Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

JESUS VEIO

8
JESUS VEIO
“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” – Paulo.
(FILIPENSES, 2: 7.)
Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra.
Entretanto, tais reclamações não são justas.
Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.
Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.
O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.
Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.
Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões.
Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.
Recorda a demonstração do Mestre Divino.
Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.

MINHA REFLEXÃO
Certamente que temos alguma evolução, mas não chega aos pés do Cristo. Por que pretextar a ignorância das pessoas para ser indiferente a elas?
Jesus veio para os humildes, conforme nos ensina a bem-aventurança respectiva a essa virtude (S. MATEUS, 5:3). Nesse tocante, A. Kardec, no Cap. VII, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Item 2, nos chama a seguinte atenção:
Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção.
Daí Jesus Cristo não ter se preocupado, mais diretamente com esses e demais orgulhosos de toda sorte, pois segundo Ele:
Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis (S. MATEUS,13:13-14).
Nosso Mestre ainda asseverou que não veio para os sãos, mas para os doentes (S. MATEUS, 9: 10-12).
Então, Emmanuel chama a atenção daqueles que se consideram cristãos, tendo já adquirido algum conhecimento sobre a doutrina espírita cristã, mesmo tendo reconhecidas imperfeições a serem resolvidas.
De modo comum, devemos acolher todos como irmãos que da mesma maneira que nós ainda tem um longo percurso até chegar à angelitude de Jesus Cristo.
A luz deve ser levada indistintamente. Assim, quem detém o recurso intelectual mais desenvolvido (um pouco da luz do Mestre), a pretexto de se moralizar na mesma medida, deve buscar compartilhar o que já conseguiu amealhar em termos de aquisições morais e intelectuais, já que de longe está vindo, ou seja, já vivenciou muitas experiências que hoje não concebe ver nos outros.
Que Deus nos ajude.
Domício

4 comentários:

  1. Emmanuel reforça o modelo humilde do Mestre Jesus.
    Já no título – Jesus veio – com o emprego do verbo no pretérito perfeito, dá ênfase à entrega total de Jesus à condição de humanidade, quando abdica de sua natureza de Espírito perfeito para, dentre homens rudes e pecadores, desenvolver a sua missão de Caridade.
    Recorda Emmanuel que para o exercício desse fim, Jesus age para aproximar-se dos demais e não para distinguir-se. As desculpas relativas às limitações de inteligência e de moralidade não são obstáculos para Ele levar a todos a esperança na vida futura em que o Amor será o elo.
    Consoladoramente, Domício nos lembra de que é inegável uma evolução em nós. Convenhamos, porém, a comum alegação de condicionantes para realizar a obra do Cristo. Enumeramos as características de nossos pares como pré-requisitos para com eles trabalharmos ou não. As limitações apontadas estão sempre nos outros. Elas se situam, de fato, em nossa análise. Destacamos o que nos importa ver. Consideremos, sempre, que ainda não somos capazes de ver na totalidade nem nós mesmos.
    Ao aceitarmos a realidade posta, damos sinal de alguma maturidade intelectual e moral. Assim poderemos ajudar a produzir dias de paz, pois estamos vencendo a vaidade e exercitando a humildade – virtude que nos remete às próprias fraquezas. Ser forte não é exibir-se, expondo à face do outro a sua já vivida situação de ignorância e negligência moral.
    Jesus demonstra coragem, pois se renuncia, colocando-se lado a lado daqueles que Dele careciam. Não esqueçamos! O Bom Pastor Permanece nos guiando e abnega-se a nós sem restrições. Assim nos convida a comungarmos de nosso melhor com os irmãos todos, pois não há evolução sem solidariedade. Aprendamos, também, com a orientação da espiritualidade amiga, apresentada na questão 779 de O Livro dos Espíritos na explicitação da Lei de Progresso: O homem possui em si a força de progredir ou o progresso não é senão o produto de um ensinamento?
    - O homem se desenvolve ele mesmo naturalmente; mas nem todos progridem ao mesmo tempo e da mesma forma; é então que os mais avançados ajudam o progresso dos outros pelo contato social.
    Sigamos a dividir e a receber, tornando-nos aptos na partilha que vincula e constrói homens justos.

    Luz e Paz!
    Lourença

    ResponderExcluir
  2. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  3. Oi, Lourença, gostei muito de sua reflexão que termina com uma passagem de O Livro dos Espiritos, que realça que o contato com o semelhante é uma condição sine qua non para a evolução dos Espíritos. Jesus, ensina e Emmanuel reforça que esse contato não deve ser apenas com os íntimos e nem apenas com aqueles que comungam com nossas aspirações.

    ResponderExcluir
  4. Continuamos a pensar acerca da doação por inteiro de Jesus. E importa que não deixemos dúvida de que Ele experimentou as dores da carne, resultantes da negação daqueles a quem Ele veio se entregar, mas tudo suportou para garantir realizar a sua santa missão. Isso se deu, porque permaneceu intocado em sua inequívoca grandeza moral.

    Portanto Jesus, embora na carne e na Terra, permanecia em espírito e em harmonia com as coisas do Alto.

    O exemplo do Divino Amigo nos conforta, pois vem demonstrar que um dia poderemos, nós também, vencer o mundo.

    Coloquemos nosso pensamento nas boas aspirações, para que, desde já, o início de construção da "nova criatura" se dê. Deixemo-nos iluminar pelo Amor de Jesus cuja exigência única é exatamente essa - permitir-se essa impregnação.

    ResponderExcluir