Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

DOUTRINAÇÕES

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DOUTRINAÇÕES
Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos nomes escritos nos céus. — Jesus.
LUCAS, 10: 20
Frequentemente encontramos novos discípulos do Evangelho exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.
Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes, nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.
Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e tocam a multiplicar os chamados “trabalhos práticos”, sequiosos por orientar, em contatos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos imediatos à esfera carnal.
Recomendou Jesus o remédio adequado a situações semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.
Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição humana, mas por emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino, entre as certezas doces da fé, solidamente guardada no coração.
A palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar amplamente os discípulos inquietos de hoje.
MINHA REFLEXÃO
Os Espíritos perturbados são seres que estiveram aqui[1], há pouco ou muito tempo. Não são elementos de experiências de almas que não se veem propriamente como Espíritos também, que logo, logo estarão no plano espiritual, talvez também em desalinho por não terem entendido bem o propósito da Doutrina Espírita.
Imaginemos se esses Espíritos perturbados estivessem na carne. Seria simples trabalhar com eles? “Doutriná-los?”
Emmanuel nos esclarece que o maior trabalho é do lá de lá. Somos tarefeiros menores no trabalho doutrinário. Quem os traz e os leva são os tarefeiros abnegados do Cristo que trabalham diretamente com eles. Nesse trabalho de desobsessão das sessões mediúnicas, os participantes do lado de cá são beneficiados com a aprendizagem propiciada pelo contato com irmãos que se encontram já despojados da carne, mas que continuam, de modo mental, a agir nessa esfera, porque continuam vivos, em desalinho, mas sem um corpo.
Que tenhamos a humildade de perceber nossa parte nesse trabalho e saibamos doutrinar a nós mesmo, diuturnamente.
Que Deus nos ajude.
Domicio.



[1] Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. E assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais. Allan Kardec in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XII (Amai os inimigos), item 6.

2 comentários:

  1. Obrigado irmão pela reflexão, ajudou muito em nossos estudos.
    Que a paz esteja convosco
    José Rodriques centro espírita Amor,Fé e caridade
    Buri-SP

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    1. Fico gratificado, José Rodrigues, por ter colaborado com os seus estudos.
      Paz e alegrias pra vocês, irmãos, do Centro Espírita Amor, Fé e Caridade!!

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