Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 20 de julho de 2016

COOPERAÇÃO

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COOPERAÇÃO
E ele respondeu: Como poderei entender se alguém me não ensinar?
ATOS, 8: 31.
Desde a vinda de Jesus, o movimento de educação renovadora para o bem é dos mais impressionantes no seio da Humanidade.
Em toda parte, ergueram-se templos, divulgaram-se livros portadores de princípios sagrados.
Percebe-se em toda essa atividade a atuação sutil e magnânima do Mestre que não perde ocasião de atrair as criaturas de Deus para o Infinito Amor.
Desse quadro bendito de trabalho destaca-se, porém, a cooperação fraternal que o Cristo nos deixou, como norma imprescindível ao desdobramento da iluminação eterna do mundo.
Ninguém guarde a presunção de elevar-se sem o auxílio dos outros, embora não deva buscar a condição parasitária para a ascensão. Referimo-nos à solidariedade, ao amparo proveitoso, ao concurso edificante. Os que aprendem alguma coisa sempre se valem dos homens que já passaram, e não seguem além se lhes falta o interesse dos contemporâneos, ainda que esse interesse seja mínimo.
Os apóstolos necessitaram do Cristo que, por sua vez, fez questão de prender os ensinamentos, de que era o divino emissário, às antigas leis.
Paulo de Tarso precisou de Ananias para entender a própria situação.
Observemos o versículo acima, extraído dos Atos dos Apóstolos. Filipe achava-se despreocupado, quando um anjo do Senhor o mandou para o caminho que descia de Jerusalém para Gaza. O discípulo atende e aí encontra um homem que lia a Lei sem compreendê-la. E entram ambos em santificado esforço de cooperação.
Ninguém permanece abandonado. Os mensageiros do Cristo socorrem sempre nas estradas mais desertas. É necessário, porém, que a alma aceite a sua condição de necessidade e não despreze o ato de aprender com humildade, pois não devemos esquecer, através do texto evangélico, que o mendigo de entendimento era o mordomo-mor da rainha dos etíopes, superintendente de todos os seus tesouros. Além disso, ele ia de carro e Filipe, a pé.
MINHA REFLEXÃO
Cooperação é um ato imprescindível na vida do ser humano. Vivemos em sociedade para aprendermos a amar uns aos outros. Na cooperação estar subtendido o amor que devemos aprender nas nossas jornadas reencarnatórias.
Ninguém avança sem o outro. O renascer necessita da cooperação dos pais, médicos, familiares etc, sem falar daqueles Espíritos que ajudam na preparação da descida.
Todo trabalho se desenvolve na cooperação. O Cristo precisou de 12 homens para estabelecer seu Evangelho, em particular os quatro que o escreveram. Buscou os mais simples, sem desprezar os mais arrogantes, mas com potencial muito grande de compreensão e dedicação ao trabalho divino, como foi Paulo.
Cabe a nós cooperarmos com o Ele, também, como trabalhadores da última hora.[1] E assim, se dá em todas as atividades de nossas vidas. Devemos sempre ter a humildade de que nada somos sem a ajuda de alguém, seja encarnado ou não, pobre ou rico, culto ou não, desse ou daquele gênero, dessa ou daquela raça, do que ensina ou do que aprende.
Que Deus nos ajude a compreender isso, sempre.
Domício



[1] O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20.

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