Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

NEM TODOS


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NEM TODOS
E aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar.
(Lucas, 9: 28.)
Digna de notar-se a atitude do Mestre, convidando apenas Simão e os filhos de Zebedeu para presenciarem a sublime manifestação do monte, quando Moisés e outro emissário divino estariam em contato direto com Jesus, aos olhos dos discípulos.
Por que não convocou os demais companheiros? Acaso Filipe ou André não teriam prazer na sublime revelação? Não era Tomé um companheiro indagador, ansioso por equações espirituais? No entanto, o Mestre sabia a causa de suas decisões e somente Ele poderia dosar, convenientemente, as dádivas do conhecimento superior.
O fato deve ser lembrado por quantos desejem forçar a porta do plano espiritual.
Certo, o intercâmbio com esse ou aquele núcleo de entidades do Além é possível, mas nem todos estão preparados, a um só tempo, para a recepção de responsabilidades ou benefícios.
Não se confia, imprudentemente, um aparelho de produção preciosa, cujo manejo dependa de competência prévia, ao primeiro homem que surja, tomado de bons desejos. Não se atraiçoa impunemente a ordem natural. Nem todos os aprendizes e estudiosos receberão do Além, num pronto, as grandes revelações. Cada núcleo de atividade espiritualizante deve ser presidido pelo melhor senso de harmonia, esforço e afinidade. Nesse mister, além das boas intenções é indispensável a apresentação da ficha de bons trabalhos pessoais. E, no mundo, toda gente permanece disposta a querer isso ou aquilo, mas raríssimas criaturas se prontificam a servir e a educar-se.
MINHA REFLEXÃO
De fato, as pessoas só são convidadas para alguma tarefa importante, e às vezes de elevada importância, se possuem credenciais suficientes para tanto. Quem está na liderança escolhe aquelas que estão amadurecidas para receberem delegações resultantes do convite. Nem todas estão à altura do convite. É certo que nem sempre os líderes acertam, mas o Cristo, um Espírito Puro, da maior envergadura, sabia quem tinha condições de presenciar aquele fenômeno para o qual convidou os discípulos citados nessa mensagem de Emmanuel, conforme está narrado no Evangelho de Lucas.
Tudo é dado conhecer a todos, mas cada um recebe conforme o estágio evolutivo, de conhecimento intelectual e/ou moral Conforme A. Kardec, interpretando o Evangelista Lucas[1],
Tal sentença não significa que se deva revelar inconsideradamente todas as coisas. Todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer.
Desse modo, naquele momento, só Pedro e os filhos de Zebedeu tinham credenciais para ver/conhecer aquele fenômeno de materialização dos Espíritos, como prova da imortalidade da alma. E quando se trata de escolher quem deve dar sequência a um trabalho a ser implantado, só aqueles que acumularam experiências intelectuais e morais são convidados. No plano evangélico, os profetas, os Discípulos, Paulo, Moisés e Allan Kardec foram os escolhidos. Todos realizaram suas missões conforme seus sensos de conhecimento e justiça. Até Judas que traiu a confiança e o Pedro que negou o Mestre três vezes, entenderam as suas falhas. Outros, menos evoluídos, não entenderiam. O Cristo sabia quem estava escolhendo, aliás, escolheu antes de reencarnar, de todos reencarnarem. Sabia ainda das limitações de seus escolhidos e tudo aconteceu para o aprendizado de todos.
É uma tarefa difícil escolher uma equipe, pois nem todos estão preparados para não receber o convite, mesmo tendo sido feito baseado num princípio de confiança e justiça. Mas, no nosso mundo, todos estamos aprendendo a escolher quem deve ser de nossa equipe. No entanto, sendo um mundo de provas e expiações, confiança se dá, mas nem sempre ela será correspondida.
Que as nossas escolham sejam sempre feitas na relação com o Mestre, o líder por excelência.
E que Deus nos ajude.
Domício.

[1] “Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente” (Lucas, 8:16 e 17).

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Que bom irmão(ã)!!
      Além desse blog você pode acessar outros de minha autoria: Fonte Vida (livro de Emmanuel, com reflexões em andamento, mas sendo concluído) e Espírito da Verdade (Espíritos diversos, já concluído). Vide os links na coluna ao lado.
      Muita paz e alegrias!!
      Proteja-se das festas de fim de ano. Não saia de casa e não aglomere em casa.

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