Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ENDIREITAI OS CAMINHOS

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ENDIREITAI OS CAMINHOS
“Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.” — João Batista. (JOÃO, 1: 23.)
A exortação do Precursor permanece no ar, convocando os homens de boa-vontade à regeneração das estradas comuns.
Em todos os tempos, observamos criaturas que se candidatam à fé, que anseiam pelos benefícios do Cristo. Clamam pela sua paz, pela presença divina e, por vezes, após transformarem os melhores sentimentos em inquietação injusta, acabam desanimadas e vencidas.
Onde está Jesus que não lhes veio ao encontro dos rogos sucessivos? Em que esfera longínqua permanecerá o Senhor, distante de suas amarguras?
Não compreendem que, através de mensageiros generosos do seu amor, o Cristo se encontra, em cada dia, ao lado de todos os discípulos sinceros.
Falta-lhes dedicação ao bem de si mesmos. Correm ao encalço do Mestre Divino, desatentos ao conselho de João: “endireitai os caminhos”.
Para que alguém sinta a influência santificadora do Cristo, é preciso retificar a estrada em que tem vivido. Muitos choram em veredas do crime, lamentam-se nos resvaladouros do erro sistemático, invocam o céu sem o desapego às paixões avassaladoras do campo material. Em tais condições, não é justo dirigir-se a alma ao Salvador, que aceitou a humilhação e a cruz sem queixas de qualquer natureza.
Se queres que Jesus venha santificar as tuas atividades, endireita os caminhos da existência, regenera os teus impulsos. Desfaze as sombras que te rodeiam e senti-Lo-ás, ao teu lado, com a sua bênção.

MINHA REFLEXÃO
Ser um discípulo do Mestre requer perseverança e muita fé, além de um senso de justiça que faz lembrar que, mais que ninguém, sem merecer, sofreu pelo o que acreditava e trabalhou para que nós entendêssemos a necessidade de nos transformarmos no sentido de Sua luz.
Que Deus nos ajude.
Domício.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CONVERSÃO

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CONVERSÃO

E tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
Jesus. (Lucas, 22: 32.)

Não é tão fácil a conversão do homem, quanto afirmam os portadores de convicções apressadas.
Muitos dizem “eu creio”, mas poucos podem declarar “estou transformado”.
As palavras do Mestre a Simão Pedro são muito simbólicas. Jesus proferiu-as, na véspera do Calvário, na hora grave da última reunião com os discípulos.
Recomendava ao pescador de Cafarnaum confirmasse os irmãos na fé, quando se convertesse.
Acresce notar que Pedro sempre foi o seu mais ativo companheiro de apostolado. O Mestre preferia sempre a sua casa singela para exercer o divino ministério do amor. Durante três anos sucessivos, Simão presenciou acontecimentos assombrosos. Viu leprosos limpos, cegos que voltavam a ver, loucos que recuperavam a razão; deslumbrara-se com a visão do Messias transfigurado no labor, assistira à saída de Lázaro da escuridão do sepulcro, e, no entanto, ainda não estava convertido.
Seriam necessários os trabalhos imensos de Jerusalém, os sacrifícios pessoais, as lutas enormes consigo mesmo, para que pudesse converter-se ao Evangelho e dar testemunho do Cristo aos seus irmãos.
Não será por se maravilhar tua alma, ante as revelações espirituais, que estarás convertido e transformado para Jesus. Simão Pedro presenciou essas revelações com o próprio Messias e custou muito a obter esses títulos.
Trabalhemos, portanto, por nos convertermos. Somente nessas condições, estaremos habilitados para o testemunho.

