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NO QUADRO REAL
Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu,
porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.
Jesus. (João, 17: 14.)
Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas,
constituirão sempre assembleias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado
esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É
“sal da Terra”, força de preservação dos princípios divinos no santuário do
mundo inteiro.
A palavra de Jesus,
nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si
mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Amai vossos inimigos.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Bendizei os que vos maldizem.
Emprestai sem nada esperardes.
Não julgueis para não serdes julgados.
Entre vós, o maior seja servo de todos.
Buscai a porta estreita.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos.
No mundo, tereis
tribulações.”
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em
Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime d’Ele sem o desejo sincero
de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé
restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando
suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.
MINHA REFLEXÃO
Não é fácil ser cristão, pois somos muitos endividados. Somos
a todo momento, de modo até assustador, às vezes inesperadamente, tomados de
assalto pela injúria, pela incompreensão, pela “injustiça”, pela “ingratidão”,
pela acusação indébita etc. As aspas colocadas aqui, sugerem que: não somos
injustiçados, pois nada acontece conosco, senão pelo nosso merecimento; só
sofremos ingratidões por que o que doamos não foi de modo incondicional – a surpresa
do não reconhecimento é fruto do esperar reconhecimento. O Cristo deu a sua
vida, literalmente, de modo consumado, por ter trazido a Palavra do Pai, por
ser uníssono com Ele, por ter uma missão de conduzir seus irmãos menores ao
mesmo patamar que chegou, em relação ao Pai.
O cristão verdadeiro, que entendeu, de fato, as palavras do
Cristo, busca se alinhar com suas Palavras e Vivência. Ele amou, mas nem por
isso foi reconhecido, nem por isso foi glorificado, como glorificou o Pai. Tudo
que passou, aqui entre nós, não o tornou ressentido, magoado. Pelo contrário,
foi benevolente,
indulgente
para conosco e, sobretudo, nos perdou.[1]
Ele, ao se despedir do mundo e dos seus apóstolos, em
reunião, se dirigiu ao Pai que O enviou, pedindo pelo grupo que preparou,
dizendo:
Não estou mais no mundo, mas eles estão no
mundo, e eu estou indo para ti. Pai Santo, guarda-os em teu nome, o qual me
deste, para que sejam um como nós somos. Quando eu estava com eles, eu os
guardei em teu nome, o qual me deste; guardei-os e nenhum deles se perdeu, a
não ser o filho da perdição para que se cumprisse a Escritura. Mas, agora,
estou indo para junto de ti, e falo essas coisas no mundo, a fim de que tenham a
minha alegria cumprida neles. Eu lhes tenho dado a tua palavra, mas o mundo os
odiou porque não são do mundo, como eu também não sou do mundo (JOÃO, 17:11-14).
Emmanuel, nessa mensagem, nos traduz o verdadeiro sentido
de ser cristão (a parte em negrito). Aos poucos, cada vez mais, iremos nos
aproximando do verdadeiro Cristão. Nós temos o modelo: o CRISTO que foi
traduzido como Emmanuel traduziu, como também foi pelos Espíritos Superiores da
Codificação Espírita na questão 886 de o Livro dos Espíritos (vide nota de
rodapé).
Que nos tornemos cada vez mais uníssono com o Cristo, como
Ele foi com o Pai, pois essa foi a sua Missão ao descer nesse vale de lágrimas
chamado Terra: nos aproximar de Deus, como Ele já era antes desse mundo existir[2].
Que Deus nos ajude.
Domício.
Ps:
CARIDADE: TRÊS EM UMA
L. ANGEL. 05/06/2016
Três ações resumem o amor em ação,
Segundo os Espíritos da espírita Codificação:
Benevolência, Indulgência e Perdão.
São os nossos deveres cristãos.
A BENEVOLÊNCIA
traduz nossa VONTADE,
Ao agir com consciência e caridade,
Em favor do próximo, sem ostensividade:
É o QUERER
bem aos irmãos de humanidade.
A INDULGÊNCIA
tem sua base na RAZÃO,
Faculdade humana que é mãe da reflexão,
Que julga as ações de um irmão:
É o PENSAR
com caridade sobre sua imperfeição.
O PERDÃO
consiste no SENTIMENTO,
Com que se deve, num mau momento,
Receber, com caridade, uma ação de quem não tem
conhecimento:
É o SENTIR,
como JESUS sentiu, ao viver tantos constrangimentos.
[1]
O Livro dos
Espíritos, questão 886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como
a entendia Jesus? “Benevolência para com todos, indulgência para as
imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”
[2][2]
Pai, quero que onde eu estou, lá
estejam comigo os que me deste, para que contemplem a minha glória, a que me
deste, porque me amaste antes da fundação do mundo (JOÃO, 17: 24).
No exercício do amor Crístico iremos, pouco a pouco , vivificando o ser divino que dorme em nosso interior. É a luz que ganha força, é a crisálida que dá passagem para a borboleta. Buscar Cristo e nos confiarmos ao seu comando, permitir que seja nosso pastor, será avançar em direção a condição de Filho de Deus.
ResponderExcluirConcordo, meu(minha) irmão(â)!! Vamos investir nessa futura condição.
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