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QUE TEMOS COM O CRISTO?
Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? vieste
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
Marcos, 1: 24
Grande erro supor que o Divino Mestre houvesse terminado o
serviço ativo, no Calvário.
Jesus continua caminhando em todas as direções do mundo;
seu Evangelho redentor vai triunfando, palmo a palmo, no terreno dos corações.
Semelhante circunstância deve ser lembrada porque também os
Espíritos maléficos tentam repelir o Senhor diariamente.
Refere-se o evangelista a entidades perversas que se
assenhoreavam do corpo da criatura.
Entretanto, essas inteligências infernais prosseguem
dominando vastos organismos do mundo.
Na edificação da política, erguida para manter os
princípios da ordem divina, surgem sob os nomes de discórdia e tirania; no
comércio, formado para estabelecer a fraternidade, aparecem com os apelidos de
ambição e egoísmo; nas religiões e nas ciências, organizações sagradas do
progresso universal, acodem pelas denominações de orgulho, vaidade, dogmatismo
e intolerância sectária.
Não somente o corpo da criatura humana padece a obsessão de
Espíritos perversos. Os agrupamentos e instituições dos homens sofrem muito
mais.
E quando Jesus se aproxima, através do Evangelho, pessoas e
organizações indagam com pressa: “Que temos com o Cristo? que temos a ver com a
vida espiritual?”
É
preciso permanecer vigilante à frente de tais sutilezas, porqüanto o adversário
vai penetrando também os círculos do Espiritismo evangélico, vestido nas túnicas
brilhantes da falsa ciência.
MINHA REFLEXÃO
Esta pergunta é válida, até
hoje, segundo Emmanuel, pois, de fato, Espíritos com as mesmas características
daqueles de 2000 anos atrás, pulula em torno de nós até hoje. E cada um de nós,
cristãos, devemos nos fazer essa pergunta que não cala: o que nós temos com o
Cristo?
Quando que tomamos partido de
seu Evangelho, não para pregar, mas para agir em prol de nós e de nossos
semelhantes? Não materialmente, mas moralmente?
Isso lembra uma passagem do Evangelho
de Lucas.[1] Muitos de nós, decerto,
“quando a porta estreita se fechar”, faremos essa pergunta: mas não estávamos
todos os dias no Centro Espírita, nas obras sociais, ...? E nos perguntarão: o
quanto melhorastes moralmente?
Temos a consciência de que
estamos numa iniciação e, portanto, carentes de “disciplina, disciplina e
disciplina” (recomendação de Emmanuel à Chico Xavier”).
Que tenhamos fortes, no coração, a vontade, servindo ao Cristo. Como diz acima, Emmanuel, o Cristo não
parou ao devolver seu corpo ao pó. Até hoje, e para sempre, Ele conta conosco como
trabalhadores de Sua seara.
Então, evitemos bater com a
cara na porta, pois ela está para fechar.
Que Deus nos ajude.
Domício
[1]
(...) E quando o pai de família houver entrado e fechado a
porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos
responderá: não sei donde sois: - Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua
presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. - Ele vos responderá: Não
sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade
(Lucas. 13: 24-27)
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