Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

PRETENSÕES

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PRETENSÕES
Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
Paulo (1ª Epístola aos Coríntios, 3: 6.)
A igreja de Corinto estava cheia de alegações dos discípulos inquietos.
Certos componentes da instituição imprimiam maior valor aos esforços de Paulo, enquanto outros conferiam privilégios de edificação a Apolo.
O advogado dos gentios foi divinamente inspirado, comentando o assunto em sua carta.
Por que pretensões individuais numa obra da qual somos todos beneficiários do mesmo Senhor?
Na atualidade, é louvável o exame da recomendação de Paulo aos Coríntios, porqüanto já não são os usufrutuários da organização cristã que se rejubilam pela recepção das bênçãos do Evangelho através desse ou daquele dos trabalhadores do Cristo, mas os operários da causa que, por vezes, chegam ao campo de serviço exibindo-se por vultos destacados dessa ou daquela obra do bem.
A certeza de que “toda boa dádiva vem de Deus” constitui excelente exercício para os trabalhos comuns.
É interessante observar como está sempre disposto o homem a se apropriar de circunstâncias que o elevem no alheio conceito com facilidade.
Sempre inclinado a destacar-se nos círculos do bem que ainda lhe não pertence de modo substancial, raramente assume a paternidade dos erros que comete. Essa é uma das singulares contradições da criatura.
Não te esqueças. O serviço é de todos. Uns plantam, outros adubam. Vive contente no setor de trabalho confiado às tuas mãos ou à tua inteligência e serve sem pretensões, porque o homem prepara a terra e organiza a semeadura, por misericórdia da Providência, mas é Deus quem põe as flores nas frondes e concede os frutos, segundo o merecimento.
MINHA REFLEXÃO
Esse problema tão bem administrado por Paulo, nos lembra que também como espíritas devemos ter cuidados para não nos separar por causa das dissenções internas ao movimento.
Faz – nos lembrar, também, que, por causa das dissenções, os cristãos se dividiram em várias Igrejas. Cada “facção cristã” passou a pretender a interpretação mais ajuizada do Evangelho do Cristo.
Então, passou a valer a pretensão que fora dessa ou daquela igreja não haveria salvação. A. Kardec faz uma análise sobre esta questão no capítulo XV – Fora da Caridade não há Salvação de O Evangelho Segundo o Espiritismo:
A máxima - Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma - Fora da Igreja não há salvação, anatematizam-se e se perseguem reciprocamente, vivem como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pelo pai, nem o amigo pelo amigo, desde que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica.
Que sejamos cristãos, isso basta. Que respeitemos os credos alheios e comunguemos com os cristãos que não são espíritas, pois são nossos irmãos em Cristo, por graça do Nosso Senhor. Que sejamos vilipendiados por alguns irmãos que ainda resistem à ideia reencarnacionista. Contudo, não temos o direito de rechaçá-los por ainda agirem assim. Tudo no seu tempo.
Sejamos cristãos. Sejamos caridosos.
Que Deus nos ajude.
Domício Maciel.

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