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EDIFICAÇÕES
Vós sois a luz do
mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.
Jesus.
(MATEUS, 5, 14.)
O Evangelho está repleto de
amorosos convites para que os homens se edifiquem no exemplo do Senhor.
Nem sempre os seguidores do Cristo
compreendem esse grande imperativo da iluminação própria, em favor da harmonia
na obra a realizar. Esmagadora percentagem de aprendizes, antes de tudo,
permanece atenta à edificação dos outros, menosprezando o ensejo de alcançar os
bens supremos para si.
Naturalmente, é muito
difícil encontrar a oportunidade entre gratificações da existência humana,
porqüanto o recurso bendito de iluminação se esconde, muitas vezes, nos
obstáculos, perplexidades e sombras do caminho.
O Mestre foi muito claro em
sua exposição. Para que os discípulos sejam a luz do mundo, simbolizarão
cidades edificadas sobre a montanha, onde nunca se ocultem. A fim de que o
operário de Jesus funcione como expressão de claridade na vida, é indispensável
que se eleve ao monte da exemplificação, apesar das dificuldades da subida
angustiosa, apresentando-se a todos na categoria de construção cristã. Tal
cometimento é imperecível.
O vaivém das paixões não
derruba a edificação dessa natureza, as pedradas deixam-na intacta e, se alguém
a dilacera, seus fragmentos constituem a continuidade da luz, em sublime
rastilho, por toda parte, porque foi assim que os primeiros mártires do
Cristianismo semearam a fé.
MINHA
REFLEXÃO
Somos todos convidados a
testemunhar a nossa fé nos caminhos da vida, nos reencontros humanos. Somos
conhecedores do Evangelho do Cristo. Ele conta conosco para a divulgação e
exemplificação das virtudes divinas apregoadas por ele no Sermão do Monte.
Não é fácil ser cristão.
Nosso senso de autodefesa nos impele a reparar nas atitudes dos outros aquilo
que fazemos cotidianamente. Deixamos de nos julgar, julgando os outros, adiando
nossa edificação[1].
Que sejamos mais
disciplinados e consigamos erguer em nós uma casa solidamente edificada em um
monte, como Nosso Mestre nos ensinou.
Que Deus nos ajude.
Domício
[1] Como é que vedes um
argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? -
Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho,
vós que tendes no vosso uma trave? - Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso
olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso
irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)
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