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O BANQUETE DOS
PUBLICANOS
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus
discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
Mateus, 9: 11
De maneira geral, a comunidade cristã, em seus diversos
setores, ainda não percebeu toda a significação do banquete do Mestre, entre
publicanos e pecadores.
Não só a última ceia com os discípulos mais íntimos se
revestiu de singular importância. Nessa reunião de Jerusalém, ocorrida na
Páscoa, revela-nos Jesus o caráter sublime de suas relações com os amigos de
apostolado. Trata-se de ágape íntimo e familiar, solenizando despedida afetuosa
e divina lição ao mesmo tempo.
No entanto, é necessário recordar que o Mestre atendia a
esse círculo em derradeiro lugar, porqüanto já se havia banqueteado carinhosamente
com os publicanos e pecadores. Partilhava a ceia com os discípulos, num dia de
alta vibração religiosa, mas comungara o júbilo daqueles que viviam a distância
da fé, reunindo-os, generoso, e conferindo-lhes os mesmos bens nascidos de seu amor.
O
banquete dos publicanos tem especial significado na história do Cristianismo.
Demonstra que o Senhor abraça a todos os que desejem a excelência de sua
alimentação espiritual nos trabalhos de sua vinha, e que não só nas ocasiões de
fé permanece presente entre os que o amam; em qualquer tempo e situação, está
pronto a atender as almas que o buscam. O banquete dos pecadores foi oferecido
antes da ceia aos discípulos. E não nos esqueçamos de que a mesa divina
prossegue em sublime serviço. Resta aos comensais o aproveitamento da
concessão.
MINHA
REFLEXÃO
O Mestre veio para todos, particularmente para os
“doentes”. Veio também para os pagãos. Amou indistintamente, incondicionalmente
e em qualquer dia e hora. Amou aos amigos e aqueles que o destrataram e o crucificaram.
Ele tinha plena consciência do chão onde pisava, pois nos deixou o Sermão do
Monte.
Ele não se prendia às manifestações exteriores e nem seguia
a tradição mosaica (lavar as mãos – como motivo religioso, curar no sábado
etc), pois só o que tinha de moral deixado por Moisés (os Dez Mandamentos), ele
conservou. Assim, não rechaçava ninguém que o procurava, pois sabia o que vinha
no coração de cada pessoa que o buscava. Usando desse conhecimento, Ele se saiu
bem em todas as provocações que pretendiam desmoralizá-lo.
O episódio do banquete com os publicanos foi providencial,
pois serviu de recurso para ministrar uma lição. Emmanuel nos lembra que não
devemos esquecer que “a mesa divina prossegue em sublime serviço. Resta aos
comensais o aproveitamento da concessão”. Isto é um convite, mas devemos ter em
mente que devemos estar preparados para o banquete divino, pois
não
basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa
para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição
expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e
cumprir a lei segundo o espírito. A. Kardec[1]
O banquete então, seria um reabastecer de energias divinas
para a continuação do trabalho caritativo em todos os seus matizes
(benevolência, indulgência e perdão das ofensas).
Que sejamos dignos do banquete espiritual reservado aos
justos.
Que Deus nos ajude.
Domício Maciel.
[1]
Comentando a
parábola do festim de bodas (Mateus,
22: 1 a 14). In O Evangelho Segundo o Espiritismo, capitulo XVIII.
Gratidão excelente reflexão;
ResponderExcluirCaríssimo(a) irmão(ã), eu que agradeço pelo seu retorno.
ExcluirQue 2024 seja um ano de muita paz, saúde e alegrias, em sua vida e de seus familiares.
Obrigada pelas reflexões.
ResponderExcluirCaríssima irmã, grato, estou, pelo seu retorno.
ExcluirMuito obrigado pelas excelentes reflexões.
ResponderExcluirGratíssimo pelo retorno irmã(o)!!
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