Mensagem de boas vindas


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

BASTA POUCO

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BASTA POUCO
Disse-lhe Judas: Senhor, donde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo?
João (4: 22).
Um dos fatos mais surpreendentes do Cristianismo é a posição escolhida pelo Salvador, a fim de anunciar as verdades eternas.
Não aparece Jesus em decretos sensacionais, em troféus revolucionários ou em situações de domínio. Chega em paz à manjedoura simples, exemplifica o trabalho, conversa com alguns homens obscuros de uma aldeola singela e, só com isso, prepara a transformação da Humanidade inteira.
Para o mundo inferior, todavia, a pergunta de Tadeu ainda é de plena atualidade.
As criaturas vulgares só entendem os que se impõem aos demais, ainda que, para isso, sejam compelidas a ouvir sentenças tirânicas, proferidas em tribunas sanguinolentas; apenas compreendem espetáculos que ferem a visão e gestos teatrais dos que dominam por um dia para sofrerem amanhã o mesmo processo transformador imposto ao mundo transitório ao qual se dirigem.
Jesus, todavia, falou à alma imortal. Por esse motivo, suas revelações nunca morrem. Além disso, provou não ser necessária a evidência social ou econômica para o serviço de utilidade a Deus, demonstrando, ainda, não ser para isso indispensável a cidade com as arregimentações e recursos faustosos. Bastarão os princípios edificantes e simples, uma aldeota sem nome e alguns poucos amigos.
O portador da boa-vontade sabe que foi esse o material com que o Cristo iniciou a remodelação da vida terrestre.
MINHA REFLEXÃO
Grandiosa foi a missão de Jesus Cristo. Além de não precisar de tecnologias de alto nível, nem de palcos montados em praça, ou mesmo templos majestosos para falar às massas, só precisou de 3 anos para deixar um rastro perene de luz. A luz foi tão intensa, que transformou criaturas, que, a princípio, ninguém esperaria que mudassem com tanto fulgor, como foram os casos de Maria de Magdala e Saulo de Tarso.
Se não bastasse essa produção de transformação radical de almas, não deixou nada escrito, mas, 50 anos depois, tudo que ele falara foi registrado por seus discípulos, ou seguidores fieis, para perpetuar por toda a eternidade. E, hoje, estamos ainda estudando seus ensinamentos ampliados pelo Espiritismo.[1]
Então, devemos fazer nossa parte, a partir de nossa pequenez, pois segundo Emmanuel, “importa considerar que devemos ser, não obstante as nossas imperfeições, um ponto de luz nas trevas, em que a inspiração do Senhor possa brilhar”.[2]
Que o Senhor nos ajude.
Domício



[1] “Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir”. Fénelon. (Poitiers, 1861.) In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 1, Item 10.
[2] In: Encontro marcado (Chico Xavier – FEB), Cap. 3 – Ante as crises do Mundo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

HEGEMONIA DE JESUS

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HEGEMONIA DE JESUS
Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
JOÃO, 8: 58
É impossível localizar o Cristo na História, à maneira de qualquer personalidade humana.
A divina revelação de que foi Emissário Excelso e o harmonioso conjunto de seus exemplos e ensinos falam mais alto que a mensagem instável dos mais elevados filósofos que visitaram o mundo.
Antes de Abraão, ou precedendo os grandes vultos da sabedoria e do amor na História mundial, o Cristo já era o luminoso centro das realizações humanas. De sua misericórdia partiram os missionários da luz que, lançados ao movimento da evolução terrestre, cumpriram, mais ou menos bem, a tarefa redentora que lhes competia entre as criaturas, antecedendo as eternas edificações do Evangelho.
A localização histórica de Jesus recorda a presença pessoal do Senhor da Vinha. O Enviado de Deus, o Tutor Amoroso e Sábio, veio abrir caminhos novos e estabelecer a luta salvadora para que os homens reconheçam a condição de eternidade que lhes é própria.
Os filósofos e amigos ilustres da Humanidade falaram às criaturas, revelando em si uma luz refratada, como a do satélite que ilumina as noites terrenas; os apelos desses embaixadores dignos e esclarecidos são formosos e edificantes; todavia, nunca se furtam à mescla de sombras.
A vinda do Cristo, porém, é diversa. Em sua Presença Divina temos a fonte da verdade positiva, o sol que resplandece.
MINHA REFLEXÃO
Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo.
Fénelon (Poitiers, 1861)[1]
Nosso Mestre, antes mesmo que houvesse habitantes na Terra, já governava o nosso orbe. Governador do planeta, recebeu do Pai a incumbência de conduzir a humanidade que haveria de habitar nela. Preparou sua vinda com o envio à Terra de diversos profetas e sábios que se espalharam sobre o planeta.
No processo de sua vinda deu cumprimento à Lei e aos Profetas. Em relação à Lei, já gravada na consciência do Espírito, enviou, através de Moisés – a Primeira Revelação -, na forma de Decálogo que resumiu, quando de sua vinda, da seguinte forma:
“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. Mateus (22:37-40).
O Cristo, como diz Emmanuel em sua mensagem, é o Sol que ilumina todas as almas humanas, incluindo os seus emissários. Não só disse, como vivenciou suas palavras. Aliás, a sua palavra era a explicação de sua prática. Como nos ilumina também, Allan Kardec, profere que: o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra.[2] E corroborando com o mestre lionês, Um Espírito Israelita (Mulhouse, 1861), nos asseverou que:
“O Cristo foi o iniciador da mais pura, da mais sublime moral, da moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos; [...] de uma moral, enfim, que há de transformar a Terra, tornando-a morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam.” (...)[3]
Então, que sigamos seus exemplos/ensinamentos que são interpretados pelo Espiritismo, pois segundo Um Espírito Israelita (Mulhouse, 1861): “Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.”[4]
Que Deus nos ajude.
Domício.

Ps. Segue um poema em reverência ao Mestre Jesus.
JESUS: O SENHOR, MESTRE E CONSOLADOR
L. Angel         24/11/2014

Jesus, a Inocência.
Cristo, o Mestre.
Messias, a Esperança da Divina Complacência.
Nosso Irmão, o Professor das aulas campestres.

“Eu não vim trazer a paz, mas a espada”,
Disse a Luz do mundo,
Significando a repercussão de Suas ideias ditadas,
Nesse planeta de ideário moral não fecundo.

Na Vinha do Senhor,
Não trabalha qualquer filho Seu.
Precisa estar de mãos limpas, sem amargor,
Como Paulo, um trabalhador digno das maravilhas de Deus.

Que sejamos os trabalhadores fiéis da última hora.
Discípulos convictos continuadores de Sua obra.
Unidos e instruídos, pois a Regeneração não demora.
Para isso o século não dobra.

Jesus, és a luz que nos guia.
CAMINHO iluminado.
A VERDADE que não temos aceitado.
Cristo, tu és a VIDA que não se adia.

[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap I, item 10.
[2] O Evang. Seg. O Espiritismo cap I, item 4)
[3] O Evang. Seg o Espiritismo, cap I, item 9.

[4] O Evang. Seg o Espiritismo, cap I, item 9.