Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

CUIDADO DE SI

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CUIDADO DE SI
Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.
Paulo. (1ª Epístola a Timóteo, 4: 16.)
Em toda parte, há pelotões do exército dos pessimistas, de braços cruzados, em desalento.
Não compreendem o trabalho e a confiança, a serenidade e a fé viva, e costumam adotar frases de grande efeito, condenando situações e criaturas.
Às vezes, esses soldados negativos são pessoas que assumiram a responsabilidade de orientar.
Todavia, embora a importância de suas atribuições, permanecem enganados.
As dificuldades terrestres efetivamente são enormes e os seus obstáculos reclamam grande esforço das almas nobres em trânsito no planeta, mas é imprescindível não perder cada discípulo o cuidado consigo próprio. É indispensável vigiar o campo interno, valorizar as disciplinas e aceitá-las, bem como examinar as necessidades do coração. Esse procedimento conduz o espírito a horizontes mais vastos, efetuando imensa amplitude de compreensão, dentro da qual abrigamos, no íntimo, santo respeito por todos os círculos evolutivos, dilatando, assim, o patrimônio da esperança construtiva e do otimismo renovador.
Ter cuidado consigo mesmo é trabalhar na salvação própria e na redenção alheia. Esse o caminho lógico para a aquisição de valores eternos.
Circunscrever-se o aprendiz aos excessos teóricos, furtando-se às edificações do serviço, é descansar nas margens do trabalho, situando-se, pouco a pouco, no terreno ingrato da crítica satânica sobre o que não foi objeto de sua atenção e de sua experiência.
MINHA REFLEXÃO
É tempo de pensarmos o que temos a ver com esse planeta, conosco mesmos e com os nossos semelhantes, lembrando que somos criaturas de um Ser Supremo a tudo e a todos.
Fomos criados para sermos Anjos![1]. Então, cabe a nós cumprir esse desígnio divino. Ninguém é responsável pela nossa evolução e nem nós pela dos outros. Podemos sim, lutar por nós e pelos os outros. Essa é a nossa natureza essencial: viver em sociedade, para uns colaborar com os outros, como irmãos, filhos de um mesmo Pai.
Em se tratando cuidar de si mesmo, Allan Kardec que nos disponibilizou a Doutrina Espírita, compreendendo que a massa humana não se transformaria em angelical só pelo conhecimento do Espiritismo, mas pelo esforço em modificar-se a cada dia, nos iluminou, caridosamente, com a seguinte máxima: Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (In O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII (Sede Perfeitos), item 4).
Então, devemos cuidar de nos purificar, corpo e alma, principalmente a alma, com o diz Um Espírito Protetor (In O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XVII (Sede Perfeitos), item 10):
Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.
Devemos adubar nosso coração de bons pensamentos para que os Semeadores do Mestre possam nos ajudar a crescer e assim podermos consequentemente ajudar na grande Seara do Senhor. Seremos pescadores de homens também, ou mesmo agricultores, quem sabe tecnólogos de almas em evolução, contribuindo assim pela nossa evolução, pois a evolução consiste em contribuir pela evolução geral (que nos inclui).
Que 2016 seja um ano de muita evolução para a humanidade e que estejamos lutando por isso, pois disso depende a nossa evolução.
Que Deus nos ajude.
Domício.

P. S.: Deixo uma reflexão poética de L. Angel

VIVENDO EM SINTONIA COM DEUS
L. ANGEL
Quem vive segundo as Leis de DEUS,
Nos momentos de equilíbrio,
– Eis a característica dos terráqueos Seus –
O sucesso não eleva os brios.
A saúde se estabelece,
Os trabalhos se encaminham,
O ser cresce,
 E nele as pessoas confiam.
É verdade,
E isto é consolador,
Até o Cristo sofreu a incompreensão, a descrença e a maldade
Dos que não tinha por Ele, o verdadeiro amor.
Mas ao exercer a fé divina,
Combinada com a fé humana,
O homem ao labor se inclina,
Segue em frente e não se engana.
Quando há uma meta a alcançar,
Sob as bênçãos de DEUS,
Ele segue sem pestanejar,
Pois felicidade aos fervorosos, Ele prometeu.
Então, nada como um dia
Que segue o anterior.
A gente sabe que não é uma porfia,
E sim, a ação de DEUS em seu infinito AMOR.



