Mensagem de boas vindas


quinta-feira, 4 de junho de 2015

FILHOS E SERVOS

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FILHOS E SERVOS
Ora, o servo não fica para sempre na casa; o filho fica para sempre.
Jesus. (João, 8: 35.)
Na sua exemplificação, ensinou-nos Jesus como alcançar o título de filiação a Deus.
O trabalho ativo e incessante, o desprendimento dos interesses inferiores do mundo, a perfeita submissão aos desígnios divinos, constituíram traços fundamentais de suas lições na Terra.
Muitos homens, notáveis pela bondade, pelo caráter adamantino, sacerdotes dignos e crentes sinceros, poderão ser dedicados servos do Altíssimo. Mas o Cristo induziu-nos a ser mais alguma coisa. Convidou-nos a ser filhos, esclarecendo que esses ficam “para sempre na casa”.
E os servos? Esses, muita vez, experimentam modificações. Nem sempre permanecerão, ao lado do Pai.
Mas, não é a Terra igualmente uma dependência, ainda que humilde, da casa de Deus? Aí palpita a essência da lição.
O Mestre aludiu aos servos como pessoas suscetíveis de vários interesses próprios. Os filhos, todavia, possuem interesses em comum com o Pai. Os primeiros, servindo a Deus e a si mesmos, porque como servidores aguardam remuneração, podem sofrer ansiedades, aflições, delírios e dores ásperas. Os filhos, porém, estão sempre “na casa”, isto é, permanecerão em paz, superiores às circunstâncias mais duras, porqüanto reconhecem, acima de tudo, que pertencem a Deus.
MINHA REFLEXÃO
Ser considerado Filho de Deus é a medalha maior, o coroamento de uma vida sacrificial, de renúncia de si mesmo, pois é uma vida assim que guarda sintonia com a Lei e os Profetas[1].
O Cristo foi o exemplo de sintonia e apresentou para todos nós o caminho que nos leva a Casa do Pai para nela ficar. As bem-aventuranças é um roteiro que inclui duas que muito se coaduna com essa mensagem: Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (Mateus, 5: 4.); Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., 5: 9.)[2]
A Terra é um planeta de provas e expiações e por isso Jesus prevê a violência que os brandos e pacíficos sofrerão, a partir de suas próprias incúrias de vidas passadas. Mas a recompensa é a sintonia maior com o Pai, que o Filho pródigos buscou depois de ter se desviado de seu pai. Ele voltou para a casa paterna e lá ficou.
Que possamos ser merecedores da augusta misericórdia e assistência do Pai Maior, bem como do Seu Filho Maior.
Que Eles nos ajudem!
Domício.



[1] Mateus (7: 12 e 22: 37-40). Lucas (6: 31). O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap XI (Amar o próximo como a si mesmo).
[2] Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

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