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DOUTRINAÇÕES
Mas não vos alegreis
porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estarem os vossos
nomes escritos nos céus. — Jesus.
LUCAS, 10: 20
Frequentemente encontramos novos discípulos do Evangelho
exultando de contentamento, porque os Espíritos perturbados se lhes sujeitam.
Narram, com alegria, os resultados de sessões empolgantes,
nas quais doutrinaram, com êxito, entidades muita vez ignorantes e perversas.
Perdem-se muitos no emaranhado desses deslumbramentos e
tocam a multiplicar os chamados “trabalhos práticos”, sequiosos por orientar,
em contatos mais diretos, os amigos inconscientes ou infelizes dos planos
imediatos à esfera carnal.
Recomendou Jesus o remédio adequado a situações
semelhantes, em que os aprendizes, quase sempre interessados em ensinar os
outros, esquecem, pouco a pouco, de aprender em proveito próprio.
Que os doutrinadores sinceros se rejubilem, não por
submeterem criaturas desencarnadas, em desespero, convictos de que em tais
circunstâncias o bem é ministrado, não propriamente por eles, em sua feição
humana, mas por emissários de Jesus, caridosos e solícitos, que os utilizam à
maneira de canais para a Misericórdia Divina; que esse regozijo nasça da
oportunidade de servir ao bem, de consciência sintonizada com o Mestre Divino,
entre as certezas doces da fé, solidamente guardada no coração.
A
palavra do Mestre aos companheiros é muito expressiva e pode beneficiar
amplamente os discípulos inquietos de hoje.
MINHA
REFLEXÃO
Os Espíritos
perturbados são seres que estiveram aqui[1], há pouco ou muito tempo.
Não são elementos de experiências de almas que não se veem propriamente como
Espíritos também, que logo, logo estarão no plano espiritual, talvez também em
desalinho por não terem entendido bem o propósito da Doutrina Espírita.
Imaginemos se
esses Espíritos perturbados estivessem na carne. Seria simples trabalhar com
eles? “Doutriná-los?”
Emmanuel nos
esclarece que o maior trabalho é do lá de lá. Somos tarefeiros menores no
trabalho doutrinário. Quem os traz e os leva são os tarefeiros abnegados do
Cristo que trabalham diretamente com eles. Nesse trabalho de desobsessão das
sessões mediúnicas, os participantes do lado de cá são beneficiados com a
aprendizagem propiciada pelo contato com irmãos que se encontram já despojados
da carne, mas que continuam, de modo mental, a agir nessa esfera, porque
continuam vivos, em desalinho, mas sem um corpo.
Que tenhamos
a humildade de perceber nossa parte nesse trabalho e saibamos doutrinar a nós
mesmo, diuturnamente.
Que Deus nos
ajude.
Domicio.
[1]
Outrora,
sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não
eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que
são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do
que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos
materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio
existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente,
impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do
bem e de contribuir para a salvação deles. E assim que o mandamento: Amai os
vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida
presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade
universais. Allan Kardec in: O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XII (Amai
os inimigos), item 6.
Obrigado irmão pela reflexão, ajudou muito em nossos estudos.
ResponderExcluirQue a paz esteja convosco
José Rodriques centro espírita Amor,Fé e caridade
Buri-SP
Fico gratificado, José Rodrigues, por ter colaborado com os seus estudos.
ExcluirPaz e alegrias pra vocês, irmãos, do Centro Espírita Amor, Fé e Caridade!!