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quarta-feira, 10 de junho de 2015

ORIGEM DAS TENTAÇÕES

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ORIGEM DAS TENTAÇÕES
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
TIAGO (1: 14)
Geralmente, ao surgirem grandes males, os participantes da queda imputam a Deus a causa que lhes determinou o desastre. Lembram-se, tardiamente de que o Pai é Todo-Poderoso e alegam que a tentação somente poderia ter vindo do Divino Desígnio.
Sim, Deus é o Absoluto Amor e tanto é assim que os decaídos se conservam de pé, contando com os eternos valores do tempo, amparados por suas mãos compassivas As tentações, todavia, não procedem da Paternidade Celestial.
Seria, porventura, o estadista humano responsável pelos atos desrespeitosos de quantos inquinam a lei por ele criada?
As referências do Apóstolo estão profundamente tocadas pela luz do céu.
“Cada um é tentado, quando atraído pela própria concupiscência”.
Examinemos particularmente ambos os substantivos “tentação” e “concupiscência”. O primeiro exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza humana primitivista. Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porqüanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.
Finalmente, destaquemos o verbo “atrair”. Verificaremos a extensão de nossa inferioridade pela natureza das coisas e situações que nos atraem.
A observação de Tiago é roteiro certo para analisarmos a origem das tentações.
Recorda-te de que cada dia tem situações magnéticas específicas. Considera a essência de tudo o que te atraiu no curso das horas e eliminarás os males próprios, atendendo ao bem que Jesus deseja.
MINHA REFLEXÃO
Não cair em tentação, eis o cuidado que o Mestre Jesus teve ao nos sugerir a oração do Pai Nosso. Sabia e compreendia nossas imperfeições, e desceu por isso. Então as tentações são frutos de nossas próprias imperfeições e o Cristo nos ensinou a pedir a Deus que nos livrasse delas e não que não nos as desse, caracterizando que elas não são provenientes do Pai[1].
O desejo pelos desejos carnais e materiais (concupiscência) é nosso forte da humanidade planetária da Terra. Quando se diz que a carne é fraca (ou que o Espírito na carne é fraco – Espíritos de nosso nível evolutivo!) – devemos entender que ainda somos muito concupiscentes. Falam mais alto nossas tendências inferiores e nos comprazemos nela. O arrependimento futuro é certo!
Isso nos faz lembrar a bem-aventurança: Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus. (Mateus, 5: 8). A concupiscência se refere também às atrações dos pensamentos inferiores que nos levam a malícia, pensamentos equivocados em relação a outrem (muitas vezes provenientes do plano inferior, que sintonizamos e consideramos como verdade[2]). Enquanto nos comprazemos em pensar mal de alguém esquecemos de Deus, nos afastamos dele, de sua Lei.
Que nos livremos da nossa concupiscência, com a ajuda do nosso Pai e seus Filhos, Irmãos nossos.
Domício



[1] Vide ampliação dessa parte da oração em O Evangelho Seg. o Espiritismo, cap. XXVIII, Item 3, parte VI (Não nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.), que mostra mostram a nossa relação com os maus pensamentos.
[2] Vide em O Livro do Espíritos, questões de 459 a 472 que tratam da “Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos”.

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