Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 16 de julho de 2014

CAPAS

98
CAPAS
E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.
(Marcos, 10: 50.)
O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó.
Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes.
Não residirá nesse ato precioso símbolo?
As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.
MINHA REFLEXÃO
Temos muitas capas que nos impedem de se aproximar do Mestre Amigo. Até dos seus mensageiros elas nos afastam.
Nossos melindres, nossa incapacidade de perceber o mal que fazemos ao outro, tudo que nos coadunam com a atual natureza humana, desse planeta, nos afastam até de quem temos muita afeição[1]. Não é que sejamos maus, é que ainda alimentamos, em nós, um grande mal: o egoísmo – a capa mais espessa e pesada que levamos grudada, grudada mesma, em nós.
Precisamos nos desfazer das capas mundanas enquanto temos tempo, pois a escolha está próxima. Sejamos que nem o cego de Jericó: se queremos ser beneficiados por Jesus, esqueçamos de nós e deixemos ele agir sobre nós. O conhecimento de seus ensinos deve penetrar em nosso íntimo, pois nos protege de mágoas descabidas, de tristezas desnecessárias, de decepções e ingratidões comuns a todos nós.
A vida é curta, todos dizem, sem se ater da eternidade que é a verdadeira vida: a espiritual. Podemos comparar a vida física como um rio que desemboca no mar. Quem sai do rio, sem o devido preparo, se perde na imensidão que é o mar.
Que possamos aproveitar passagem do Cristo em nossa vida pelo conhecimento de seus ensinamentos teórico-práticos que já adquirimos através da Doutrina Espírita que abraçamos, que nada mais é que sua Boa Nova rediviva em nossos corações, e, assim, tornarmos mais leves, destituídos das capas que carregamos sobre nós, há séculos, como se fossem um apêndice natural de nosso corpo.
Que Deus nos ajude.
Domício.


[1] Paulo (7: 14-20). Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. não entendo, absolutamente, o que faço; pois não faço o que quero; faço o que aborreço. E, se faço o que não quero reconheço que a Lei é boa. Mas então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem; porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita.

5 comentários:

  1. De etapa em etapa,
    Seguimos a passos largos ou diminutos,
    Livrando-nos de certas capas,
    Como alguém muito resoluto.

    L. Angel 22/02/2019

    ResponderExcluir
  2. Aínda não nos esforçamos para ascendermos a luz em nós!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com certeza, Djalma!! Pra isso, devemos nos desfazer das capas acumuladas.
      Grato por comentar!

      Excluir
    2. Sim, Jesus não nos subistituem os esforços, Recordemos-o ele, auxiliou a doentes e aflitos,sem insental-os dos próprios esforços, Maria de Maguidala,que lhe recebeu carinhosa atenção, não livrou-se do dever de sustentar-se do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação,por nossa vez,imitemo-la atrelados aos próprios esforços, abraço do coração!

      Excluir