Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 7 de março de 2014

MADEIROS SECOS

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MADEIROS SECOS
Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará ao seco? Jesus (LUCAS, 23: 31).
Jesus é a videira eterna, cheia de seiva divina, espalhando ramos fartos, perfumes consoladores e frutos substanciosos entre os homens, e o mundo não lhe ofereceu senão a cruz da flagelação e da morte infamante.
Desde milênios remotos é o Salvador, o puro por excelência.
Que não devemos esperar, por nossa vez, criaturas endividadas que somos, representando galhos ainda secos na árvore da vida?
Em cada experiência, necessitamos de processos novos no serviço de reparação e corrigenda.
Somos madeiros sem vida própria, que as paixões humanas inutilizaram, em sua fúria destruidora.
Os homens do campo metem a vara punitiva nos pessegueiros, quando suas frondes raquíticas não produzem. O efeito é benéfico e compensador.
O martírio do Cristo ultrapassou os limites de nossa imaginação. Como tronco sublime da vida, sofreu por desejar transmitir-nos sua seiva fecundante.
Como lenhos ressequidos, ao calor do mal, sofremos por necessidade, em favor de nós mesmos.
O mundo organizou a tragédia da cruz para o Mestre, por espírito de maldade e ingratidão; mas, nós outros, se temos cruzes na senda redentora, não é porque Deus seja rigoroso na execução de suas leis, mas por ser Amoroso Pai de nossas almas, cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.

MINHA REFLEXÃO
Jesus que não tinha nada que reparar ou ser provado, passou momentos difíceis de humilhação e dor. Nós que ainda temos tanto a reparar, nos melindramos com a menor coisa. Deprimimo-nos pela ausência momentânea ou demorada daquele convive/conviveu por muito tempo conosco. Quando é uma dor física, nem sempre somos guerreiros suficiente para sustentar a fé e agradecer a Deus a oportunidade de nos redimir ou nos prova com vista a uma ascensão espiritual.
Devemos ser paciente com nossa dor, pois Deus não nos castiga; nós que nos desviamos de Sua Lei[1]. E esse desviar é doloroso na volta ao cumprimento dela, principalmente porque nos demoramos a se afastar daquilo que nos fez/faz mal.
Que sejamos conscientes de nossas responsabilidades em relação ao nosso proceder. Que possamos enfrentar, com destemor e caridade, os sofrimentos consequentes de nossas próprias ações.
Que Deus nos ajude.
Domício.


[1] “Deus tem Suas leis a regerem todas as vossas ações. Se as violais, vossa é a culpa. Indubitavelmente, quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento, dizendo-lhe, por exemplo: Foste guloso, vou punir-te. Ele traçou um limite; as enfermidades e muitas vezes a morte são a consequência dos excessos. Eis aí a punição; é o resultado da infração da lei. Assim em tudo.” (O Livro dos Espíritos, questão 964).

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