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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

MOCIDADE

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MOCIDADE
Foge também dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.
Paulo. (2ª Epístola à Timóteo, 2: 22.)
Quase sempre os que se dirigem à mocidade lhe atribuem tamanhos poderes que os jovens terminam em franca desorientação, enganados e distraídos.
Costuma-se esperar deles a salvaguarda de tudo.
Concordamos com as suas vastas possibilidades, mas não podemos esquecer que essa fase da existência terrestre é a que apresenta maior número de necessidades no capítulo da direção.
O moço poderá e fará muito se o espírito envelhecido na experiência não o desamparar no trabalho. Nada de novo conseguirá erigir, caso não se valha dos esforços que lhe precederam as atividades. Em tudo, dependerá de seus antecessores.
A juventude pode ser comparada a esperançosa saída de um barco para viagem importante. A infância foi a preparação, a velhice será a chegada ao porto. Todas as fases requisitam as lições dos marinheiros experientes, aprendendo-se a organizar e a terminar a viagem com o êxito desejável.
É indispensável amparar convenientemente a mentalidade juvenil e que ninguém lhe ofereça perspectivas de domínio ilusório.
Nem sempre os desejos dos mais moços constituem o índice da segurança no futuro.
A mocidade poderá fazer muito, mas que siga, em tudo, “a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”.
MINHA REFLEXÃO
A analogia da mocidade, feita por Emmanuel, com a “esperançosa saída de um barco para viagem importante”, é muito interessante e profunda.
Existe uma preparação, a infância, em que cuidados com o porvir é extremamente providencial. O Espírito renasce sem as lembranças do passado[1], então os pais e/ou familiares e professores trabalham para fortificá-lo moral e intelectualmente, com ideias e atitudes novas que o fortalecerão para a viagem, na sociedade, até o desencarne. Dependendo da preparação, a viagem será segura.
Durante a viagem, o jovem necessitará da assistência dos mais experientes para que siga em segurança, e nunca à deriva. Isto é, se não tiver uma bússola e alguém que mostre opções de rotas seguras, o jovem poderá seguir ao vento e encontrar com as opções mais arruinadoras de uma viagem.
Que saibamos dar as melhores opções para os nossos jovens e que suas viagens sejam as mais seguras e maduras possíveis, para que ao chegarem ao porto de suas vidas, tenham mostrado todos os seus trabalhos com espírito de altivez e generosidade, bem como com um sentimento de deveres superiores cumpridos.
Aos maduros, desejo que a nossa viagem esteja segura, para aportarmos em porto seguro.
Que Deus nos ajude.
Domício.

Acrescento a essa minha reflexão um poema de L. Angel, a partir dela.

A JUVENTUDE
L. ANGEL                 22/01/2016

Ao chegar na juventude,
O Espírito se encontra, ou não, renovado.
Adquiriu novas, ou manteve as velhas atitudes
De um Espirito recalcitrado.

Pais, familiares e professores
Apresentam-lhe rotas seguras
Desvelando-se como anjos tutores
Visando sua fase madura.

Há aqueles que morosos em mudar,
Cobrando paciência e muito amor.
São os recalcitrantes que optam pela dor.

Mas há os que querem se melhorar,
Galgam vencer as provas da vida
E ser feliz, herdando a Terra Prometida.




[1] O Livro dos Espíritos questão 392. Por que perde o Espírito encarnado a lembrança do seu passado? “Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em Sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado como quem sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si. ” Vide questões seguintes. Vide também em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 11.

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