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CAPAS
E ele, lançando de si
a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.
(Marcos, 10: 50.)
O Evangelho de Marcos
apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó.
Para receber a bênção da
divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre,
alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes.
Não residirá nesse ato
precioso símbolo?
As pessoas humanas exibem no mundo as capas
mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime
que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a
máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta
de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século;
entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a
recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório
e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a
pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou
os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante
do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada
peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa
mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.
MINHA
REFLEXÃO
Temos muitas capas que nos
impedem de se aproximar do Mestre Amigo. Até dos seus mensageiros elas nos
afastam.
Nossos melindres, nossa
incapacidade de perceber o mal que fazemos ao outro, tudo que nos coadunam com
a atual natureza humana, desse planeta, nos afastam até de quem temos muita
afeição[1]. Não é que sejamos maus, é
que ainda alimentamos, em nós, um grande mal: o egoísmo – a capa mais espessa e
pesada que levamos grudada, grudada mesma, em nós.
Precisamos nos desfazer das
capas mundanas enquanto temos tempo, pois a escolha está próxima. Sejamos que
nem o cego de Jericó: se queremos ser beneficiados por Jesus, esqueçamos de nós
e deixemos ele agir sobre nós. O conhecimento de seus ensinos deve penetrar em
nosso íntimo, pois nos protege de mágoas descabidas, de tristezas
desnecessárias, de decepções e ingratidões comuns a todos nós.
A vida é curta, todos dizem,
sem se ater da eternidade que é a verdadeira vida: a espiritual. Podemos comparar
a vida física como um rio que desemboca no mar. Quem sai do rio, sem o devido
preparo, se perde na imensidão que é o mar.
Que possamos aproveitar
passagem do Cristo em nossa vida pelo conhecimento de seus ensinamentos
teórico-práticos que já adquirimos através da Doutrina Espírita que abraçamos,
que nada mais é que sua Boa Nova rediviva em nossos corações, e, assim,
tornarmos mais leves, destituídos das capas que carregamos sobre nós, há
séculos, como se fossem um apêndice natural de nosso corpo.
Que Deus nos ajude.
Domício.
De etapa em etapa,
ResponderExcluirSeguimos a passos largos ou diminutos,
Livrando-nos de certas capas,
Como alguém muito resoluto.
L. Angel 22/02/2019
Aínda não nos esforçamos para ascendermos a luz em nós!
ResponderExcluirCom certeza, Djalma!! Pra isso, devemos nos desfazer das capas acumuladas.
ExcluirGrato por comentar!
Sim, Jesus não nos subistituem os esforços, Recordemos-o ele, auxiliou a doentes e aflitos,sem insental-os dos próprios esforços, Maria de Maguidala,que lhe recebeu carinhosa atenção, não livrou-se do dever de sustentar-se do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação,por nossa vez,imitemo-la atrelados aos próprios esforços, abraço do coração!
ExcluirCorreto, Djalma!!
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