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ENTRE OS CRISTÃOS
Mas entre vós não será assim. Jesus. (Marcos, 10:
43.)
Desde as eras mais remotas, trabalham os agrupamentos
religiosos pela obtenção dos favores celestes.
Nos tempos mais antigos, recordava-se da Providência tão-só
nas ocasiões dolorosas e graves. Os crentes ofereciam sacrifícios pela
felicidade doméstica, quando a enfermidade lhes invadia a casa; as multidões
edificavam templos, em surgindo calamidades públicas.
Deus era compreendido apenas através dos dias felizes.
A tempestade purificadora pertencia aos gênios perversos.
Cristo, porém, inaugurou uma nova época. A humildade foi o
seu caminho, o amor e o trabalho o seu exemplo, o martírio a sua palma de
vitória. Deixou a compreensão de que, entre os seus discípulos, o princípio de
fé jamais será o da conquista fácil de favores do céu, mas o de esforço ativo
pela iluminação própria e pela execução dos desígnios de Deus, através das
horas calmas ou tempestuosas da vida.
A
maior lição do Mestre dos Mestres é a de que ao invés de formularmos votos e
sacrifícios convencionais, promessas e ações mecânicas, como a escapar dos
deveres que nos competem, constitui-nos obrigação primária entregarmo-nos,
humildes, aos sábios imperativos da Providência, submetendo-nos à vontade justa
e misericordiosa de Deus, para que sejamos aprimorados em suas mãos.
MINHA REFLEXÃO
Jesus Cristo nos ensinou a submetermos à vontade de Deus,
na Oração Dominical, como segue: “Faça-se a tua vontade, assim na Terra como
no Céu.” (Mateus, 6:10).
E Allan Kardec ampliou essa rogativa, assim:
Se a
submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu
superior, quão maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a
tua vontade, Senhor, é observar as tuas leis e submeter-se, sem queixumes, aos
teus decretos. O homem a ela se submeterá, quando compreender que és a fonte de
toda a sabedoria e que sem ti ele nada pode. Fará, então, a tua vontade na
Terra, como os eleitos a fazem no Céu.
Esta não é só uma ampliação, mas uma síntese da compreensão
dos ensinos dos Espíritos quanto a grandeza e sabedoria de Deus, que tão bem o
Mestre Jesus nos revelou.
Temos e fazemos programações, e devemos ter e fazer.
Entretanto, como cristãos, Emmanuel nos esclarece sobre a necessidade de
colocarmos em Deus o ultimato. Ele sabe o que é melhor para nós. Não devemos,
então, ficar prometendo fazer isso ou aquilo para obtermos uma benção de Deus.
Sejamos gratos quando algo bom nos acontecer e também quando não for tão bom.
Afinal, temos virtudes a se desenvolver em nós, como a humildade, a paciência,
a fé, a resignação, a perseverança, a misericórdia, ... etc.
Que sejamos otimistas, mesmo no dissabor, pois com certeza,
de coisa pior fomos livrados. O melhor está por vir, em particular, nossa
felicidade espiritual. A felicidade de quem cumpriu seus deveres, se quitou com
as Leis Divinas, se aproximou mais do Reino de Deus, sintonizando-se um pouco
mais com o Cristo, e em última análise, com o Pai.
Que Deus nos ajude, e sua vontade seja feita.
Domício.
P.S.
VIVENDO EM SINTONIA COM
DEUS
L.
ANGEL
Quem
vive segundo as Leis de DEUS,
Nos
momentos de equilíbrio,
–
Eis a característica dos terráqueos Seus –
O
sucesso não eleva os brios.
A
saúde se estabelece,
Os
trabalhos se encaminham,
O
ser cresce,
E nele as pessoas confiam.
É
verdade,
E
isto é consolador,
Até
o Cristo sofreu a incompreensão, a descrença e a maldade
Dos
que não tinha por Ele, o verdadeiro amor.
Mas
ao exercer a fé divina,
Combinada
com a fé humana,
O
homem ao labor se inclina,
Segue
em frente e não se engana.
Quando
há uma meta a alcançar,
Sob
as bênçãos de DEUS,
Ele
segue sem pestanejar,
Pois
felicidade aos fervorosos, Ele prometeu.
Então,
nada como um dia
Que
segue o anterior.
A
gente sabe que não é uma porfia,
E sim,
a ação de DEUS em seu infinito AMOR.