MINHA REFLEXÃO
A mudança de direção rumo ao Evangelho de Jesus resultará de nossa entrega à realização de sua obra e jamais por admirar, apenas, a grandeza em que se revelara e se revela o Filho de Deus. Esse providencial esclarecimento de Emmanuel implica que é por meio da fé ativa que o homem novo nascerá.
Nenhum de nós poderá transmudar-se por respeitar o Cristo a distância. Somos convidados ao envolvimento com o próximo através do Amor.
Há uma vastidão de ensejos à ação dignificante em todo lugar – lar, trabalho, instituição religiosa, etc. Rico ou pobre, a esterilidade não nos honra. Aprendamos bem com o exemplo destacado por Emmanuel! Pedro, apesar de sua intimidade com o Trabalhador divino, não foi eximido de, ele próprio, forjar a sua conversão.
A nossa missão não se resume a manifestar extasiamento diante da veneranda obra de Jesus. Convençamo-nos! Isso, costumamos manifestar, também, em relação a outros Espíritos de elevada luz. Cabe, a cada um de nós, materializar a missão a que nos comprometemos nesta encarnação, testemunhando a já alcançada evolução intelectual e moral.
Emmanuel recomenda que nos preservemos do engano, ainda comum, de que alguém nos substituirá em nossa obra pessoal. Finquemo-nos na fé em nós e em Deus. Estamos a receber, sem dúvida, o apoio divino, conforme exercitamos a inteligência e as demais faculdades, com humildade, reafirmando a presença de Deus no mundo (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 7, Item 13).
Multipliquemos através de nossas obras os bons frutos, sem desperdício de tempo. O que já está em nós é preciso repartir! Doemo-nos em benefício material e para sanar feridas espirituais. A vontade do Pai começa em nós. Sigamos nos convertendo em filhos de Deus através do trabalho que limpará a Terra das fomes de fraternidade e pão.
Luz e Paz!
Lourença.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

EM TI MESMO

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EM TI MESMO
“Tens fé? Tem-na em ti mesmo, diante de Deus.” — Paulo.
(ROMANOS, 14:22)

No mecanismo das realizações diárias, não é possível esquecer a criatura aquela expressão de confiança em si mesma, e que deve manter na esfera das obrigações que tem de cumprir à face de Deus.
Os que vivem na certeza das promessas divinas são os que guardam a fé no poder relativo que lhes foi confiado e, aumentando-o pelo próprio esforço, prosseguem nas edificações definitivas, com vistas à eternidade.
Os que, no entanto, permanecem desalentados quanto às suas possibilidades, esperando em promessas humanas, dão a idéia de fragmentos de cortiça, sem finalidade própria, ao sabor das águas, sem roteiro e sem ancoradouro.
Naturalmente, ninguém poderá viver na Terra sem confiar em alguém de seu círculo mais próximo; mas, a afeição, o laço amigo, o calor das dedicações elevadas não podem excluir a confiança em si mesmo, diante do Criador.
Na esfera de cada criatura, Deus pode tudo; não dispensa, porém, a cooperação, a vontade e a confiança do filho para realizar. Um pai que fizesse, mecanicamente, o quadro de felicidades dos seus descendentes, exterminaria, em cada um, as faculdades mais brilhantes.
Por que te manterás indeciso, se o Senhor te conferiu este ou aquele trabalho justo? Faze-o retamente, porque se Deus tem confiança em ti para alguma coisa, deves confiar em ti mesmo, diante d’Ele.

MINHA REFLEXÃO
Somos deuses, nos motivou Jesus Cristo. Mas essa condição divina pressupõe a integração com a Divindade Maior: Deus. Paulo nos lembra, muito bem, essa condição do desenvolvimento da fé no ser humano.
Podemos “sozinhos” fazer muitas coisas. Se deixarmos as pessoas próximas (familiares, companheiros de trabalho etc.) nos ajudar com sua singularidade, conseguiremos fazer muito mais. Mas, se, além disso, confiarmos na benevolência de Deus, então nos agigantaremos e nos transformaremos em pequenos Deuses, como o próprio Jesus Cristo se mostrou ser e que sabemos ser o Governador do nosso planeta. O Cristo certamente não nos iludiu e imaginemos ter uma consciência a ponto de governar a humanidade de um planeta, como Ele.
Diz-nos Um Espírito Protetor que há a fé humana e a fé divina (ESE, Cap. XIX, Item 12). Diz-nos ele:
Repito: a fé é humana e divina. Se todos os encarnados se achassem bem persuadidos da força que em si trazem, e se quisessem pôr a vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o a que, até hoje, eles chamaram prodígios e que, no entanto, não passa de um desenvolvimento das faculdades humanas. Um Espírito Protetor. (Paris, l863.)
Entendo que a união dessas duas naturezas de fé é que torna o homem mais produtivo, colaborador de si mesmo e dos que Deus colocou em seu círculo de relações, bem como da humanidade como toda.
Que sejamos assim: fervorosos em nós e em Deus.
Que Deus nos ajude.
Domício