Mensagem de boas vindas


sexta-feira, 6 de julho de 2012

CONTENTAR-SE


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                                                          CONTENTAR-SE

                                                           “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentarme com o que tenho.”

Paulo. (FILIPENSES, 4:11.)

 A vertigem da posse avassala a maioria das criaturas na Terra.

A vida simples, condição da felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.

Pedem-se a Deus absurdos estranhos. Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das aquisições indispensáveis.

O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias.

Geralmente, permanece absorvido pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução própria e atira-se a aventuras de conseqüências imprevisíveis, em face do seu futuro infinito.

Se já compreendes tuas responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.

Estarás, acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?

MINHA REFLEXÃO

O capítulo XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo está rico de exortações do Mestre Jesus sobre o cuidado que se deve  ter em relação ao acumulo ou desejo de posse considerando o que nos aguarda na vida eterna.

Em primeiro lugar podemos citar a passagem do moço rico que vacilou em trocar sua riqueza para seguir o Mestre e Esse finaliza com a famosa assertiva “É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma agulha, do que entrar um rico no reino dos céus” (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24. - S. LUCAS, cap. XVIII, vv. 18 a 25. - S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25.).

Em seguida tem-se o problema da divisão de uma herança familiar em que um jovem se sentia injustiçado, pois seu irmão não queria dividir a riqueza herdada de seu pai. Então, Jesus lhe precaveu de preservar-se da avareza (S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.).

E por último, sem esgotar a coleção de exemplos que o capítulo XVI – Não se pode servir a Deus e a Mamon – oferece, temos a parábola de Lázaro em que aprendemos a natureza provacional da riqueza e da pobreza.

Em outra passagem, Jesus Cristo nos exorta a buscar aquilo que necessitamos para o nosso progresso, sem se preocupar com o acúmulo de posse, nos levando a acreditar na providência divina (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a 11.). Podemos encontrar uma discussão à respeito, segundo o Espiritismo, no Capítulo XXV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse capítulo, aprendemos que devemos ter cuidado com o que pedimos a Deus ou aos Espíritos.

Então, Emmanuel nos lembra do ensinamento de Paulo, que para nós é de suma importância, principalmente, pois às vezes pedimos para ganhar na loteria em função de que o temos não satisfazem nossas “necessidades” ou passamos por dificuldades.

Que sejamos pródigos em dividir com racionalidade nossas riquezas e precavidos em obter excessos que podem nos prejudicar espiritualmente.

Que Deus nos ajude.

Domício


3 comentários:

  1. O exemplo do apóstolo Paulo a que recorre Emmanuel descreve um homem que gozava das glórias do mundo e as abandona para viver uma nova escolha. Paulo assume uma vida de cristão e passa a existir em conformidade com esse novo propósito.

    Quantos homens se fazem presentes na humanidade e, de acordo com seu tempo e talento, são capazes de testemunhar que podemos não nos esquecer de que a encarnação no planeta Terra oportuniza a cada Espírito “chegar à perfeição” como também colocar-se “em condições de suportar sua parte na obra da criação”. (O Livro dos Espíritos, cap. 2, Q. 132)

    Jesus é o exemplo maior de coerência entre nós. Na sua missão de revelar ao homem as coisas de Deus agiu com ciência e amor. Nada Nele destoava de seu intento. Nada fez que pudesse pôr dúvida sobre o que anunciava em palavras. Ele era o testemunho de tudo que dizia.

    Ainda não agimos como Jesus. Podemos, porém, nos ocuparmos um pouco mais de nosso destino de Espírito eterno.
    A nossa origem divina requer de nós assumir desejos que dela não contrastem. Não estamos na Terra para o gozo, mas para o burilamento.

    Exercitemos a não submissão da mente e suor à obtenção de bens e títulos que nos aprisionam a uma existência material. Devemos nos libertar de todas as auréolas que não nos adornem aos olhos de Deus. Sigamos nos afeiçoando aos desígnios divinos a que nos destinamos.

    Luz e Paz!

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  2. Como estamos apegados demais à matéria, pedimos coisas materiais. Teimamos permanecer arraigados a esses bens materiais: bons salários, bom carro, bom emprego, etc.Esquecemos, no entanto, que estamos temporariamente e que nossos tesouros deveriam estar na evolução espiritual. Recebemos aqui na Terra , o essencial para cumprirmos nossas provas e expiações. Lembrando que a quem muito é dado, muito lhe será cobrado. Tudo é transitório! Tudo passará no mundo material. Porém , o que é do Espírito é eterno.
    Se somos cristãos, temos que buscar aquilo que Jesus veio nos propor: O reino dos céus Para penetrarmos neste reino no nosso íntimo, devemos seguir a máxima de Cristo:" Amar s Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo.
    Paulo de Tarso , abriu mão da sua posição de comandante para escutar e seguir os conselhos de Cristo. Deixou o conforto material para receber a vida eterna e verdadeira do Espírito em Jesus.
    Então, aprendamos com o apóstolo Paulo a contentarmos com o que temos.
    O muito sem Deus é nada. O pouco com Deus é tudo!

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    1. Verdade, Cátia!!
      O maior bem que podemos ter na vida é a consciência de que podemos fazer o melhor dentro daquilo que nos é dado. Mas, quere, sonhar com melhorias não egoísticas faz bem ao Espírito, pois isto faz parte da evolução.
      Que saibamos valorizar muito o que temos, lutar pelo que podemos lutar, de forma justa, mas nunca por mera apropriação material.
      Grato pelo seu comentário!!

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