Mensagem de boas vindas


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

LUCROS

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LUCROS
E o que tens ajuntado para quem será? Jesus.
Lucas, 12:20
Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar. O espírito de lucro alcança os setores mais singelos. Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa. A atualidade conta com mães numerosas que abandonam seu lar a desconhecidos, durante muitas horas do dia, a fim de experimentarem a mina lucrativa. Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.
Por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga:
— Que trouxeste?
O infeliz responderá que reuniu vantagens materiais, que se esforçou por assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.
Examinada, porém, a bagagem, verifica-se, quase sempre, que as vitórias são derrotas fragorosas. Não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.
Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio. Prende- se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na Crosta da Terra. A consciência inquieta enche-se de nuvens e a voz do Evangelho soa-lhe aos ouvidos: Pobre de ti, porque teus lucros foram perdas desastrosas! “E o que tens ajuntado para quem será?”.

MINHA REFLEXÃO
A vida futura. É ao que nos remete essa simples frase de Jesus, nosso Mestre Maior. Emmanuel nos traz uma profunda reflexão sobre ela. E quando nós falamos em vida futura, nos reportamos à vida espiritual, depois do desencarne.
Somos todos amontoadores de bens. Temos um baú cheios de tesouros. Cada um tem o tesouro que traz no coração. Nos trechos do O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), a seguir, nos trazem uma reflexão sobre isso:
Nada fica perdido no reino de nosso Pai e os vossos suores e misérias formam o tesouro que vos tornará ricos nas esferas superiores, onde a luz substitui as trevas e onde o mais desnudo dentre todos vós será talvez o mais resplandecente. - O Espírito de Verdade. (Paris, 1861 – ESE, cap. 6 – O Cristo Consolador).
Todos vós podeis dar. Qualquer que seja a classe a que pertençais, de alguma coisa dispondes que podeis dividir. Seja o que for que Deus vos haja outorgado, uma parte do que ele vos deu deveis àquele que carece do necessário, porquanto, em seu lugar, muito gostaríeis que outro dividisse convosco. Os vossos tesouros da Terra serão um pouco menores; contudo, os vossos tesouros do céu ficarão acrescidos. Lá colhereis pelo cêntuplo o que houverdes semeado em benefícios neste mundo. - João. (Bordéus, 1861 – ESE, cap. 13 – Que vossa mão esquerda não saiba o que faz a mão direita).
Além dessas passagens evangélicas acima citadas, no Novo Testamento, encontramos outras passagens em que o Cristo nos adverte a nos guardamos da avareza, ressaltando o valor da vida espiritual (Lucas, 16: 13; Mateus, 19: 16 a 24; Lucas, 18: 18 a 25; Marcos, 10: 17 a 25; Lucas, 12: 13 a 21; Lucas, 19: 1 a 10; Lucas, 16: 19 a 31; Mateus, 25: 14 a 30). Todas essas passagens evangélicas são interpretadas à luz do Espiritismo, no Capítulo XVI de O Evang. Segundo o Espiritismo, intitulado “Não se pode servir a Deus e a Mamon”.
Nada que acumulamos em termos de bens materiais, nesta vida corpórea, nos servirá depois da morte do corpo físico. O verdadeiro tesouro que será considerado ao voltarmos à pátria espiritual é aquele que se constitui de valores morais, que nos engrandecem perante Deus e ao nosso Mestre Jesus.
Que sejamos talentosos em acumular bens espirituais; e que os materiais, saibamos distribuir com sabedoria com os nossos mais próximos e com aqueles que não tanto.
Que Deus nos ajude.
Domício.

4 comentários:

  1. Esse áudio, extraído do livro Alvorada Cristã, ditado pelo Espírito Neio Lúcio e psicografado por Chico Xavier, nos traz uma profunda reflexão que corrobora com essa mensagem do Cristo, e comentada por Emmanuel

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  2. Gratidão por este texto e a lembrança de que mesmo enquanto estando na matéria e em um mundo material precisando da matéria, não somos do mundo e precisamos focar nossas prioridades no que a traça não correi e o tempo não enferruja.

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    1. Cara(o) irmã(o), eu que agradeço o seu comentário que mostra que você fez uma boa reflexão sobre o texto de Emmanuel e sobre a nossa reflexão.
      Vamos em frente, sem apego aos bens materiais, pois, como dizes, eles são corroídos pelas traça e se enferrujam ao longo do tempo e, ainda, não nos servirão para nada na vida futura.
      Que saibamos ser depositários fiéis de tudo que passa por nossas mãos, que, em verdade, não é nosso.

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