Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

VINDA DO REINO


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VINDA DO REINO
O reino de Deus não vem com aparência exterior. Jesus.
(Lucas, 17: 20).
Os agrupamentos religiosos no mundo permanecem, quase sempre, preocupados pelas conversões alheias. Os crentes mais entusiastas anseiam por transformar as concepções dos amigos. Em vista disso, em toda parte somos defrontados por irmãos aflitos pela dilatação do proselitismo em seus círculos de estudo.
Semelhante atividade nem sempre é útil, porquanto, em muitas ocasiões, pode perturbar elevados projetos em realização.
Afirma Jesus que o Reino de Deus não vem com aparência exterior. É sempre ruinosa a preocupação por demonstrar pompas e números vaidosamente, nos grupos da fé. Expressões transitórias de poder humano não atestam o Reino de Deus. A realização divina começará do íntimo das criaturas, constituindo gloriosa luz do templo interno. Não surge à comum apreciação, porque a maioria dos homens transitam semicegos, através do túnel da carne, sepultando os erros do passado culposo.
A carne é digna e venerável, pois é vaso de purificação, recebendo-nos para o resgate preciso; entretanto, para os espíritos redimidos significa “morte” ou “transformação permanente”. O homem carnal, em vista das circunstâncias que lhe governam o esforço, pode ver somente o que está “morto” ou aquilo que “vai morrer”. O Reino de Deus, porém, divino e imortal, escapa naturalmente à visão dos humanos.
MINHA REFLEXÃO
Ser Cristão não significa, tão somente, pregar as palavras do Cristo. Também não significa arrebanhar mais prosélitos para sua religião ou mesmo se preocupar com a salvação dos semelhantes.
Não precisamos nos preocupar com a Vinda do Senhor, pois Ele nunca foi embora. Já estava e esteve e está conosco desde sempre, depois que assumiu a governança de nosso planeta transitório.
Somos tutelados d’Ele, além de termos nosso particular Anjo da Guarda. Então, por que se preocupar com a vinda do Reino do Senhor. Devemos sim, construir esse Reino interior pela transformação moral que ainda está por se fazer em cada ser deste planeta de provas e expiações.
As práticas exteriores, dependendo da sinceridade e ignorância espiritual e/ou tradição cultural de uma sociedade, ainda são necessárias, e devemos respeitar, mas o importante é nos desvincularmos do que é exterior.
Ter uma religião não nos salva; pregar os ensinamentos do Nosso Senhor não é suficiente; “estar” com Ele, é uma inicial condição libertadora, mas não é tudo, como Ele próprio nos ensinou e está grafado em Mateus (7: 21 a 23)[1].
A reforma íntima (construção do Reino de Deus) é tudo, como nos ensina A. Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo[2], quando discorre sobre as qualidades dos bons espíritas.
Também somos esclarecidos, pela Doutrina Espírita, que a Religião não nos credencia ao Reino de Deus[3], mas, sim, a prática da caridade que, resumidamente pelo Espíritos Superiores, significa: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas” (O Livro dos Espíritos, questão 886).
Que sejamos espíritas, que sejamos cristãos, e sejamos dignos do Mestre, construindo, cada um, o Reino de Deus em seu coração.
Que Deus nos ajude.
Domício. 


[1] Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. – Muitos, nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? - Eu então lhes direi em altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniquidade. (Mateus, 7: 21-23.)
[2] “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (A. Kardec InO Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, Item 4.)
[3] “Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO (A. Kardec InO Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, Item 5.)

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