Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 8 de julho de 2016

ZELO DO BEM

173
ZELO DO BEM
E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
1ª Epístola a Pedro, 3: 13.
Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou na alma convenientemente.
A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.
Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua prática, quem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?
O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda incapazes de examinar todos os aspectos de uma questão, todos os contornos e uma paisagem. O que hoje nos parece a felicidade real pode ser amanhã cruel desengano. Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da fonte evolutiva. Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando incessantemente para o bem, onde estivermos.
Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.
Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as oportunidades de construir com o seu amor.
Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima, não podem temer o mal. Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimentalismo.
Para essas almas, que encontraram no íntimo de si próprias o prazer de servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os obstáculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi-las para a vida maior.
MINHA RELFEXÃO
A nossa integração com Deus, pelo cumprimento de suas Leis, nos garante proteção em relação ao mal. Isto é ratificado pelos Espíritos Superiores da Iluminada Doutrina Espírita na resposta à questão de nº 469 de O Livro dos Espíritos, como segue:
469. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? “Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai--vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”
Praticar o bem, como Pedro nos assevera, interpretado por Emmanuel, é a grande força moral que podemos ter nessa vida. Mesmo que tenhamos uma vida pregressa bastante comprometida com a Lei de Deus, o bem que praticarmos será nosso salvo-conduto na convivência com os maus nesse planeta de provas e expiações. Isso está relacionado com a Lei de Causa e Efeito. Sabemos que temos que resgatar as dívidas adquiridas em vidas pretéritas, temos um atenuante encontrado em Pedro (I Pedro, 4:8) que nos alivia a consciência culpada: “o Amor cobre uma multidão de pecados”. Isso dá a certeza que a Lei de Causa e Efeito não é determinista e inflexível. Conforme Irmão Sânzio, na obra Ação e Reação (pela FEB) de André Luiz, pelo Chico Xavier,

(...) embora nos reconheçamos subordinados aos efeitos de nossas próprias ações, não podemos ignorar que o comportamento de cada um de nós, dentro desse determinismo relativo, decorrente de nossa própria conduta, pode significar liberação abreviada ou cativeiro maior, agravo ou melhoria em nossa condição de almas endividadas perante a Lei.
Sejamos, então, zelosos no bem e teremos nossa proteção garantida em Deus.
Que Deus nos guarde.
Domício


Nenhum comentário:

Postar um comentário