Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

TRABALHO

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TRABALHO
“E Jesus lhes respondeu: Meu Pai obra até agora, e eu trabalho também.”(João, 5:7.)

Em todos os recantos, observamos criaturas queixosas e insatisfeitas.
Quase todas pedem socorro. Raras amam o esforço que lhes foi conferido.
A maioria revolta-se contra o gênero de seu trabalho.
Os que varrem as ruas querem ser comerciantes; OS trabalhadores do campo prefeririam a existência na cidade.
O problema, contudo, não é de gênero de tarefa, mas o de compreensão da oportunidade recebida.
De modo geral, as queixas, nesse sentido, são filhas da preguiça inconsciente. É o desejo ingênito de conservar o que é inútil e ruinoso, das quedas no pretérito obscuro.
Mas Jesus veio arrancar-nos da “morte no erro”.
Trouxe-nos a bênção do trabalho, que é o movimento incessante da vida.
Para que saibamos honrar nosso esforço, referiu-se ao Pai que não cessa de servir em sua obra eterna de amor e sabedoria e à sua tarefa própria, cheia de imperecível dedicação à Humanidade.
Quando te sentires cansado, lembra-te de que Jesus está trabalhando.
Começamos ontem nosso humilde labor e o Mestre se esforça por nós, desde quando?

MINHA REFLEXÃO
“Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.”
André Luiz (Sinal Verde – Chico Xavier.)

Quando vinha para casa, cochilei no transporte coletivo que me conduziu até ela. Chegando, a primeira manifestação que dei foi: “morto, literalmente morto”; é como costumo dizer para o pessoal deixar eu terminar de chegar antes das demandas diversas serem proferidas (risos). E realmente estava cansado. Deitei no sofá e imaginava levantar só mais tarde quando me lembrei que tinha que fazer “esse trabalho”. Então, o dever em primeiro lugar. Nem sempre pensamos assim. Reanimei-me e, então, estou aqui...
Emmanuel, inspirado em Jesus nos lembra que qualquer trabalho, independente de gostarmos ou não, é uma oportunidade sem par. Diz-se que o “trabalho dignifica o homem”. Realmente, o trabalho nos dá todas as oportunidades que a vida oferece: subsistência, relacionamento social, desenvolvimento intelectual, prazer quando nasce de uma tendência natural e, sobretudo, desenvolvimento moral.
No trabalho pode-se ensinar e aprender; desenvolver a humildade, tanto na subserviência como na liderança; contribuir com o desenvolvimento da sociedade.
Segundo os Espíritos Superiores, em O Livro dos Espíritos, em resposta à Allan Kardec (Parte Terceira, Cap. III, Questão 674)”, “o trabalho é lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.” A medida que o homem se desenvolve intelectualmente o exercício da inteligência o faz buscar cada vez mais conforto e qualidade de vida. O esforço braçal é substituído pelo esforço intelectual e isso lhe dá prazer em trabalhar.
Nada é dado ao homem de graça. Suas aquisições morais, intelectuais e qualquer outra realização pessoal são méritos de seu trabalho. Se hoje temos o conforto e progresso tudo se deve ao trabalho despendido por homens de fé, necessitados, em algum momento, de resolver um problema que afetava não só a si, mas também a coletividade. Buscai e achareis, nos ensinou Jesus Cristo, lembrando que um Pai não dá pedra ao filho quando este lhe pede pão (Mateus, 7:7 a 11). Mas o pão, simbolicamente e materialmente falando, é a aquisição meritosa de um trabalho. A necessidade leva o homem ao progresso. Se não nos fosse dado o trabalho como condição evolutiva ainda estávamos na barbárie. Somos assim, filhos de nossas obras (A. KARDEC, O Evangelho Segundo o Espiritismo, “Buscai e Achareis”). Moralmente, essa exortação do Cristo significa o apoio espiritual que temos quando nos lançamos a uma obra.
Inspiremo-nos, então, em Jesus que trabalha incessantemente a exemplo do Pai. Valorizemos o trabalho remunerado e o não remunerado. Cada um traz benefícios evolutivos para nós. E no remunerado, nunca nos estressemos quando tivermos que fazer mais que, simbolicamente, o salário pode pagar, pois com certeza teremos algum salário: seja a experiência/aprendizagem que se adquire ou um credito futuro.
O bom trabalhador nunca fica parado, pois sempre tem serviço para ele.
Que Deus nos ajude.
Domício M. Maciel.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

EXAMINA-TE

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EXAMINA-TE

“Nada faças por contenda ou por vanglória, mas por humildade.”
Paulo. (FILIPENSES, 2:3.)

O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e para todas as idéias sadias em sua expressão substancial.
Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão, cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva.
A experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de aprendizado e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de aprender, facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes.
O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer por espírito de contenda e vanglória, mas, sim, por ato de humildade.
Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, examina os móveis que a determinaram. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obedeceu somente à disputa desnecessária, cuida de teu coração para que o caminho te seja menos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigorista e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante.
Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem contendas e vanglórias, Jesus foi tido por imprudente e rebelde, traidor da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.

