Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

PARENTELA


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PARENTELA
E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.
Atos (7: 3).
Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa.
Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins. Frequentemente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.
É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”. O primeiro constituiria o símbolo dos laços eternos do amor, o segundo significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade. A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família.
Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados.
A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da família maior, que é a de Jesus-Cristo.


REFLEXÃO
Quando somos chamados a reencarnar, devemos escolher a família que nos acolherá. Somos Espíritos milenares e nossa história de vida está repleta de afetos e desafetos. Não podemos evoluir sem resolver pendências cármicas construídas pelos nossos relacionamentos espirituais desavisados e conflituosos que nos enlamearam a alma.
Assim, o lar nos configura como o cadinho depurador de nossa alma no convívio com aqueles que ontem nos fizeram mal ou fizemos mal a eles, quando não temos aqueles afins que muitos nos ajudaram a chegar até o estágio evolutivo em que nos encontramos. Desse modo, vivemos entre “parentes” e “familiares” segundo a Doutrina Espírita (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIV – Honrai a vosso Pai e a vossa Mãe).
A falta de afinidade espiritual se revela também na escolha dessa ou daquela religião e, então, a religião se transforma em motivos de desavenças. Contraditoriamente, mas previsto pelo Senhor, as ideias cristãs se transformam em combustíveis de dissensões e até ofensas.
Nesse ponto, o Espiritismo nos adverte que “fora da caridade não há salvação", favorecendo a fraternidade familiar, o respeito entre não afins, religiosamente falando, ajudando a parentela se transformar em família espiritual.
Que sejamos irmãos em família, pois para isso nos reencontramos sob a égide de um lar. Que as diferenças religiosas, assim como outras, não nos afastem daqueles que buscamos nos aproximar espiritualmente pelo abençoado ministério da reencarnação.
Que Deus nos ajude.
Domício

4 comentários:

  1. Familia é um processo em construção, demora para edificar!

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    1. Com certeza, Neide. E em se tratando de família espiritual, a cada encarnação, a ideia é que aumentemos cada vez mais o seu tamanho pela reconciliação com os desafetos.
      Gratíssimo pelo seu comentário!
      Paz e alegrias!

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  2. Pode. Também ser. Um espírito que. Sendo colocado na família. Para ajudar e auxiliar. Nas dificuldade. Não sendo. Também só de. Vim reparar e se consertar o que faz de errado? Como falei. Ser um.espitito. Bom. Q. Não fez mal a famili

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    1. Caríssimo(a) irmão(ã), sim, pode ser um familiar muito querido por nós ou que nos quer muito bem. Que aumentemos, cada vez nossa família. E os que já são nos ajudem nesse mister.
      Grato pelo comentário!
      Muita paz, saúde e alegria pra você e sua família.

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