Mensagem de boas vindas


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

GLÓRIA CRISTÃ

119
GLÓRIA CRISTÃ
Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência.
Paulo. (2ª Epístola aos Coríntios, 1: 12).
Desde as tribos selvagens, que precederam a organização das famílias humanas, tem sido a Terra grande palco utilizado na exibição das glórias passageiras.
A concorrência intensificou a procura de títulos honoríficos transitórios.
O mundo desde muito conhece glórias sangrentas da luta homicida, glórias da avareza nos cofres da fortuna morta, do orgulho nos pergaminhos brasanados e inúteis, da vaidade nos prazeres mentirosos que precedem o sepulcro; a ciência cristaliza as que lhe dizem respeito nas academias isoladas; as religiões sectaristas nas pompas externas e nas expressões do proselitismo.
Num plano onde campeiam tantas glórias fáceis, a do cristão é mais profunda, mais difícil. A vitória do seguidor de Jesus é quase sempre no lado inverso dos triunfos mundanos. É o lado oculto. Raros conseguem vê-lo com olhos mortais.
Entretanto, essa glória é tão grande que o mundo não a proporciona, nem pode subtraí-la. É o testemunho da consciência própria, transformada em tabernáculo do Cristo vivo.
No instante divino dessa glorificação, deslumbra-se a alma ante as perspectivas do Infinito. É que algo de estranho aconteceu aí dentro, na cripta misteriosa do coração: o filho achou seu Pai em plena eternidade.
MINHA REFLEXÃO
Essa glória cristã, todos nós, um dia, seremos merecedores, pois o Pai nos criou puros para sermos puros, à sua semelhança. Vê-lo,[1] de fato, deve ser indescritível. Viver vibrando alto, feliz... esse o nosso destino, alcançar a pureza espiritual[2].
Somos iludidos, por achar que todos devem nos compreender, nos devem respeito incondicionalmente, nos devem amar, realçar apenas o bem que fazemos, hoje. Mas consciente disso, Francisco de Assis, nos ensinou em sua oração o desprendimento do orgulho e nos convida a pedir ao Mestre que nos ensine a compreender, antes que sejamos compreendidos, consolar, antes que sejamos consolados, perdoar, antes que sejamos perdoados e amar, antes que sejamos amados. Ele nos convida a prática da caridade[3] (benevolência, indulgência e misericórdia) incondicionalmente, todos os momentos de nossa vida.
Que possamos caminhar mais céleres ao encontro do seio do Senhor, sob a égide dos ensinamentos do Cristo, nosso modelo, nosso guia maior[4]
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1] O Livro dos Espíritos, questão 244. Os Espíritos vêem a Deus? “Só os Espíritos superiores o vêem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham.”
[2] Escala dos Espíritos puros. Os Espíritos que a compõem percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. Não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, realizam a vida eterna no seio de Deus. Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Parte 2, cap. I – Dos Espíritos – Primeira Ordem
[3]O Livro dos Espíritos, questão 886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
[4] O Livro dos Espíritos, questão 625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? “Jesus.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário