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TUDO NOVO
“Assim é que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” — Paulo. (2ª EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS, 5:17)
É muito comum observarmos crentes inquietos, utilizando recursos sagrados da oração para que se perpetuem situações injustificáveis tão-só porque envolvem certas vantagens imediatas para suas preocupações egoísticas.
Semelhante atitude mental constitui resolução muito grave.
Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão, foi à cruz e legou o último testemunho de não-violência, mas também de não-acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas.
Não se engane o crente acerca do caminho que lhe compete.
Em Cristo tudo deve ser renovado, O passado delituoso estará morto, as situações de dúvida terão chegado ao fim, as velhas cogitações do homem carnal darão lugar a vida nova em espírito, onde tudo signifique sadia reconstrução para o futuro eterno.
É contra-senso valer-se do nome de Jesus para tentar a continuação de antigos erros.
Quando notarmos a presença de um crente de boa palavra, mas sem o íntimo renovado, dirigindo-se ao Mestre como um prisioneiro carregado de cadeias, estejamos certos de que esse irmão pode estar à porta do Cristo, pela sinceridade das intenções; no entanto, não conseguiu, ainda, a penetração no santuário de seu amor.
MINHA REFLEXÃO
A todo momento a escolha entre ser homens segundo a carne ou homens em espírito está colocada. Temos clareza de que, como habitantes da Terra, estamos em exílio por rebeldia às Leis de Deus.
A Providência Divina em sua excelsa generosidade oferece socorros os mais diversos. Contamos com os bons espíritos que nos intuem e se afligem com a comum indisciplina em aceitarmos o sofrimento que burila. Jesus se faz constante como modelo e guia. Os irmãos encarnados de quem já angariamos algum afeto também torcem e nos aconselham.
A prática da oração, comum a todos os credos, é meio que consola, orienta e potencializa a vontade. Todo o Universo opera em sintonia com o trabalho do homem que busca resistir aos impulsos inferiores.
Emmanuel parece nos instigar a uma leitura de nossas verdadeiras intenções. O que desejamos, de fato, quando recorremos à prece e o exemplo de Jesus? Invocamos Jesus através do precioso recurso da oração como homens de fé que pretendem munir-se de coragem para derrogar suas montanhas ou, tão somente, escondidos sob suas fraquezas e pouca vontade precisam de um álibe?
Estudemos os nossos corações.
Jesus na sua estada na Terra nos ensinou "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito; Amarás o teu próximo, como a ti mesmo "( S. Mateus, cap. XXII, vv. 34 a 40 ). Para tanto, Ele suportou a ignorância e a humilhação.
Jesus nasceu e viveu na Terra para testemunho da verdade pelo que morre crucificado.
Há uma necessidade de nos aproximarmos dos interesses de Jesus. Desarrazoado é exigir de nós - e acreditar em - mudanças intempestivas. Possível se faz que “(...) experimentemos sentir, pensar, falar e agir um tanto mais com o Cristo...” (Emmanuel, Rumo certo).
O Mestre Amoroso nos propõe suportarmos a nossa cruz, sem lamentações, para que a transformação em “ nova criatura “ se faça, um pouco todo dia, conforme permite a natureza. Sem saltos, mas constante.
Luz e Paz!
Lourença
Essa passagem do Apóstolo Paulo é muito significativa, hoje, DIA DOS PROFESSORES. O movimento educativo se dá/deve-se dá no sentido de MUDANÇAS.
ResponderExcluirJESUS CRISTO, foi o MAIOR EDUCADOR que tivemos na Terra, pela simplicidade das palavras que repetiam suas ações (às vezes não basta fazer, mas dizer também) e seu ensino foi tão marcante na vida de seus discípulos/apóstolos, que décadas depois escreveram com o máximo de fidelidade aquilo que Ele não escreveu (o pouco que escreveu, foi na areia – passagem do apedrejamento da adúltera (João, 8: 3 a 11) – o que foi mesmo que Ele escreveu?).
Não adianta dizer: “Senhor, Senhor...” (MATEUS, 7:21 A 23). Temos que nos posicionar sobre nossas mudanças que Ele está esperando há dois milênios.
Somos muito acomodados em dizer: “ainda não tenho evolução suficiente... Só Jesus”.
Então, que possamos ser mais resoluto em relação a nossa REFORMA ÍNTIMA. Reformar-se não significa tornar-se ANJO da noite para o dia, mas se envolver num processo de mudanças, internas e externas.
Sobre isso, Allan Kardec nos ensinou:
Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 17, Item 4 – Os bons espíritas).
Desse modo, deixemos de desculpismos para não agir em favor de nós mesmos e vamos arregaçar as mangas e ser melhores, “um pouco todo dia, conforme permite a natureza. Sem saltos, mas constante” como nos lembra a Lourença.
Que Deus nos ajude.
Domício M. Maciel
Achei a explicação do estudo bastante esclarecedor. Muito bom!
ResponderExcluirQue bom, irmã (ão)!!
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