29
CONTENTAR-SE
Paulo. (FILIPENSES, 4:11.)
A vida simples, condição da
felicidade relativa que o planeta pode oferecer, foi esquecida pela
generalidade dos homens. Esmagadora percentagem das súplicas terrestres não
consegue avançar além do seu acanhado âmbito de origem.
Pedem-se a Deus absurdos estranhos.
Raras pessoas se contentam com o material recebido para a solução de suas
necessidades, raríssimas pedem apenas o “pão de cada dia”, como símbolo das
aquisições indispensáveis.
O homem incoerente não procura saber
se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas
possibilidades transitórias.
Geralmente, permanece absorvido
pelos interesses perecíveis, insaciado, inquieto, sob o tormento angustioso da
desmedida ambição. Na corrida louca para o imediatismo, esquece a oportunidade
que lhe pertence, abandona o material que lhe foi concedido para a evolução
própria e atira-se a aventuras de conseqüências imprevisíveis, em face do seu
futuro infinito.
Se já compreendes tuas
responsabilidades com o Cristo, examina a essência de teus desejos mais
íntimos. Lembra-te de que Paulo de Tarso, o apóstolo chamado por Jesus para a
disseminação da verdade divina, entre os homens, foi obrigado a aprender a
contentar-se com o que possuía, penetrando o caminho de disciplinas acerbas.
Estarás,
acaso, esperando que alguém realize semelhante aprendizado por ti?
MINHA
REFLEXÃO
O capítulo XVI de O Evangelho Segundo o Espiritismo
está rico de exortações do Mestre Jesus sobre o cuidado que se deve ter em relação ao acumulo ou desejo de posse
considerando o que nos aguarda na vida eterna.
Em primeiro lugar podemos citar a passagem do moço
rico que vacilou em trocar sua riqueza para seguir o Mestre e Esse finaliza com
a famosa assertiva “É mais fácil que um camelo passe pelo buraco de uma
agulha, do que entrar um rico no reino dos céus” (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 16 a 24. - S. LUCAS, cap. XVIII, vv.
18 a 25. - S. MARCOS, cap. X, vv. 17 a 25.).
Em seguida tem-se o problema da divisão de uma
herança familiar em que um jovem se sentia injustiçado, pois seu irmão não
queria dividir a riqueza herdada de seu pai. Então, Jesus lhe precaveu de preservar-se
da avareza (S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.).
E por último, sem esgotar a coleção de exemplos que
o capítulo XVI – Não se pode servir a Deus e a Mamon – oferece, temos a
parábola de Lázaro em que aprendemos a natureza provacional da riqueza e da
pobreza.
Em outra passagem, Jesus Cristo nos exorta a buscar
aquilo que necessitamos para o nosso progresso, sem se preocupar com o acúmulo
de posse, nos levando a acreditar na providência divina (S. MATEUS, cap. VII,
vv. 7 a 11.). Podemos encontrar uma discussão à respeito, segundo o Espiritismo,
no Capítulo XXV de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesse capítulo,
aprendemos que devemos ter cuidado com o que pedimos a Deus ou aos Espíritos.
Então, Emmanuel nos lembra do ensinamento de Paulo,
que para nós é de suma importância, principalmente, pois às vezes pedimos para
ganhar na loteria em função de que o temos não satisfazem nossas “necessidades”
ou passamos por dificuldades.
Que sejamos pródigos em dividir com racionalidade
nossas riquezas e precavidos em obter excessos que podem nos prejudicar
espiritualmente.
Que Deus nos ajude.
Domício
O exemplo do apóstolo Paulo a que recorre Emmanuel descreve um homem que gozava das glórias do mundo e as abandona para viver uma nova escolha. Paulo assume uma vida de cristão e passa a existir em conformidade com esse novo propósito.
ResponderExcluirQuantos homens se fazem presentes na humanidade e, de acordo com seu tempo e talento, são capazes de testemunhar que podemos não nos esquecer de que a encarnação no planeta Terra oportuniza a cada Espírito “chegar à perfeição” como também colocar-se “em condições de suportar sua parte na obra da criação”. (O Livro dos Espíritos, cap. 2, Q. 132)
Jesus é o exemplo maior de coerência entre nós. Na sua missão de revelar ao homem as coisas de Deus agiu com ciência e amor. Nada Nele destoava de seu intento. Nada fez que pudesse pôr dúvida sobre o que anunciava em palavras. Ele era o testemunho de tudo que dizia.
Ainda não agimos como Jesus. Podemos, porém, nos ocuparmos um pouco mais de nosso destino de Espírito eterno.
A nossa origem divina requer de nós assumir desejos que dela não contrastem. Não estamos na Terra para o gozo, mas para o burilamento.
Exercitemos a não submissão da mente e suor à obtenção de bens e títulos que nos aprisionam a uma existência material. Devemos nos libertar de todas as auréolas que não nos adornem aos olhos de Deus. Sigamos nos afeiçoando aos desígnios divinos a que nos destinamos.
Luz e Paz!
Como estamos apegados demais à matéria, pedimos coisas materiais. Teimamos permanecer arraigados a esses bens materiais: bons salários, bom carro, bom emprego, etc.Esquecemos, no entanto, que estamos temporariamente e que nossos tesouros deveriam estar na evolução espiritual. Recebemos aqui na Terra , o essencial para cumprirmos nossas provas e expiações. Lembrando que a quem muito é dado, muito lhe será cobrado. Tudo é transitório! Tudo passará no mundo material. Porém , o que é do Espírito é eterno.
ResponderExcluirSe somos cristãos, temos que buscar aquilo que Jesus veio nos propor: O reino dos céus Para penetrarmos neste reino no nosso íntimo, devemos seguir a máxima de Cristo:" Amar s Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo.
Paulo de Tarso , abriu mão da sua posição de comandante para escutar e seguir os conselhos de Cristo. Deixou o conforto material para receber a vida eterna e verdadeira do Espírito em Jesus.
Então, aprendamos com o apóstolo Paulo a contentarmos com o que temos.
O muito sem Deus é nada. O pouco com Deus é tudo!
Verdade, Cátia!!
ExcluirO maior bem que podemos ter na vida é a consciência de que podemos fazer o melhor dentro daquilo que nos é dado. Mas, quere, sonhar com melhorias não egoísticas faz bem ao Espírito, pois isto faz parte da evolução.
Que saibamos valorizar muito o que temos, lutar pelo que podemos lutar, de forma justa, mas nunca por mera apropriação material.
Grato pelo seu comentário!!