Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 9 de julho de 2014

AMAS O BASTANTE?

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AMAS O BASTANTE?
Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me?
João (21: 17.)
Aos aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado do apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o Mestre suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.
Contudo, o ensinamento é mais profundo.
Naquele instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos serviços redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de seus tutelados do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a vida eterna.
Muito significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular. Jesus não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador, relativamente a Ele, não reclama compromisso formal. Pretende saber apenas se Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais dificuldades se resolvem. Se o discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a tarefa mais dura converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.
É imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais valem muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás efetivo e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.
MINHA REFLEXÃO
Amar o Mestre, em última análise, é um ato de inteligência. Sobretudo um ato de amor a Deus e, particularmente, um amor a si mesmo.
Aquele se compromete com a religiosidade sentida (como um compromisso de melhoria espiritual e identidade religiosa) é chamado a ser melhor que si mesmo, todo dia, seja na relação conjugal, paternal/filial/fraternal, ou mesmo na relação social/trabalho.
Amar o Mestre significa amar incondicionalmente, trabalhar pela própria reforma íntima, divulgar seus ensinamentos em atos e pensamento, vive-los na intimidade espiritual. É buscar a perfeição espiritual. É trabalhar para ser um homem de bem, um bom espírita[1]. Dessa forma, divulgamos sua Boa Nova, teorizando e praticando, como Ele o fez.
Deus, Nosso Pai, enviou seu Filho amado para nos assegurar elementos intelectuais e espirituais, reafimar sua Lei, já gravada em nossa consciência[2].
Então, que sigamos Seu exemplo, pois a pergunta que Ele fez a Pedro, pode ser remetida a nós que nos identificamos com seus ensinamentos.
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1]  "Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más" (Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap.XVII, Item 4).
[2]O Livro dos Espíritos, questão 621. Onde está escrita a lei de Deus? Resp. Na consciência.

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