[1] Questão nº 15 de O Livro dos Espíritos. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus? Resp.: “Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade (...)”.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

UM DESAFIO

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UM DESAFIO
E agora por que te deténs?
Atos (22: 16).
Relatando à multidão sua inesquecível experiência às portas de Damasco, o Apóstolo dos gentios conta que, em face da perplexidade que o defrontara, perguntou-lhe Ananias, em advertência fraterna: “E agora por que te deténs?”
A interrogação merece meditada por todos os que já receberam convites, apelos, dádivas ou socorros do plano espiritual.
Inumeráveis beneficiários do Evangelho prendem-se a obstáculos de toda sorte na província nebulosa da queixa.
Se felicitados pela luz da fé, lastimam não haver conhecido a verdade na juventude ou nos dias de abastança; contudo, na idade madura ou na dificuldade material, sustentam as mesmas tendências inferiores que lhes marcavam asas atitudes nos círculos da ignorância.
Nas palavras, exteriorizam sempre grande boa-vontade; entretanto, quando chamados ao serviço ativo, queixam-se imediatamente da falta de dinheiro, de saúde, de tempo, de forças.
São operários contraditórios que, ao tempo do equilíbrio orgânico, exigem repouso e, na época de enfermidade corporal, alegam saudades do serviço.
É indispensável combater essas expressões destrutivas da personalidade. Em qualquer posição e em qualquer tempo, estamos cercados pelas possibilidades de serviço com o Salvador. E, para todos nós, que recebemos as dádivas divinas, de mil modos diversos, foi pronunciado o sublime desafio: “E agora por que te deténs?”
MINHA REFLEXÃO
Os cristãos estão entre aqueles que foram chamados para o trabalho na Seara do Senhor. Muitos estavam esperando que alguém os chamasse. Muitos foram encaixados, pelos Mestre, na denominação de “trabalhadores da última hora” (MATEUS, 20: 1 – 16). Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), Cap XX, Item 2, Constantino, Espírito Protetor, nos estimula adjetivando-nos com a denominação acima e nos conclama a não perder as últimas horas da existência.
É um grande desafio, pois há muitas interferências para quem quer tornar-se um verdadeiro cristão ou verdadeiro espírita. Somos todos herdeiros de nós mesmos e de quem já iniciou algum trabalho na área moral/religiosa, filosófica ou científica (Espírito Henri Heine in ESE (idem, Item 3)). Não devemos nos deter diante do grande trabalho que existe à nossa frente.
Que possamos definitivamente atender ao chamado do Senhor, e que essa seja a última hora, ou que sejamos, de fato, os trabalhadores da última hora e aproveitemos bem para fazermos jus ao salário tão justo e generoso do Senhor.
Que Deus nos ajude.

Domício.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

NO TRATO COM O INVISÍVEL

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NO TRATO COM O INVISÍVEL
E, chamando-os a si, disse-lhes por parábolas: Como pode Satanás expulsar Satanás?
Marcos, 3: 23
Esta passagem do Evangelho é sumamente esclarecedora para os companheiros da atualidade que, nas tarefas do Espiritismo cristão, se esforçam por auxiliar desencarnados infelizes a se equilibrarem no caminho redentor.
Ninguém aguarde êxito imediato, ao procurar amparar os que se perderam na desorientação.
É impossível dispensar a colaboração do tempo para que se esclareçam as personagens das tragédias humanas e, segundo sabemos, nem mesmo os apóstolos conseguiram, de pronto, convencer as entidades perturbadas, quanto ao realismo de sua perigosa situação. Todavia, sem atitudes esterilizantes, muito pode fazer o discípulo no setor dessas atividades iluminativas. Na atualidade, companheiros devotados ao serviço ainda sofrem a perseguição dos adversários da luz, que lhes atribuem sombrio pacto com poderes perversos. O sectarismo religioso cognomina-os sequazes de Satanás, impondo-lhes torturas e humilhações.
No entanto, as mesmas objurgatórias e recriminações descabidas foram atiradas ao Mestre Divino pelo sacerdócio organizado de seu tempo.
Atendendo aos enfermos e obsidiados, entregues a destrutivas forças da sombra, recebeu Jesus o título de feiticeiro, filho de Belzebu. Isso constitui significativa recordação que, naturalmente, infundirá muito conforto aos discípulos novos.
MINHA REFLEXÃO
Há muito preconceito em torno das atividades espíritas, sobretudo aquelas relativas ao trato com os Espíritos em desalinho. Nessa passagem citada e refletida pelo Espírito Emmanuel, para nos consolar, o Cristo tinha curado muitas pessoas, seja de alejumes, seja da possessão espiritual. Os seus inimigos o acusavam de estar acomunado com o Satanás. Mas Jesus, colocou aquela assertiva que complemento aqui:
Um reino divido contra si mesmo cairá. Uma casa cheia de luta e divisão destrói-se a si mesma. E se Satanás está lutando contra si mesmo, como pode ele realizar alguma coisa? Ele não sobreviveria nunca (Marcos, 3: 24-26).
Então, quando formos tratado como macumbeiros, ligado com o diabo, porque nos reunimos com os Espíritos, seja para libertá-los dos processos subjugatórios em que se comprazem, seja para receber do Alto esclarecimentos prementes, não nos importemos, pois o Cristo também foi acusado desse modo, como o Emmanuel nos lembra.
Devemos considerar  que O Cristo não só curou os endemoniados, e quando fez, fez gratuitamente, orientando que fizéssemos do mesmo modo. Senão, vejamos em Mateus (10: 8): Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido.
É importante aqui notar, que muitas somos confundidos com irmãos que fazem de sua mediunidade uma profissão e refletindo sobre essa passagem de Mateus, aqui transcrita, vale apresentar o que A. Kardec nos esclarece em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XXVI, item 2:
“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.
Bem compreendido, devemos ser tarefeiros da Seara do Senhor, ajudando, voluntariamente, as equipes socorristas do plano espiritual no seu trabalho de reorientação aos Espíritos que praticam as obsessões, sem pressa de sucessos e sem nos colocarmos como adversários deles, mas como irmãos em seu auxílio.
Que Deus nos ajude.

