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EXAMINA-TE
“Nada faças por contenda ou por vanglória, mas por humildade.”
Paulo. (FILIPENSES, 2:3.)
O serviço de Jesus é infinito. Na sua órbita, há lugar para todas as criaturas e para todas as idéias sadias em sua expressão substancial.
Se, na ordem divina, cada árvore produz segundo a sua espécie, no trabalho cristão, cada discípulo contribuirá conforme sua posição evolutiva.
A experiência humana não é uma estação de prazer. O homem permanece em função de aprendizado e, nessa tarefa, é razoável que saiba valorizar a oportunidade de aprender, facilitando o mesmo ensejo aos semelhantes.
O apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmando que nada deveremos fazer por espírito de contenda e vanglória, mas, sim, por ato de humildade.
Quando praticares alguma ação que ultrapasse o quadro das obrigações diárias, examina os móveis que a determinaram. Se resultou do desejo injusto de supremacia, se obedeceu somente à disputa desnecessária, cuida de teu coração para que o caminho te seja menos ingrato. Mas se atendeste ao dever, ainda que hajas sido interpretado como rigorista e exigente, incompreensivo e infiel, recebe as observações indébitas e passa adiante.
Continua trabalhando em teu ministério, recordando que, por servir aos outros, com humildade, sem contendas e vanglórias, Jesus foi tido por imprudente e rebelde, traidor da lei e inimigo do povo, recebendo com a cruz a coroa gloriosa.
MINHA REFLEXÃO
O que nos move nas fileiras do trabalho cristão? Os verdadeiros estímulos de nossas ações, nesse quadro de servir, só descobriremos na observância minuciosa de nós mesmos, ensina Emmanuel.
Não temos, ainda, o hábito de nos examinar. Esse exercício nos torna cientes de nós e da qualidade do que realizamos. Quantas vezes assumimos tarefas pouco compatíveis com as capacidades que já desenvolvemos. É comum o nosso enredo por muitas atividades ao mesmo tempo. Tornamo-nos pragmáticos. E deixamos de dedicar o necessário momento à reflexão sobre o zelo ou precariedade de nosso desempenho. Agindo desse modo, não damos a valorização devida às oportunidades infinitas da Seara do Cristo.
Emmanuel nos lembra que há trabalho para todos e que cada um atuará conforme sua compreensão. A partir desse esclarecimento, nos damos conta de que o convite parte do serviço. O servidor deve acolher; inserir-se. Mas não é bem isso que temos feito. O trabalho nos solicita e nos ausentamos do sim; e de uma reflexão acerca de nós e dele. As causas do abandono do campo sagrado do Cristo são aureoladas pelo orgulho que, por hora, nos é peculiar.
Jesus, mesmo ciente de sua maturidade intelectual e moral, realizava a grandiosa obra do Pai e não criava empecilhos ao trabalho dos irmãos pescadores, prostitutas, cobradores de impostos. Jesus agia movido pelo amor, não se perdendo em disputas infrutíferas ou desejo de projeção pessoal.
Jesus combatia consigo. Paulo combatia consigo.
Quanto precisa ascender a nossa civilização. Os exemplos de Jesus e Paulo devem triunfar entre nós. Caminhemos como irmãos. Quebremos a nossa espada e sirvamos com humildade para que se consagre a Terra como “ sublime degrau do céu “ e a nossa “ Divina Renovação “.
Luz e Paz!
Lourença
O espírito de contenda muito contribui para o desfazimento de equipes que a princípio desenvolvem um trabalho cristão, que por ser cristão, o Coordenador Maior deve sempre ser o Cristo.
ResponderExcluirDevemos apurar o quanto participamos nesse sentido. Se estamos na equipe para ser o maior e não o contrário, conforme nos ensinou o Cristo, devemos sair da equipe(São Mateus, 20:25-28).
O Espírito de união/unidade e humildade deve estar presente em nós em todo trabalho cristão. Que ajamos de modo a revelar o trabalho do Cristo e não o nosso, em qualquer tarefa coletiva de cunho cristão, é o que nos ensina Emmanuel a partir de Paulo e que Lourença muito bem reflete. Devemos lembrar que estamos com outros e que cada um tem seu modo de se inserir no trabalho. Que formemos sempre uma família e nos amemos como cristão. Não devemos atravancar um trabalho que, como já foi dito, é do Cristo.
A propósito disso, deixo aqui uma orientação muito importante de O Espírito de Verdade, para todo trabalhador espírita, grafada no Item 5 do Cap. XX de O Evangelho Segundo o Espiritismo, intitulado “Os trabalhadores da última hora”:
"Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão!
Que Deus nos ajude
Domício
Como faço, a cada semana, releio as postagens de Reflexão e Comentário e colho novos ensinamentos, necessários ao meu refazimento moral. Emmanuel avisa do atrapalho que nos causa na caminhada evolutiva, derrapar sob o julgamento de outro. Lembra que Jesus também foi sentenciado indevidadamente, mas permaneceu firme em sua missão.
ResponderExcluirQue o Deus misericordioso me fortaleça e a cada irmão, para que, apesar de quaisquer feridas, elejamos o Trabalho Cristão como o caminho dignificante do Espírito. E a Sua infinita bondade nos proteja do nosso ludibriamento nas ilusões do mundo
Lembro-me de Santo Agostinho que nos apresenta o exercício do exame diário. Se ao final do serviço de cada dia, analisarmos o bem e os equívocos produzidos, não ficaremos a mercê de julgamentos destituídos de solidariedade.
Emmanuel, amorosamente, nos alerta que "... o amor fraternal [...] é a luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno, ", ou seja, todo ouro e toda prata não contarão, mas a união da humanidade como irmãos vinculados no serviço do Cristo.
Deixemos os nossos passos serem dirigidos pelo Divino Pai, para que o progresso moral se faça.
Abraços!
Lourença