Mensagem de boas vindas


domingo, 19 de agosto de 2012

NUVENS

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NUVENS
E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho, a ele ouvi. LUCAS, 9:35


O homem, quase sempre, tem a mente absorvida na contemplação das nuvens que lhe surgem no horizonte. São nuvens de contrariedades, de projetos frustrados, de esperanças desfeitas.
Por vezes, desespera-se envenenando as fontes da própria vida.
Desejaria, invariavelmente, um céu azul a distância, um Sol brilhante no dia e luminosas estrelas que lhe embelezassem a noite.
No entanto, aparece a nuvem e a perplexidade o toma, de súbito.
Conta-nos o Evangelho a formosa história de uma nuvem.
Encontravam-se os discípulos deslumbrados com a visão de Jesus transfigurado, tendo junto de si Moisés e Elias, aureolados de intensa luz.
Eis, porém, que uma grande sombra comparece. Não mais distinguem o maravilhoso quadro.
Todavia, do manto de névoa espessa, clama a voz poderosa da revelação divina: “Este é o meu amado Filho, a ele ouvi!”
Manifestava-se a palavra do Céu, na sombra temporária.
A existência terrestre, efetivamente, impõe angústias inquietantes e aflições amargosas. É conveniente, contudo, que as criaturas guardem serenidade e confiança, nos momentos difíceis.
As penas e os dissabores da luta planetária contêm esclarecimentos profundos, lições ocultas, apelos grandiosos. A voz sábia e amorosa de Deus fala sempre através deles.

MINHA REFLEXÃO
A realidade que ainda se desenha no planeta Terra é constituída de muito sofrimento e penúria.
Como portar-se nesse contexto?
Muitos homens se veem merecedores de dias quietos e inconformam-se por não os terem.
Denotam, assim, uma incapacidade de compreender que entre homens com práticas tão personalistas em que não se acolhem a miséria do próximo, sofrer é natural.
As notícias relatam a tristeza materializada na falta de alimento, moradia, saúde, educação... paz.
Todos, portanto, recebemos um saldo merecido desse quadro de dor.
A aceitação do padecimento resulta de uma percepção maior.
Da fé em Deus que em Jesus nos apresenta a promessa da felicidade futura.
Aquele que crê na Providência Divina não se desespera, admite as aflições sem espanto e evita doenças nascidas do culto às desgraças humanas.
Emmanuel destaca a necessidade de não limitar a visão às penas.
Em nossas vivências, verteremos grossas lágrimas, mas podemos gestar, desde esta morada, um ser mais humilde, manso e justo. As boas lições dependem do saber sofrer. Vejamos a orientação do apóstolo Paulo, em Hebreus, 12:7 – “Se suportais a correção, Deus vos trata como a filhos; pois que filho há a quem o pai não corrija?”.
Luz e Paz!
Lourença