Domício.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

DOUTRINAÇÕES

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DOUTRINAÇÕES
Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus. — Jesus.
LUCAS, 10: 20
Frequentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.
Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.
Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados “trabalhos práticos”, sequiosos por orientar, em contatos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.
Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.
Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas doces da fé, solidamente guardada no coração.
A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.
MINHA REFLEXÃO
Os Espíritos perturbados são seres que estiveram aqui[1], há pouco ou muito tempo. Não são elementos de experiências de almas que não se veem propriamente como Espíritos também, que logo, logo estarão no plano espiritual, talvez também em desalinho por não terem entendido bem o propósito da Doutrina Espírita.
Imaginemos se esses Espíritos perturbados estivessem na carne. Seria simples trabalhar com eles? “Doutriná-los?”
Emmanuel nos esclarece que o maior trabalho é do lá de lá. Somos tarefeiros menores no trabalho doutrinário. Quem os traz e os leva são os tarefeiros abnegados do Cristo que trabalham diretamente com eles. Nesse trabalho de desobsessão das sessões mediúnicas, os participantes do lado de cá são beneficiados com a aprendizagem propiciada pelo contato com irmãos que se encontram já despojados da carne, mas que continuam, de modo mental, a agir nessa esfera, porque continuam vivos, em desalinho, mas sem um corpo.
Que tenhamos a humildade de perceber nossa parte nesse trabalho e saibamos doutrinar a nós mesmo, diuturnamente.
Que Deus nos ajude.
Domicio.



[1] Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. E assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais. Allan Kardec in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XII (Amai os inimigos), item 6.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

QUE TEMOS COM O CRISTO?

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QUE TEMOS COM O CRISTO?
Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
Marcos, 1: 24

Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o serviço ativo, no Calvário.
Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo; seu Evangelho redentor vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.
Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os Espíritos maléficos tentam repelir o Senhor diariamente.
Refere-se o evangelista a entidades perversas que se assenhoreavam do corpo da criatura.
Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem dominando vastos organismos do mundo.
Na edificação da política, erguida para manter os princípios da ordem divina, surgem sob os nomes de discórdia e tirania; no comércio, formado para estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de ambição e egoísmo; nas religiões e nas ciências, organizações sagradas do progresso universal, acodem pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo e intolerância sectária.
Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de Espíritos perversos. Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito mais.
E quando Jesus se aproxima, através do Evangelho, pessoas e organizações indagam com pressa: “Que temos com o Cristo? que temos a ver com a vida espiritual?”
É preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porqüanto o adversário vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido nas túnicas brilhantes da falsa ciência.
MINHA REFLEXÃO
Esta pergunta é válida, até hoje, segundo Emmanuel, pois, de fato, Espíritos com as mesmas características daqueles de 2000 anos atrás, pulula em torno de nós até hoje. E cada um de nós, cristãos, devemos nos fazer essa pergunta que não cala: o que nós temos com o Cristo?
Quando que tomamos partido de seu Evangelho, não para pregar, mas para agir em prol de nós e de nossos semelhantes? Não materialmente, mas moralmente?
Isso lembra uma passagem do Evangelho de Lucas.[1] Muitos de nós, decerto, “quando a porta estreita se fechar”, faremos essa pergunta: mas não estávamos todos os dias no Centro Espírita, nas obras sociais, ...? E nos perguntarão: o quanto melhorastes moralmente?
Temos a consciência de que estamos numa iniciação e, portanto, carentes de “disciplina, disciplina e disciplina” (recomendação de Emmanuel à Chico Xavier”).
Que tenhamos fortes, no coração, a vontade, servindo ao Cristo. Como diz acima, Emmanuel, o Cristo não parou ao devolver seu corpo ao pó. Até hoje, e para sempre, Ele conta conosco como trabalhadores de Sua seara.
Então, evitemos bater com a cara na porta, pois ela está para fechar.
Que Deus nos ajude.
Domício




