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PÃO DE CADA DIA
Dá-nos cada
dia o nosso pão. — Jesus.
Lucas, 11: 3.
Já pensaste no pão de cada dia?
A força de possuí-lo, em abundância, o homem costuma
desvalorizá-lo, à maneira da criatura irrefletida que somente medita na saúde,
ao sobrevir a enfermidade.
Se a maioria dos filhos da Terra estivessem à altura de
atender à gratidão nos seus aspectos reais, bastaria o pão cotidiano para que
não faltassem às coletividades terrestres perfeitas noções da existência de
Deus. Tão magnânima é a bondade celestial que, promovendo recursos para a manutenção
dos homens, escapa à admiração das criaturas, a fim de que compreendam melhor a
vida, integrando-se nas responsabilidades que lhes dizem respeito, nas
Organizações de trabalho a que foram chamadas, com a finalidade de realizarem o
aprimoramento próprio.
O Altíssimo deixa aos homens a crença de que o pão
terrestre é conquista deles, para que se aperfeiçoem convenientemente no dom de
servir. Em verdade, no entanto, o pão de cada dia, para todas as refeições do
mundo, procede da Providência Divina.
O homem cavará o solo, espalhará as sementes, defenderá o
serviço e cooperará com a Natureza, mas a germinação, o crescimento, a
florescência e a frutificação pertencem ao Todo-Misericordioso.
No alimento de cada dia prevalece sublime ensinamento de
colaboração entre o Criador e a criatura, que raras pessoas se dispõem a
observar. Esforça-se o homem e o Senhor lhe concede as utilidades.
O servo trabalha e o Altíssimo lhe abençoa o suor.
É
nesse processo de íntima cooperação e natural entendimento que o Pai espera
colher, um dia, os doces frutos da perfeição no espírito dos filhos.
MINHA REFLEXÃO
O pão de cada
dia tem uma fonte: o pensamento criador do Senhor, nosso Pai. É atuando sobre a
matéria, de origem divina, que o homem desenvolve-se enquanto Espírito em
evolução. É do trabalho que estamos a falar[1]. No entanto, se ao pensar,
o Espírito desenvolve uma atividade útil, ele também está trabalhando, como faz
qualquer pessoa, refletindo, vibrando por alguém ou massa de pessoas, como
fazem os Espíritos Puros que não precisam mais encarnar para evoluir[2].
Nesse
processo evolutivo, todo progresso evolutivo resulta da relação íntima da criatura
com o Criador. O Cristo ao nos ensinar a orar, dando-nos a oração dominical
como a expressão máxima de sintonia com Pai, apresenta-nos um tópico de
reconhecimento da superioridade do Criador em relação a criatura (vide o trecho
no caput dessa mensagem de Emmanuel).
Ele também nos lembrou que, na sintonia com Pai, tudo nos seria providenciado,
quando pedíssemos, buscássemos e batêssemos uma porta, pois quando fizéssemos essas
ações, nos seria dado, encontraríamos e nos seria aberto a porta batida
(Mateus, 7: 7 – 11). Sobre isso, Allan Kardec em O Evangelho Segundo o
Espiritismo, cap. 25 (Buscai e Achareis), item 2, nos disserta:
Do ponto
de vista terreno, a máxima: Buscai e achareis é análoga a esta
outra: Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará. É o princípio da lei
do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o
progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da
inteligência. (...)
Através do
trabalho, o homem evolui incessantemente e, através das sucessivas encarnações
o homem dá continuidade ao seu trabalho inacabado em existência anterior. Se
não fosse assim, tudo teria que recomeçar do zero e a evolução seria estanque
(Idem, Item 3). Trabalhando o homem desenvolve o corpo e a alma, pois
Se
Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam
atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito
teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe
fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e
produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito
e serás recompensado de acordo com o que hajas feito (Idem, Item 4).
Assim, Deus
provê todas as nossas necessidades. Mas diferentemente dos animais, somos
convidados a dominar o material disposto na natureza, utilizando tanto para nos
manter materialmente como para desenvolver o espírito.
Que possamos
nunca nos esquecer que se temos com o que nos manter, a fonte é sempre o Pai.
Sem a sua providência, não sairíamos do zero.
Que saibamos reconhecer isso, com a ajuda
de nosso de nosso Mestre Jesus, nosso Anjo da Guarda e os bons Espíritos que
nos ajudam diuturnamente.
Domício.
[1]
O Livro dos
Espíritos. Questão nº 676. Por que o trabalho se impõe ao homem? “Por ser uma consequência
da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento
da sua inteligência. Sem o trabalho, o homem permaneceria sempre na infância,
quanto à inteligência. Por isso é que seu alimento, sua segurança e seu
bem-estar dependem do seu trabalho e da sua atividade. Ao extremamente fraco de
corpo outorgou Deus a inteligência, em compensação. Mas é sempre um trabalho.”
[2] Vide O Livro dos Espíritos, Questão nº
675.
A LEI DO TRABALHO
ResponderExcluirL. ANGEL 11/07/2010
Quem cumpre seu dever
É digno de novos serviços.
Eis o prêmio de um viver
Pautado no respeito aos compromissos.
Consciente é o bom trabalhador
Que está sempre pronto,
Pois logo surge o labor
Que é honrado ponto a ponto.
Feliz daquele que é empregado
E cumpre seu horário incansável,
Pois está sempre ocupado
Por se mostrar confiável.
A Lei do Trabalho
É uma lei moral
Que todos devem cumprir sem atalho,
Evitando, assim, todo mal.
Ótimo pensamento,parabéns, estou lendo para tirar com suas palavras inspirações sobre este mesmo título,irei usar numa palestra,será a minha primeira ,de muitas assim espero
ResponderExcluirQue bom, meu (minha) irmão(ã)! Desejo um excelente palestra! Que seja, assim, a primeira de muitas! Que Deus te abençoe nesta tarefa!
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