dos grandes feitos. Compreendendo a
importância disso, o Mestre nos interroga no Evangelho de Lucas: “Pois se nem
podeis ainda fazer as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”
MINHA REFLEXÃO
A mensagem do Cristo, interpretada pelo
Emmanuel, foi dita quando ele ensinava sobre o cuidado que devemos ter em não
se preocupar em demasiado com dia de amanha. Considerou, um pouco antes da
localização dessa mensagem, que a preocupação com coisas mínimas não nos fará
melhor e nem vai aumentar nossos dias na Terra (S. LUCAS, 12: 25).
É importante, como diz Emmanuel, valorizar
os pequenos trabalhos por serem a base dos maiores, e não humilhar quem os faz,
pois cada um com suas limitações e responsabilidades no concerto da vida.
Na valorização dos pequenos trabalhos
devemos observar aqueles que podem dar mais de si e desafiá-los a se superarem,
considerando que não podemos deixar ninguém esperando ser chamados como lembra
a parábola do Trabalhador da última Hora (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16 in O Evang. Seg. o Espiritismo – Cap. XX).
Entao, que sejamos
zelosos com o que nos contenta e possamos fazer de imediato no cumprimento de
nossas tarefas minimas e sonhemos de modo cauteloso com as grandes coisas para
que não sejamos arrebatados ao chão por não sabermos esperar o momento certo
para dar saltos maiores.
Que Deus nos Ajude
Domício