[1] (...) E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois: - Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. - Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade (Lucas. 13: 24-27)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

LEGIÃO DO MAL

143
LEGIÃO DO MAL
“E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? — Ao que ele respondeu: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
Marcos, 5: 9
O Mestre legou inolvidável lição aos discípulos nesta passagem dos Evangelhos.
Dispensador do bem e da paz, aproxima-se Jesus do Espírito perverso que o recebe em desesperação.
O Cristo não se impacienta e indaga carinhosamente de seu nome, respondendo-lhe o interpelado:
“Chamo-me Legião, porque somos muitos”.
Os aprendizes que o seguiam não souberam interpretar a cena, em toda a sua expressão simbólica.
E até hoje pergunta-se pelo conteúdo da ocorrência com justificável estranheza.
É que o Senhor desejava transmitir imortal ensinamento aos companheiros de tarefa redentora.
A frente do Espírito delinquente e perturbado, Ele era apenas um; o interlocutor, entretanto, denominava-se “Legião”, representava maioria esmagadora, personificava a massa vastíssima das intenções inferiores e criminosas. Revelava o Mestre que, por indeterminado tempo, o bem estaria em proporção diminuta comparado ao mal em aludes arrasadores.
Se te encontras, pois, a serviço do Cristo na Terra, não te esqueças de perseverar no bem, dentro de todas as horas da vida, convicto de que o mal se faz sentir em derredor, à maneira de legião ameaçadora, exigindo funda serenidade e grande confiança no Cristo, com trabalho e vigilância, até à vitória final.
MINHA REFLEXÃO
O momento aludido no Evangelho de Marcos, nessa mensagem de Emmanuel, foi de profunda dor por parte do médium em prova e expiação, pela perseguição daqueles que o tinha contas a cobrar. Eram Espíritos em desalinho que, por rebeldia e profunda alienação, perseguia aquele homem. O Cristo, aproveitou, como sempre, uma oportunidade para nos ensinar.
Sabemos que sofremos uma influência[1] muito grande da Espiritualidade e, considerando que há mais Espíritos inferiores que superiores em nosso planeta, devemos, como Emmanuel nos alerta, estar alerta e vigilantes quanto à presença de legiões espirituais que podem nos assaltar de inopino num momento de invigilância.
Que sejamos unos com o Mestre em qualquer atividade, pois dependendo dos nossos pensamentos, poderemos reunir, em torno de nós, legiões de Espíritos voltados ao mal, e, quem sabe, ao nosso mal.
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1] Questão nº 459 de O Livro dos Espíritos – Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Resp.: “Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

