Mensagem de boas vindas


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NA PROPAGANDA

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NA PROPAGANDA
“E dir-vos-ão: Ei-lo aqui, ou, ei-lo ali; não vades, nem os sigais.” Jesus.
LUCAS, 17: 23.
As exortações do Mestre aos discípulos são muito precisas para provocarem qualquer incerteza ou indecisão.
Quando tantas expressões sectárias requisitam o Cristo para os seus desmandos intelectuais, é justo que os aprendizes novos, na luz do Consolador, meditem a elevada significação deste versículo de Lucas.
Na propaganda genuinamente cristã não basta dizer onde está o Senhor.
Indispensável é mostrá-lo na própria exemplificação.
Muitos percorrem templos e altares, procurando Jesus.
Mudar de crença religiosa pode ser modificação de caminho, mas pode ser também continuidade de perturbação.
Torna-se necessário encontrar o Cristo no santuário interior.
Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.
Os que afirmam apenas na forma verbal que o Mestre se encontra aqui ou ali, arcam com profundas responsabilidades. A preocupação de proselitismo é sempre perigosa para os que se seduzem com as belezas sonoras da palavra sem exemplos edificantes.
O discípulo sincero sabe que dizer é fácil, mas que é difícil revelar os propósitos do Senhor na existência própria. É imprescindível fazer o bem, antes de ensiná-lo a outrem, porque Jesus recomendou ninguém seguisse os pregoeiros que somente dissessem onde se poderia encontrar o Filho de Deus.

MINHA REFLEXÃO
Emmanuel, sempre oportunamente, nos faz refletir sobre o que pensamos e o que fazemos; sobre o que acreditamos e sobre como nos empenhamos em valorizar isso em nossas vidas. Ele trata de nosso cuidado em cristianizar nossos propósitos religiosos. Em outras palavras, lembra que o Cristo não está na Religião, mas na Religiosidade. Reporta-se aos novos aspirantes a “cristãos”.
Em verdade quem chega ao Espiritismo, já passou por outras Religiões e parece se encontrar em um porto seguro, às vezes deslumbrante, pela riqueza de esclarecimentos buscados há muito tempo. Foi como aconteceu comigo ao conhecer essa Doutrina maravilhosa que é o Espiritismo.
Entretanto, não basta encontrarmos o cristianismo, nessa ou naquela expressão que mais guarda sintonia com o nosso ser. É preciso vivenciá-lo, antes mesmo que propagandeá-lo, como nos diz Emmanuel: “Cristianizar a vida não é imprimir-lhe novas feições exteriores. É reformá-la para o bem no âmbito particular.”
É fácil chamar os sequiosos de uma fé, dizendo que o Cristo “está aqui” (entre nós), segundo nossa fé. Difícil é fazer o que o Cristo nos ensinou, praticando antes de nos ministrar os seus ensinamentos, como Emmanuel, lembra acima. Esse mesmo Espírito também nos alerta sobre o proselitismo.
O cuidado com a propaganda espírita/proselitismo é amplamente lembrado pelos Espíritos divulgadores da Terceira Revelação. Aqui o Emmanuel cuida dessa temática e André Luiz, em sua obra “Conduta Espírita” (FEB) nos traz as seguintes exortações:
·         Na Propaganda:
o   Arredar de si qualquer ansiedade, no tocante à modificação rápida do ponto de vista dos companheiros.
o   (...) não esquecer que a propaganda principal é sempre aquela desenvolvida pelos próprios atos da criatura, através da exemplificação eloqüente de nossa reforma íntima, nos padrões do Evangelho. A Doutrina Espírita prescinde do proselitismo de ocasião.
·         Na Tribuna (Nessa exortação, lembra que, como nossos assistentes, somos também carentes da cristianização de nossas ações):
o   Somos todos necessitados de regeneração e de luz.
·         Na Radiofonia (sobre a identidade entre o que se diz e o que faz):
o   Quem sente o que diz, vive o que pensa.
Enfim, devemos ser/fazer a melhor propaganda do Cristianismo/Espiritismo praticando seus ensinamentos interiormente antes de exteriorizá-los verbalmente. Fazemos esse convite a qualquer religioso seguidor do Cristo e, em particular, aos espíritas, como nós que fazemos esse blog.
Que Deus nos ajude.
Domício.

Um comentário:

  1. Emmanuel destaca o registro do apóstolo Lucas em que Jesus conversa acerca da vinda do reino de Deus e recomenda aos discípulos não cressem naqueles que indicassem estivesse Ele em lugar circunscrito. O Mestre antecipava a compreensão de que o reino a que se referia não seria construído na ostensividade, mas no próprio homem cujo coração é convertido em morada do Cristo.

    Também nos dias atuais, fazemos proselitismo acerca de produtos diversos _ ideias, pessoas ou bens materiais _ descuidados de saber imprimidos nos mesmos as características anunciadas, ou seja, o compromisso com a verdade é relegado. Isso tem sido feito no tocante a nós mesmos, quando nos utilizamos do modelo Jesus para nos adornar apenas.

    Falar acerca de Jesus não nos dá o direito de acreditar que declaramos em seu nome. Essa possibilidade se fará certeza, quando cada ação nossa exemplificá-Lo, sem que as palavras sejam as únicas ferramentas às quais possamos nos utilizar. Iludimo-nos ao buscarmos Jesus em homens, templos ou credos, observa Emmanuel. O milagre da renovação íntima resultará de permitirmos amadurecer, em nossa vida, os Seus ensinos. Jesus testemunhou Aquele que o envia e, certa vez, isso confirma também em palavras, esclarecendo que era o Pai quem Nele agia.

    Como espiritistas, somos cientes de que “Reconhece-se o espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações;” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 17, item 4.).

    Muito teremos que vencer_ Que cada um comece por si.Vejamos o recorte de "Conduta espírita", feito por Domício. _para que Jesus habite em nós.

    Luz e Paz!
    Lourença

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