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COMUNICAÇÕES
Amados, não creiais a
todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus.
I JOÃO, 4: 1
Os novos discípulos do
Evangelho, em seus agrupamentos de intercâmbio com o mundo espiritual, quase
sempre manifestam ansiedade em estabelecer claras e perfeitas comunicações com
o Além.
Se muitas vezes aparecem
fracassos, nesse particular, se as experimentações são falhas de êxito, é que,
na maioria dos casos, o indagador obedece muito mais ao egoísmo próprio que ao
imperativo edificante.
O propósito de
exclusividade, nesse sentido, abre larga porta ao engano. Através dela,
malfeitores com instrumentos nocivos podem penetrar o templo, de vez que o
aprendiz cerrou os olhos ao horizonte das verdades eternas.
Bela e humana a dilatação
dos laços de amor que unem o homem encarnado aos familiares que o precederam na
jornada de Além-Túmulo, mas é inaceitável que o estudante obrigue quem lhe
serviu de pai ou de irmão a interferir nas situações particulares que lhe dizem
respeito.
Haverá sempre quem dispense
luz nas assembleias de homens sinceros, O programa de semelhante assistência,
contudo, não pode ser substancialmente organizado pelas criaturas, muita vez
inscientes das necessidades próprias. Em virtude disso, recomendou o apóstolo
que o discípulo atente, não para quem fale, mas para a essência das palavras, a
fim de certificar-se se o visitante vem de Deus.
MINHA
REFLEXÃO
A mensagem de João,
refletida por Emmanuel, me lembra quando meu pai e irmão desencarnaram e eu
estava num período em que começava, avidamente, a ler as obras espíritas.
Pensei em participar de
reunião mediúnica para falar pelo menos com um deles. Mas isso não se deu.
Muitos se afeiçoam a um
espírito que se diz familiar, sem, contudo, refletir o conteúdo das mensagens
ou orientações passada por ele.
Muitos querem resolver seus
problemas com a ajuda, materializada pela psicofonia, de um ente querido que
partiu antes, ou por um espírito que se comunica por um(a) médium que cobra por esses serviços.
Vejamos o que A. Kardec nos
esclarece:
Os médiuns atuais - pois que também os
apóstolos tinham mediunidade - igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o
de serem intérpretes dos Espíritos, para instrução dos homens, para lhes
mostrar o caminho do bem e conduzi-los à fé, não para lhes vender palavras que
não lhes pertencem, a eles médiuns, visto que não são fruto de suas concepções,
nem de suas pesquisas, nem de seus trabalhos pessoais. Deus quer que a luz
chegue a todos; não quer que o mais pobre fique dela privado (O Evangelho Seg.
o Espiritismo, cap. XXVI, Item 7).
Sabemos que os Espíritos
superiores, ou de boa vontade, não se comunicam para eximir seus queridos do
esforço, fé e intelecto para resolver seus problemas. Então, é muito sensato
não procurar médiuns profissionais.
Em verdade, atualmente, é melhor que deixemos que nos procurem, seja através do
atendimento a uma prece, nos intuindo uma boa ideia, seja participando de
reuniões mediúnicas sérias. E em participando de reuniões sérias, as mensagens
devem ser criteriosamente refletida a luz da Doutrina Espírita.
Que Deus nos ajude.
Domício
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