Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O BANQUETE DOS PUBLICANOS

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O BANQUETE DOS PUBLICANOS
E os fariseus, vendo isto, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
Mateus, 9: 11
De maneira geral, a comunidade cristã, em seus diversos setores, ainda não percebeu toda a significação do banquete do Mestre, entre publicanos e pecadores.
Não só a última ceia com os discípulos mais íntimos se revestiu de singular importância. Nessa reunião de Jerusalém, ocorrida na Páscoa, revela-nos Jesus o caráter sublime de suas relações com os amigos de apostolado. Trata-se de ágape íntimo e familiar, solenizando despedida afetuosa e divina lição ao mesmo tempo.
No entanto, é necessário recordar que o Mestre atendia a esse círculo em derradeiro lugar, porqüanto já se havia banqueteado carinhosamente com os publicanos e pecadores. Partilhava a ceia com os discípulos, num dia de alta vibração religiosa, mas comungara o júbilo daqueles que viviam a distância da fé, reunindo-os, generoso, e conferindo-lhes os mesmos bens nascidos de seu amor.
O banquete dos publicanos tem especial significado na história do Cristianismo. Demonstra que o Senhor abraça a todos os que desejem a excelência de sua alimentação espiritual nos trabalhos de sua vinha, e que não só nas ocasiões de fé permanece presente entre os que o amam; em qualquer tempo e situação, está pronto a atender as almas que o buscam. O banquete dos pecadores foi oferecido antes da ceia aos discípulos. E não nos esqueçamos de que a mesa divina prossegue em sublime serviço. Resta aos comensais o aproveitamento da concessão.
MINHA REFLEXÃO
O Mestre veio para todos, particularmente para os “doentes”. Veio também para os pagãos. Amou indistintamente, incondicionalmente e em qualquer dia e hora. Amou aos amigos e aqueles que o destrataram e o crucificaram. Ele tinha plena consciência do chão onde pisava, pois nos deixou o Sermão do Monte.
Ele não se prendia às manifestações exteriores e nem seguia a tradição mosaica (lavar as mãos – como motivo religioso, curar no sábado etc), pois só o que tinha de moral deixado por Moisés (os Dez Mandamentos), ele conservou. Assim, não rechaçava ninguém que o procurava, pois sabia o que vinha no coração de cada pessoa que o buscava. Usando desse conhecimento, Ele se saiu bem em todas as provocações que pretendiam desmoralizá-lo.
O episódio do banquete com os publicanos foi providencial, pois serviu de recurso para ministrar uma lição. Emmanuel nos lembra que não devemos esquecer que “a mesa divina prossegue em sublime serviço. Resta aos comensais o aproveitamento da concessão”. Isto é um convite, mas devemos ter em mente que devemos estar preparados para o banquete divino, pois
não basta a ninguém ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem sentar-se à mesa para tomar parte no banquete celestial. É preciso, antes de tudo e sob condição expressa, estar revestido da túnica nupcial, isto é, ter puro o coração e cumprir a lei segundo o espírito. A. Kardec[1]
O banquete então, seria um reabastecer de energias divinas para a continuação do trabalho caritativo em todos os seus matizes (benevolência, indulgência e perdão das ofensas).
Que sejamos dignos do banquete espiritual reservado aos justos.
Que Deus nos ajude.
Domício Maciel.



[1] Comentando a parábola do festim de bodas (Mateus, 22: 1 a 14). In O Evangelho Segundo o Espiritismo, capitulo XVIII.

6 comentários:

  1. Gratidão excelente reflexão;

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    1. Caríssimo(a) irmão(ã), eu que agradeço pelo seu retorno.
      Que 2024 seja um ano de muita paz, saúde e alegrias, em sua vida e de seus familiares.

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  2. Obrigada pelas reflexões.

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  3. Muito obrigado pelas excelentes reflexões.

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