UM SÓ SENHOR

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UM SÓ SENHOR
Nenhum servo pode servir a dois senhores. — Jesus.
Lucas, 16: 13.
Se os cristãos de todos os tempos encontraram dolorosas situações de perplexidade nas estradas do mundo, é que, depois dos apóstolos e dos mártires, a maioria tem cooperado na divulgação de falsos sentimentos, com respeito ao Senhor a que devem servir.
Como o Reino do Cristo ainda não é da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo, a um só tempo. O vício e o dever não se aliam na marcha diária.
Que dizer de um homem que pretenda dirigir dois centros de atividade antagônica, em simultâneo esforço?
Cristo é a linha central de nossas cogitações.
Ele é o Senhor único, depois de Deus, para os filhos da Terra, com direitos inalienáveis, porqüanto é a nossa luz do primeiro dia evolutivo e adquiriu-nos para a redenção com os sacrifícios de seu amor.
Somos servos d’Ele. Precisamos atender-lhe aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta, em célula de trabalho do Cristo.
A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios.
MINHA REFLEXÃO
Essa mensagem de Emmanuel nos faz lembrar o trabalho Crístico de plantar o Reino de Deus na Terra. Um trabalho de paciência, perseverança e compreensão do nosso Mestre e de seus amadurecidos seguidores. Ele sempre contou conosco. Esse trabalho é colaborativo.
O Cristo nunca trabalhou pela nossa própria evolução, senão nos dando o Caminho, a Verdade e a Vida[1]. Sendo Ele mesmo tudo isso. Sempre contou conosco para evolução moral do Planeta via nossa evolução interior.
Suas parábolas sempre foram voltadas para a nossa participação nessa evolução. Podemos citar o sermão do monte (Mateus, 5: 1-12), a parábola do festim de bodas (Mateus, 22: 1 a 14.), do trabalhador de última hora, a dos talentos (Mateus, 20: 1 a 16.) etc.
Suas exortações para o nosso comprometimento com a sua Seara também foram taxativas a exemplo da porta estreita[2] e daquela a que se refere essa mensagem de Emmanuel (não servir a Deus e a Mamon) que colocamos aqui de modo completo:
“Nenhum servo pode servir a dois senhores, pois ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamon”[3].
Então, devemos trilhar pelo Caminho que ele nos traçou para que possamos construir o Reino de Deus em nós e, consequentemente, implantar na Terra esse Reino.
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1]Jesus lhe diz: Eu sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim (João, 14:6).
[2] Mateus, 7: 13 e 14.)
[3] Vide interpretação espírita em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no cap. XVI, que leva o nome “Não se pode servir a Deus e a Mamon”.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PIOR PARA ELES

141
PIOR PARA ELES
Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
Lucas (4:21).
Tomando lugar junto dos habitantes de Nazaré, exclamou Jesus, após ler algumas promessas de Isaias: “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.”
Os agrupamentos religiosos são procurados, quase sempre, por investigadores curiosos que, à primeira vista, parecem vagabundos itinerantes; todavia, é forçoso reconhecer que há sempre ascendentes espirituais compelindo-lhes o espírito ao exame e à consulta; eles próprios não saberiam definir essa convocação sutil e silenciosa que os obriga a ouvir, por vezes, grandes preleções, longas palestras, exposições e elucidações que, aparentemente, não os interessam.
Em várias circunstâncias, afirmam tolerar o assunto, em vista do código de gentileza e do respeito mútuo; entretanto, não é assim. Existe algo mais forte, além das boas maneiras que os compelem a ouvir. É que soou o momento da revelação espiritual para eles.
Muitos continuam indiferentes, irônicos, recalcitrantes, mas a responsabilidade do conhecimento já lhes pesa nos ombros e, se pudessem sentir a verdade com mais clareza, albergariam a carinhosa admoestação do Mestre no íntimo da alma: “Hoje se cumpre esta Escritura em vossos ouvidos.”
A misericórdia foi dispensada. Deu Jesus alguma coisa de sua bondade infinita. Cumpriu-se a divina palavra. Se os interessados não se beneficiarem com ela, pior para eles.
MINHA REFLEXÃO
Muitos não se interessam pelo apelo cristão. Outros até são sarcásticos quando o assunto é religião. Há aqueles, ainda, que se esforçam em se arvorar como interessados para melhor lançar o fel da descrença.
Sabedor dessas artimanhas, o Cristo foi bastante contundente com os hipócritas e pseudoignorantes (como um doutor da lei, por exemplo), como está gravado, no Evangelho, como se segue:
Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? (Lucas, 10: 25).
Os fariseus, ouvindo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho, e um deles, testando-o, o interrogou: Mestre, qual é o grande da lei? (Mateus, 22: 34 a 36).
Respondeu-lhe Nicodemos: "Como pode isso fazer-se?" - Jesus lhe observou: "Pois quê! és mestre em Israel e ignoras estas coisas? Digo-te em verdade, em verdade, que não dizemos senão o que sabemos e que não damos testemunho, senão do que temos visto. Entretanto, não aceitas o nosso testemunho. - Mas, se não me credes, quando vos falo das coisas da Terra, como me crereis, quando vos fale das coisas do céu?" (João, 3: 10 a 12).
Por isso é que lhes falo por parábolas: porque, vendo, nada veem e, ouvindo, nada entendem, nem compreendem. - Neles se cumpre a profecia de Isaías, quando diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e nada entendereis, olhareis com os vossos olhos e nada vereis (Mateus, 13: 13 a 14).
Sabemos que todos têm sua hora de despertar. Uns demoram mais que outros: “pior para eles”.
Que não o imitemos.
Que Deus nos ajude.