MINHA REFLEXÃO
O que nos move nas fileiras do trabalho cristão? Os verdadeiros estímulos de nossas ações, nesse quadro de servir, só descobriremos na observância minuciosa de nós mesmos, ensina Emmanuel.
Não temos, ainda, o hábito de nos examinar. Esse exercício nos torna cientes de nós e da qualidade do que realizamos. Quantas vezes assumimos tarefas pouco compatíveis com as capacidades que já desenvolvemos. É comum o nosso enredo por muitas atividades ao mesmo tempo. Tornamo-nos pragmáticos. E deixamos de dedicar o necessário momento à reflexão sobre o  zelo ou precariedade de nosso desempenho.  Agindo desse modo, não damos a valorização devida às oportunidades infinitas da Seara do Cristo.
Emmanuel nos lembra que há trabalho para todos e que cada um atuará conforme sua compreensão.  A partir desse esclarecimento, nos damos conta de que o convite parte do serviço. O servidor deve acolher; inserir-se. Mas não é bem isso que temos feito. O trabalho nos solicita e nos ausentamos do sim;  e de uma reflexão acerca de nós e dele. As causas do abandono do campo sagrado do Cristo são aureoladas pelo orgulho que, por hora, nos é peculiar.
Jesus, mesmo ciente de sua maturidade intelectual e moral, realizava a grandiosa obra do Pai e não criava empecilhos ao trabalho dos irmãos pescadores, prostitutas, cobradores de impostos. Jesus agia movido pelo amor, não se perdendo em disputas infrutíferas ou desejo de projeção pessoal.
Jesus combatia consigo. Paulo combatia consigo.
Quanto precisa ascender a nossa civilização. Os exemplos de Jesus e Paulo devem triunfar entre nós. Caminhemos como irmãos. Quebremos a nossa espada e sirvamos com humildade para que se consagre a Terra como “ sublime degrau do céu “ e a nossa “ Divina Renovação “.
Luz e Paz!
Lourença

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

SEGUE-ME TU

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SEGUE-ME TU

“Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu.”
João (21:22).

Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos de luta.
É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.
Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?
Confortemo-lo com a legítima compreensão.
Às vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações. Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa. Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada condição daquele que pode analisar um acontecimento, através de todos os ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora distante.
O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai lhe confiou nenhuma se perderá.
Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são próprias.
Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre a realizar.
Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: “Que te importa a ti? Segue-me tu”.

MINHA REFLEXÃO
Em todo trabalho, em que muitos se predispõem a colaborar, sempre há os “desertores” de última hora, decepcionando os resistentes aos chamados de “César” (Lucas, 16:13).
Não podemos nos deixar impactar com esse fato muito comum na seara do Cristo. Na verdade devemos olhar com os olhos daquele que pode cair em tentação a qualquer momento. Ou seja, devemos ser indulgentes com aqueles que ainda se vêem limitados e então optam pelos apelos mundanos. Até porque não podemos julgar ninguém por desconhecer-lhes seus conflitos, como nos esclarece Emmanuel.
Jesus nos ensina que não devemos cuidar dos “desertores”, mas, sim, daquilo que nos compete fazer. Aqueles terão sua verdadeira hora para o trabalho, pois chamados sempre estarão sendo enquanto houver uma seara com muitos serviços como a do Cristo (Mateus, 20: 1-16). Mas em verdade, nem todos chamados para o trabalho serão escolhidos (Mateus, 22: 1-14)
É importante notar que o que pode fortalecer um trabalhador cristão, em sua atividade, é o ganho que terá por ser grato a tanto recebido (Marcos, 4:24-25).
Que importa se a equipe está a menor em algum dia? Façamos o trabalho, pois ele é voluntário e o compromisso maior que devemos firmar não é com os companheiros de equipe, mas com o Cristo.
Que sejamos fiéis com os nossos propósitos e façamos nossa parte, pedindo a Deus a superação dos entraves que podem nos desfalecer em algum momento.
Que Deus nos ajude.
Domício M. Maciel 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O TEMPO

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O TEMPO

“Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz.”

Paulo. (Romanos, 14: 6)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.

Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.

Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.

Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.

É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?

Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.

A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.

Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.

Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.

Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.


MINHA REFLEXÃO

O tempo é dádiva do Senhor.

O Espírito Emmanuel amparado em Paulo reafirma junto a nós a promessa do Pai de que “nada nos faltará”. Importa que lancemos olhos de observância sobre nós para identificar o uso desse recurso de modo a realizar o aperfeiçoamento moral que nos cabe.

O tempo nos é ofertado, porque essa é uma necessidade indispensável nossa. Reconheçamos isso como sinal de evolução e humildade.

Cada hora de nossas vidas deve simbolizar o esforço de homens e mulheres voltados para a construção do Bem. Enchamos nossas mentes, corações e mãos das coisas de Deus.

Nossa civilização, em seu progresso mediano, deve avançar na sua depuração. Interroguemo-nos acerca do quanto estamos nos dedicando para alcançar esse fim.

Emmanuel convida-nos a utilizar produtivamente o nosso tempo. As atividades materialistas adquirem sua importância nessa recomendação, pois redundam em benefícios como alimento, moradia, saúde que garantem a conservação.

Acordemos para o fato de que o progresso da humanidade é tarefa de todos. Assim não basta agirmos somente em nosso favor. Que tempo podemos dedicar ao bem comum? O Senhor espera que não nos limitemos à vida particularista, mas experimentemos uma vida de irmãos. A caridade é oportunidade dignificante de alçarmos degrau iluminativo de moralidade.

Emmanuel lembra que nos rebaixamos quando desperdiçamos o tempo que o Pai nos outorga.

Entendamos bem. Quantas vezes, vivemos a ilusão de que gastamos sem proveito o tempo que não rendeu algum dinheiro? Esclarecendo esse equívoco, nos dedicaremos a ações que levarão em conta o cumprimento das Leis divinas na Terra. As nossas imperfeições serão, cotidianamente, vencidas e, numa encarnação futura, assumiremos compromissos novos.

Deus nos ama. Nós contamos com essa certeza, portanto façamos cada hora do dia um tempo de Deus.

Luz e Paz!

Lourença