Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

POR AMOR

139
POR AMOR
Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos e compreendam no coração e se convertam e eu os cure.
JOÃO, 12:40
Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo e amor.
Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões e misteriosa força fornece-lhes o necessário.
A observação sobre a vida dos animais demonstra os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa.
Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.
No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos, que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque, fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse mesmo amor divino. Quando nada enxergam além dos aspectos materiais da paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente, a luta depuradora.
É quando Jesus chega e opera a cura.
Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina.
O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido.”
MINHA REFLEXÃO
Tudo que o Pai Maior faz é absolutamente perfeito. Até a maneira de nos trazer à consciência de Sua existência e amor é perfeita. Nos distanciamos dele pelas nossas incúrias e sofremos como aquele que resolutamente envia o dedo em uma tomada elétrica. 
Temos duas escolhas: amor ou dor.
A melhor escolha é decidir pelo AMOR que requer renúncia, humildade, indulgência e perdão das ofensas[1], ou seja, consciência voltada para o coletivo que resulta em avanço espiritual – Cumprimento das Leis de Deus.
Emmanuel nos faz refletir sobre essa decisão quando nos diz:
“O amor equilibra, a dor restaura. É por isso que ouvimos muitas vezes: “Nunca teria acreditado em Deus se não houvesse sofrido”.
Quando se quebra um braço, dói muito. Colocá-lo de volta dói, também, demais! Assim acontece com quem se transvia das Leis de Deus. Dói ao transgredir e dói na reparação também, e o Cristo, o Médico Maior, nos dá o remédio: O Sermão do Monte.
O que é mais perfeito do que o Amor de Deus (que não é eterno no castigar, que, aliás nem castiga), considerando que a dor e a reparação são tão somente momentos de aprendizagens? Allan Kardec nos faz bem compreender isso:
As tribulações podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente. Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho. As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam. Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não o condena irrevogavelmente por uma primeira falta[2].
Deus não nos condena eternamente nem pela primeira, nem pelas subsequentes faltas. Allan Kardec nos explica o significado da expressão Bem-aventurados os aflitos:

Também podem essas palavras ser traduzidas assim: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir.[3]
Que tenhamos consciência do dever e amor que devemos desenvolver em nós mesmos, amando a Deus e aos nossos semelhantes. Isto faz parte da medicação passada pelo nosso Excelsior Médico.
Que Deus nos ajude.
Domício.



[1] Vide questão nº 886 de o Livro dos Espíritos
[2] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V – Bem-aventurados os aflitos, item 8.
[3] O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V – Bem-aventurados os aflitos, item 12.

2 comentários:

  1. Bom dia Domicío M.Maciel!
    Eu faço parte de um grupo de desobsessão, e estamos estudando o livro Caminho Verdade e Vida,estamos no capítulo 139, e suas conclusões tem nos ajudado muito, pois, consideramos um livro difícil de entender, agradeço muito sua colaboração.
    Obrigada. Janete Aparecida Butião. Lins- SP.

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    1. Caríssima Janete, que bom que minhas reflexões estão ajudando vocês. Um abraço de gratidão pela postagem gratificante.
      Tenho outro blog em teço minha reflexão sobre as mensagens do livro O Espírito da Verdade, de autores diversos e psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, também da FEB.
      Segue o link http://oconsolador.blogspot.com.br/

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