Domício Maciel.

PARA OS MONTES


140
PARA OS MONTES
Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes.
Jesus (Mateus, 24: 16).
Referindo-se aos instantes dolorosos que assinalariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judéia procurar os montes. A advertência é profunda, porque, pelo termo “Judéia”, devemos tomar a “região espiritual” de quantos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.
E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está repleta de nevoeiros tremendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.
É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judéia para os “montes” das ideias superiores. É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.
MINHA REFLEXÃO
Do início da Era Cristã, quando da passagem do Mestre pelo planeta, reencarnado, para os dias de hoje, muito evoluiu a humanidade. Entretanto, a mensagem do Mestre é ainda atual. São chegados os tempos, em definitivo. Nossa humanidade passa pelos instantes da regeneração. É o momento da brandura e mansidão[1]. O planeta está sendo palco das últimas reencarnações daqueles que insistem em resistir ao chamado do Senhor (Mateus, 22: 1 a 14)[2].
Há os que não mais dados às atrocidades, contudo não compreendem o estágio dos mais inferiores; e ao se trocarem com eles, muita vez pelas vias de fato, descem ao nível deles e sofrem mais ainda. A injustiça e a incompreensão ainda imperam. A morte e as feridas, necessariamente, não estão sendo feitas apenas no corpo, mas atingem profundamente na alma. É, então, chegada a hora do perdão incondicional, como nunca foi.[3]
Ao se referir aos brandos e pacíficos, segundo A. Kardec, o Cristo
quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes faltam muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus. (In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IX, item 5).
Então, que possamos herdar a Terra e sermos chamados Filhos de Deus, como Jesus, o Cristo, foi, melhorando-nos.
Que Deus nos ajude.
Domício Maciel.


[1] Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (Mateus, 5: 4).
– Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
– Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)
[2] Vide, nesse blog, a mensagem de número 30, intitulada ”O mundo e o mal” por Emmanuel.
[3] Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia. (Mateus, 5: 7).
– Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; - mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados. (Mateus, 6: 14 e 15.)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

POR AMOR

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POR AMOR
Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos e compreendam no coração e se convertam e eu os cure.
JOÃO, 12:40
Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo e amor.
Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões e misteriosa força fornece-lhes o necessário.
A observação sobre a vida dos animais demonstra os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa.
Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.
No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse mesmo amor divino. Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente, a luta depuradora.
É quando Jesus chega e opera a cura.
Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina.
O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido.”
MINHA REFLEXÃO
Tudo que o Pai Maior faz é absolutamente perfeito. Até a maneira de nos trazer à consciência de Sua existência e amor é perfeita. Nos distanciamos dele pelas nossas incúrias e sofremos como aquele que resolutamente envia o dedo em uma tomada elétrica. 
Temos duas escolhas: amor ou dor.
A melhor escolha é decidir pelo AMOR que requer renúncia, humildade, indulgência e perdão das ofensas[1], ou seja, consciência voltada para o coletivo que resulta em avanço espiritual – Cumprimento das Leis de Deus.
Emmanuel nos faz refletir sobre essa decisão quando nos diz:
“O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido”.
Quando se quebra um braço, dói muito. Colocá-lo de volta dói, também, demais! Assim acontece com quem se transvia das Leis de Deus. Dói ao transgredir e dói na reparação também, e o Cristo, o Médico Maior, nos dá o remédio: O Sermão do Monte.
O que é mais perfeito do que o Amor de Deus (que não é eterno no castigar, que, aliás nem castiga), considerando que a dor e a reparação são tão somente momentos de aprendizagens? Allan Kardec nos faz bem compreender isso:
As tribulações podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente. Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho. As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam. Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não o condena irrevogavelmente por uma primeira falta[2].
Deus não nos condena eternamente nem pela primeira, nem pelas subsequentes faltas. Allan Kardec nos explica o significado da expressão Bem-aventurados os aflitos:

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.[3]
Que tenhamos consciência do dever e amor que devemos desenvolver em nós mesmos, amando a Deus e aos nossos semelhantes. Isto faz parte da medicação passada pelo nosso Excelsior Médico.
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1] Vide questão nº 886 de o Livro dos Espíritos
[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V – Bem-aventurados os aflitos, item 8.
[3] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V – Bem-aventurados os aflitos, item 12.