Mensagem de boas vindas


terça-feira, 1 de julho de 2014

O AMIGO OCULTO

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O AMIGO OCULTO
Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem.
LUCAS (24: 16)
Os discípulos, a caminho de Emaús, comentavam, amargurados, os acontecimentos terríveis do Calvário.
Permaneciam sob a tormenta da angústia. A dúvida penetrava-lhes a alma, levando-os ao abatimento, à negação.
Um homem desconhecido, porém, alcançou-os na estrada. Oferecia o aspecto de mísero peregrino. Sem identificar-se, esclareceu as verdades da Escritura, exaltou a cruz e o sofrimento.
Ambos os companheiros, que se haviam emaranhado no cipoal de contradições ingratas, experimentaram agradável bem-estar, ouvindo a argumentação confortadora.
Somente ao termo da viagem, em se sentindo fortalecidos no tépido ambiente da hospedaria, perceberam que o desconhecido era o Mestre.
Ainda existem aprendizes na “estrada simbólica de Emaús”, todos os dias. Atingem o Evangelho e espantam-se em face dos sacrifícios necessários à eterna iluminação espiritual. Não entendem o ambiente divino da cruz e procuram “paisagens mentais” distantes... Entretanto, chega sempre um desconhecido que caminha ao lado dos que vacilam e fogem. Tem a forma de um viandante incompreendido, de um companheiro inesperado, de um velho generoso, de uma criança tímida. Sua voz é diferente das outras, seus esclarecimentos mais firmes, seus apelos mais doces.
Quem partilha, por um momento, do banquete da cruz, jamais poderá olvidá-la. Muitas vezes, partirá mundo a fora, demorando-se nos trilhos escuros; no entanto, minuto virá em que Jesus, de maneira imprevista, busca esses viajores transviados e não os desampara enquanto não os contempla, seguros e livres, na hospedaria da confiança.
MINHA REFLEXÃO
Somos todos viajores da estrada da incredulidade. A falta de fé e o desânimo nos abatem enquanto caminhamos, sem, contudo, ser pela estrada da Vida: o Mestre Jesus.
Todavia, Ele nos aparece em átimos de iluminação internos, quando nos deixamos enlevar pelos seus ensinos e reconhecemos sua Verdade dita por algum ser humano ou paisagem singela da natureza.
O Mestre e os bons Espíritos nos falam através daqueles que se deixam levar pelos bons pensamentos, quando se acham na condição de servos incondicionais. Os recados são dados e caímos em si pela beleza dos ensinamentos.
Nunca estamos a sós, mesmo desacompanhados. Dependendo da natureza de nossos pensamentos, ou merecimentos, recebemos, de amigos ou inimigos da espiritualidade, os recados que precisamos receber com vistas ao nosso melhoramento espiritual.
Que não sejamos mensageiros das trevas, mas sempre da luz.
Que saibamos reconhecer como um bem, sejam de amigos ou inimigos, os recados do mundo invisível. Deus está velando por nós o tempo todo e se recebemos o recado é que merecemos ouvir.
Que Eles nos ajudem a compreender os recados da  espiritualidade.[i]
Domício.


[i] O Livro dos Espíritos – Questão 459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? - Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

4 comentários:

  1. Obrigado, meu querido irmão!
    Seus textos, muito tem me auxiliado,
    na compreensão da leitura desse livro!
    Que Jesus, o Divino Mestre, te abençoe sempre!

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    Respostas
    1. Fico exultante, irmão!
      Todas as mensagens deste livro estão refletidas por nós, neste blog.
      Paz, estudos e alegrias!!
      Abraço fraterno!!

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