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JESUS E OS AMIGOS
Ninguém tem maior amor
do que este: de dar alguém a vida pelos seus amigos.
Jesus
(João, 15: 13).
Na localização histórica do
Cristo, impressiona-nos a realidade de sua imensa afeição pela Humanidade.
Pelos homens, fez tudo o que
era possível em renúncia e dedicação.
Seus atos foram celebrados em
assembleias de confraternização e de amor. A primeira manifestação de seu
apostolado verificou-se na festa jubilosa de um lar. Fez companhia aos
publicanos, sentiu sede da perfeita compreensão de seus discípulos. Era amigo
fiel dos necessitados que se socorriam de suas virtudes imortais. Através das
lições evangélicas, nota-se-lhe o esforço para ser entendido em sua infinita
capacidade de amar. A última ceia representa uma paisagem completa de
afetividade integral. Lava os pés aos discípulos, ora pela felicidade de cada
um...
Entretanto, ao primeiro embate
com as forças destruidoras, experimenta o Mestre o supremo abandono. Em vão,
seus olhos procuram a multidão dos afeiçoados, beneficiados e seguidores.
Os leprosos e cegos, curados
por suas mãos, haviam desaparecido.
Judas entregou-o com um beijo.
Simão, que lhe gozara a
convivência doméstica, negou-o três vezes.
João e Tiago dormiram no
Horto.
Os demais preferiram
estacionar em acordos apressados com as acusações injustas. Mesmo depois da
Ressurreição, Tomé exigiu-lhe sinais.
Quando estiveres na “porta
estreita”, dilatando as conquistas da vida eterna, irás também só. Não aguardes
teus amigos. Não te compreenderiam; no entanto, não deixes de amá-los. São
crianças. E toda criança teme e exige muito.
MINHA
REFLEXÃO
Sublime, esse entendimento da
compreensão infinita de Jesus Cristo. O Mestre sabia com quem ia tratar ao
descer. Mesmo assim, demonstrando profunda compaixão por nós, desceu.
Não importava o que ia passar,
pois o maior ensinamento que iria nos deixar seria o seu exemplo de completa
sintonia com o Pai no cumprimento de suas leis, dentre as quais, a Lei de Amor,
Justiça e Caridade. Foi a expressão máxima de demonstração de fidelidade a essa
Lei.[1]
Ensinou-nos a ser irmãos uns
dos outros, como demonstrou ser conosco. Irmão mais experiente, compreensivo
com nosso estágio evolutivo, perdoou todas as nossas deserções e abandono.
Entendia que chegaria a nossa hora de mostrar que também somos Filhos obedientes
e diletos do Pai.
Ele deixou o caminho (Ele se
intitulou o Caminho e é...).
Que possamos trilhar esse
Caminho em direção ao Pai, como o Filho Pródigo.
Que Deus nos ajude.
Domício.
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